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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 339 (04/10/1998)

Privatização Vai Reduzir Acidentes de Trabalho

Num país em que remediar problemas faz parte do jogo diário das atividades empresariais, a questão da prevenção caminha a passos lentos. Ainda mais quando o assunto diz respeito à proteção da vida do empregado, sendo muitas vezes ele próprio um dos responsáveis pelas negligências encontradas. Embora não se possa generalizar, as pequenas e médias indústrias representam o maior segmento a ser sensibilizado nesse aspecto. Essa é uma das tarefas da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção do Trabalhador (Animaseg) - Tel.: (11) 5581-5556, presidida há dois anos por Silvio Ribeiro Franklim Martins, gerente comercial da MSA do Brasil, produtora de equipamentos de proteção individual e para detecção de gases. Em depoimento exclusivo, ele fala das iniciativas da entidade, que possui 76 associados, representando cerca de 70% do valor de negócio do segmento.
De acordo com a sua visão, a perspectiva do seguro do trabalho privatizado, independentemente de qualquer posicionamento político, tende a impulsionar a conscientização dos empresários brasileiros, pois vai mexer com o "bolso" das organizações, que terão de pagar apólices cada vez mais altas se não houver preocupação em investir na proteção dos funcionários.

CULTURA JOVEM
"A conduta preventiva no Brasil é ligeiramente nova. Quando se passa a reconhecer o quanto vale uma vida, o quanto vale um empreendimento, a relação custo/benefício com os gastos para prevenir acidentes já se justifica. Não é algo estrondosamente caro, levando-se em consideração que a maior parte dos acidentes pode ser evitada. Estimamos nosso mercado em aproximadamente US$ 400 milhões, com um potencial enorme de crescimento. À medida que se tem uma educação visando a prevenção, que o governo também invista nisso, que o trabalhador se conscientize dessa necessidade juntamente com os sindicatos patronais, esse mercado tende a aumentar muito. Falta o uso de equipamentos adequados, falta treinamento, consciência do perigo. Por isso, registramos cerca de 428 mil acidentes de trabalho por ano, um número bastante elevado."

FISCALIZAÇÃO CARENTE
"Temos normas de Primeiro Mundo, profissionais no Ministério do Trabalho altamente capacitados e preocupados com a segurança, mas o agente fiscalizador dessa área são as Delegacias Regionais do Trabalho. Para se ter uma idéia, para o Estado de São Paulo, que é um país dentro do Brasil, existem apenas duzentos fiscais. O que eles podem fazer diante de um contingente enorme de indústrias para inspecionar?
Não estamos querendo fazer uma reserva de mercado, mas sim uma concorrência em igualdade de condições, dentro das nossas leis, com produtos realmente de qualidade. Também desenvolvemos projetos educacionais, buscando participar da prevenção de uma forma mais cultural, levando treinamento e educação às escolas de segundo grau por meio de vídeos institucionais, um trabalho de base. Já temos projetos bem avançados nesse sentido, mas faltam recursos financeiros para viabilizá-los."

DISQUE DENÚNCIA
"É fundamental não jogar toda a culpa pelo alto índice de acidentes no trabalho em cima das instituições públicas, porque nós também podemos contribuir. Temos um telefone na associação, que é o Disque Denúncia. O usuário que encontrar seu equipamento de proteção individual sem certificado de aprovação ou com um certificado duvidoso, que pode ser checado visualmente, deve ligar para o número (011) 5581-5556. Nós vamos pegar esse equipamento para ajudar a fiscalização. Peço essa contribuição ao trabalhador do nosso setor, ao técnico de segurança, ao engenheiro de segurança, ao executivo e ao empresário.
A ligação pode ser anônima, que nós vamos atrás para auxiliar nesse combate. Estamos também na Internet, disponibilizando o acesso aos certificados de aprovação a qualquer momento. Além disso, oferecemos um serviço ligado a Brasília, de encaminhamento da documentação para a expedição do certificado de aprovação, e ainda queremos implantar uma assessoria jurídica assim que possível. Hoje, a associação é o elemento mais forte do setor em nível privado, sendo muito respeitada pelo governo e bastante ouvida pelo trabalhador."


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