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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 355 (24/01/1999)

O Fim do Negócio Isolado

O antigo caráter empreendedor que sempre marcou o desenvolvimento da economia brasileira desde os tempos da colonização vem assumindo novos contornos diante do atual cenário da globalização em escala mundial. Hoje, não basta ter coragem e iniciativa para vencer e conquistar um lugar ao Sol. É preciso partir em busca de parcerias, dentro ou fora do mercado nacional, capazes de garantir a padronização tecnológica necessária à inserção de serviços e de produtos ao cliente. Sem a qualidade cada vez mais exigida pelo consumidor, qualquer negócio acaba tornando-se inviável em termos de competitividade, obrigando empresários dos mais diversos nichos a criar ou a passar a integrar redes associativas. A adaptação a esse esquema, embora difícil no começo, resulta sempre em crescimento e maior profissionalismo por parte de quem já se conscientizou de que chegaram ao fim os tempos do navegador solitário e desbravador dos sete mares. Quem conta com exclusividade a sua experiência nesse sentido é Victor Domingos Galloro, sócio-diretor da Galloro & Associados - www.galloro.com.br - e vice-presidente de Administração e Finanças do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo.

SEM RIVALIDADE
"O importante não é combater as grandes empresas, mas sim seguir o exemplo de formar redes iguais para poder prestar serviço de qualidade com o suporte adequado. O pequeno empresário brasileiro tem que adotar novas técnicas de comércio e de indústria para poder competir no mercado globalizado. Aqueles que não se prepararem tecnologicamente para conseguir um preço competitivo em nível internacional estão condenados realmente a fechar, como existem milhares de empresas fechando. Não adianta deixar um negócio quebrado e desatualizado para um filho ou parente, porque é necessário um capital elevado para modificar toda a estrutura de uma empresa. Há uma defasagem muito grande nesse aspecto, que deixa espaço para que as organizações multinacionais venham com dinheiro mais barato que o nosso e comprem as nossas indústrias. Em vez de vender, o caminho está na associação entre os empresários. Cada empresa estrangeira que se estabelece aqui traz uma série de fornecedores próprios que acabam comprando firmas brasileiras quebradas a um custo bastante reduzido e levando a nossa economia à marginalização."

NOVO CONCEITO
"A idéia de rede hoje difere da antiga prática do associativismo em termos de organização. Como não havia exigência de modernização até 1990, qualquer um podia entrar. Atualmente, se não houver qualidade e uma confiança mútua no trabalho e no produto, dificilmente dá certo. É diferente também da noção de cooperativa, em que uma pessoa jurídica faz a comercialização dos produtos de pessoas físicas, sendo o resultado das vendas dividido entre os cooperados de acordo com a participação individual. Na nova rede, o empresário comercializa o seu produto, recebe por ele e tem administração própria como pessoa jurídica. Trata-se de uma forma mais evoluída de parceria que se preocupa com o desenvolvimento tecnológico. A rede tem que divulgar, tem que primar pela qualidade, pois assume uma responsabilidade no mercado. Se parar de se desenvolver, ela morre. Outra estratégia importante para uma rede dar certo é ter uma pessoa de fora contratada para representar todos os participantes, centralizando a relação comercial com os clientes."

ATUALIZAÇÃO E CRESCIMENTO
"Se uma empresa brasileira de consultoria, auditoria, contabilidade não estiver ligada a uma rede internacional com nova tecnologia, não é possível atualizar o produto ou o serviço e conseguir atender as necessidades do mercado em termos de qualidade. Se esse padrão não for atingido aqui, vêm empresas de fora e realmente vão tomar o nosso lugar. Primeiramente, vão atuar como consultores, depois vão começar a fazer contabilidade. Há dois anos, nós, da Galloro, entramos para a rede RSM International, que passou a nos indicar trabalhos integrados nas áreas de administração, finanças, contabilidade e tributos para empresas que estão vindo para o Brasil e ainda não possuem estrutura montada. Fomos, então, obrigados a buscar tecnologia atualizada nas melhores universidades para prestar um atendimento de nível internacional que inclui também a controladoria e as análises do dia-a-dia dessas empresas. É uma evolução dentro do que a contabilidade permite. Em função dessa parceria, o número de clientes aumentou bastante, nosso faturamento triplicou e dobramos a área útil do escritório."


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