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Documentar com cópias todas as operações – Todo o cheque emitido deverá ser acompanhado de cópia, aplicando-se idêntico procedimento a contratos, recibos etc., pois a organização de um completo arquivo das informações é vital para consultas futuras.

O fluxo de caixa deve ser utilizado, também, como instrumento para efetuarem-se previsões financeiras de médio prazo para servirem de subsídio à tomada de importantes decisões, como aplicações financeiras de maior rentabilidade que necessitam de um período mais longo. Mas esse planejamento futuro demanda análise cuidadosa do presente, verificando-se a consistência dos controles financeiros para se ter condições de dar “credibilidade” às informações. Isso é O & M (Organização & Métodos), o estudo de onde procedem os dados e para onde vão as informações processadas, quem as utiliza e como.

É fundamental certa coesão entre os dados procedentes de cada área da empresa, a maioria deles indo desembocar na área financeira, como se pode verificar claramente na figura a seguir.



Os controles financeiros e o fluxo de caixa irão “enxergar” eventos estritamente ligados aos aspectos “financeiros” do negócio (Contas a Pagar, Contas a Receber, saldos e conciliação bancária), mas não os “econômicos” (estoques, ativo imobilizado e patrimônio líquido), daí a importância de uma análise econômico-financeira, em que se analisa a empresa como um todo, por meio do “Balanço Gerencial”.
No estudo e na prática da Administração Financeira são utilizados com freqüência os termos “Regime de Caixa” e “Regime de Competência”, causando, às vezes, algumas confusões.
No Regime de Caixa, verifica-se a data de vencimento/pagamento, ou seja, o momento do desembolso por parte do Contas a Pagar.
Enquanto, no Regime de Competência, o objeto de estudo é o momento do surgimento da conta, ou seja, quando foi vendida ou comprada a mercadoria.

Tais controles financeiros, que funcionam como suporte para o fluxo, devem conter informações importantes como:

– Tipo da Conta;
– Data de Origem (Regime de Competência);
– Data de Vencimento ( Regime de Caixa);
– Data de Pagamento (ou desembolso); e
– Juros ou descontos.

Na montagem do fluxo de caixa é necessário estabelecer um Plano de Contas, que é a descrição das contas a serem utilizadas para os lançamentos do caixa. Normalmente, o contador da empresa já preparou essa classificação, que pode perfeitamente ser utilizada para fins de fluxo de caixa. Para fins didáticos, pode montar-se um Plano de Contas como segue:


Contas a Pagar
Salários
Comissões
Fornecedores
Impostos
Contador
Frete
Aluguel
Pró-labore
Leasing
Tarifas públicas
Outros
Contas a Receber
À vista (previsão) Cheques pré
Duplicatas
Cartão de crédito
Boletos bancários

Uma vez de posse dos principais conceitos de fluxo de caixa, trabalha-se numa visão estratégica de caixa. Sem dúvida, a crise ensina o empresário a adotar comportamentos dinâmicos para continuar no mercado. Pode-se, então, simular algumas estratégias financeiras extremamente importantes no atual cenário, porque, além de calcular o estouro de caixa (que não é tão difícil), precisaremos gerar possíveis soluções de curto prazo, dentro da seguinte realidade empresarial:
A empresa Dias & Dias Parados, segundo suas previsões financeiras, entrará em quinze dias num período de estouro de caixa. É preciso evitar que tal cenário se concretize. Para isso, tem-se de rever toda a estrutura de captação e destinação de recursos e estabelecer prioridades, no momento, com base apenas numa visão estratégica.

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Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 11
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