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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 292 (09/11/1997)

Projeto Envolve a Comunidade

Com alguma experiência de sucesso em municípios brasileiros, as Empresas de Participação Comunitária (EPC) já comprovaram ser excelente alternativa para o desenvolvimento auto-sustentado. Por intermédio dessa forma inovadora de administração, torna-se possível não apenas captar recursos disponíveis no mercado como também envolver a comunidade, criando forte comprometimento na destinação desses recursos. Seu papel deve ser de catalisador para viabilizar novos empreendimentos na região. Ganham os participantes, o Poder Público e a economia municipal. Essa união de esforços, originária da própria comunidade, é importante estímulo ao empreendedorismo que, mais do que nunca, precisa ser fomentado no Brasil. Apesar de a criação de uma EPC não depender diretamente dos governos municipal e estadual, o incentivo do Poder Público, devido à capacidade de articulação, à credibilidade com que envolve o empreendimento etc., tem grande peso, especialmente nas ações preparatórias à sua criação. Essas informações foram prestadas, em depoimento exclusivo a seguir, por Maurício Pereira de Souza, presidente da ABC Holding S. A. - Tel.: (11) 7695-1900 -, com sede em São Caetano do Sul, a primeira EPC fundada recentemente na região do ABCD.

GERADORA DE EMPREGOS
"Municípios e Estado têm muito a ganhar com tais empresas, pois, além de propiciar maior volume de dinheiro em circulação, com reflexos diretos na arrecadação de tributos e na participação financeira na constituição de empresas-filhas, representam a melhor opção como geradoras de empregos. A formação da empresa-mãe ou holding deve ser na forma de sociedade anônima de capital fechado, porque permite grande transparência nos atos da Diretoria e ampla participação nas decisões em assembléias gerais, estabelecendo clima de mútua confiança entre a empresa que se forma e a comunidade. O estímulo à criação de uma EPC foi um dos mecanismos incluídos no plano de trabalho da recém-criada Diretoria do Desenvolvimento Econômico de São Caetano, para alavancar o desenvolvimento auto-sustentado, que nos ofereceu local e apoio administrativo, para utilizar como 'incubadora de empresas' e constituirmos a holding. As idéias tomaram conta do grupo, e a iniciativa deslanchou."

PROJETOS EM ANDAMENTO
"Assim, com 230 sócios até o momento (setembro) e capital subscrito de R$ 122.500, já autorizado para captar R$ 1 milhão, a ABC Holding, já está partindo para três projetos: de curto prazo, uma cooperativa de prestação de serviços; de médio prazo, PV Alimentos, ponto de venda e distribuição de alimentos; e de longo prazo, micro-indústrias para reciclagem de materiais de todo tipo", diz. "No entanto, o grupo está tão coeso que já lançamos a Cooperativa de Trabalhos Alternativos para tratar de todos os tipos de prestação de serviços e, até, estamos formando grupos na área de construção civil, no setor de promoções, em contabilidade, na indústria (afiação de ferramentas) e na área de RH e pessoal. Outras EPC estão preocupadas em montar um único projeto, o que não nos parece muito conveniente, porque 'vão jogar todos os gatos dentro do mesmo saco', e, se ele estourar, acabou..."

"O LIMITE ESTÁ NO INFINITO..."
"O nosso maior propósito é pulverizar os investimentos, por intermédio da cooperativa, com a função de manter tudo separado. Com relação à prestação de serviços e à mão-de-obra, a cooperativa é a chave, porque não tem limites. Pode-se começar com uma cooperativa; a partir do momento que se tiver três cooperativas singulares, pode-se criar uma 'central', e três destas formam uma confederação. Ela pode atravessar nossas fronteiras e alcançar nível mundial, como uma pirâmide, por assim dizer. Quanto mais ela cresce, mais pode-se desenvolver - o limite está no infinito... O nosso modelo traz uma inovação entre suas metas: a montagem de outras filiais da holding, não empresas-filhas, que é normal no projeto básico fornecido pelo Sebrae, mas outras EPC vinculadas à ABC Holding, porque é permitido pela Lei das Sociedades Anônimas que as rege. Expandir não somente para outras comunidades mas também para o restante do País, para o exterior. Uma S. A. pode lançar ações na Bolsa, o que nos permite ter milhares, até milhões, de sócios."


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