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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 869 (30/11/2008)

Mercado para a arte

A difícil relação do artista plástico com o aspecto mercantilista do seu trabalho está adquirindo novas proporções na sociedade atual, que pode e deve ser beneficiada pela produção e pela difusão de qualquer forma de arte. Essa forma de conscientização e de compromisso social está crescendo cada vez mais e deixando no passado os preconceitos contra o poder econômico, visando transformar as manifestações artísticas de qualquer natureza em grandes oportunidades de negócio do ponto de vista empreendedor. Uma prova disso está na constituição da empresa A Júnior Artes (AJA), incubada desde junho deste ano dentro do Instituto de Artes da Universidade Estadual de São Paulo – www.ia.unesp.br ([email protected]). Criada por um grupo de seis estudantes sob a supervisão de um professor orientador, a iniciativa tem por objetivo estabelecer a ponte necessária entre os jovens produtores de arte e a sua inserção no universo corporativo de maneira auto-sustentável por meio do registro do patrimônio cultural brasileiro nos mais diversos formatos com um enfoque diferenciado da propaganda. Em depoimento exclusivo e entusiasmado com a idéia, Gustavo Brognara, um dos fundadores da AJA, explica como essa proposta inovadora está consolidando-se, disposta até mesmo a conquistar o concurso promovido pelo Banco Santander Banespa na categoria Educação e Cultura.

VERTENTES
“A Junior Artes está baseada em dois segmentos de difusão: o artístico e o científico. Isso significa criar um pensamento artístico e difundi-lo da maneira mais ampla possível. Com essa finalidade, trabalhamos com duas vertentes diferentes. A primeira consiste no registro do patrimônio imaterial, que é a parte em que nós vimos a inovação, porque não se trata de publicidade, não é apenas um registro. Existe todo um conceito de pesquisa por trás da relação desse registro com o próprio evento para auxiliar na consciência das pessoas, dos participantes e da comunidade local, tendo em vista a preservação do patrimônio, além da difusão para as outras comunidades. A outra vertente seria o fomento de novos artistas, uma vez que a empresa visa atender novos projetos de pesquisa no campo artístico. Temos vários alunos no instituto que querem produzir, mas não possuem infra-estrutura. Nesse sentido, a empresa tem como objetivo ajudar esse novo artista em processo de formação para que o seu projeto mostre-se auto-sustentável.”


PONTE
“A questão do lucro, na nossa concepção, é muito diferente. Nós entendemos por lucro qualquer tipo de conhecimento, então o nosso maior lucro está no aprendizado. Por isso, buscamos aprender a lidar com a arte como negócio e não com o lucro financeiro em si mesmo. Muitas vezes isso funciona como uma forma de parceria, pois a idéia é fornecer uma espécie de ponte entre o mercado e esses jovens artistas que estão produzindo, por enquanto, na universidade, porque a AJA ainda não tem condições de assumir um compromisso com o mercado, mas a idéia é que ela venha a exercer o empreendedorismo social, ou seja, quando as ações promovidas por ela beneficiarem as comunidades em que estão inseridas, e não apenas o empreendedor. É nessa linha que compreendemos o empreendedorismo social. Significa pensar no outro, e não ficar somente com a visão subjetiva das próprias idéias.”


PRETENSÃO
“Acreditamos que com esse primeiro passo dado será mais fácil para os nossos futuros colegas levarem a empresa adiante sempre dentro da universidade. No momento em que a AJA estiver com grandes projetos e a partir da hora em que ficar visível essa idéia de registro de patrimônio e de fomentar novos artistas, as pessoas certamente vão engajar-se nessa forma de empreendedorismo. Nossa pretensão está em ajudar o artista em formação, mostrando que ele mesmo pode enxergar-se como empreendedor sem depender de administradores, além de atender as grandes empresas, que procuram uma visão diferente da publicitária para associar à sua imagem, investindo na cultura por meio da integração das diversas formas de manifestação artística. Queremos mostrar também que a arte está em todos os lugares e caminha junto com o mercado em todos os sentidos atualmente, rompendo com o preconceito das gerações passadas.”


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