Saúde em Primeiro Lugar
A busca de novos mercados no exterior está exigindo que as empresas brasileiras procurem cada vez mais adequar-se aos padrões de exigência e de qualidade determinados pelos países desenvolvidos. Além de competitivos, os produtos nacionais precisam atender às necessidades de consumidores internacionais com agilidade e acompanhamento constantes. É o que tem feito a Fanem - Fábrica de Aparelhos Nacionais de Eletromedicina, que iniciou suas atividades por obra de Arthur Schmidt, um técnico alemão que ousou apostar na incipiente indústria brasileira ainda na década de 20. Fabricando equipamentos de ponta na área de saúde, com destaque para as incubadoras destinadas aos recém-nascidos, a empresa é líder do seu segmento e descobriu na exportação a vocação natural para o crescimento. O negócio vem despertando a atenção do mundo inteiro pela seriedade, pela inovação e pela vanguarda na criação e execução de projetos pioneiros. Em depoimento exclusivo, Marlene Schmidt Rodrigues, neta do fundador e atual diretora da empresa, revela os procedimentos e as estratégias que fazem da Fanem - www.fanem.com.br - uma das poucas marcas nacionais mais respeitadas e conhecidas dentro e fora do País.
PIONEIRISMO
"Meu avô fundou a empresa com a designação de fábrica de aparelhos nacionais, porque até então não havia uma indústria brasileira de ponta. Numa atitude de prospecção de futuro fantástica, ele resolveu apostar no País quando nem mesmo os próprios brasileiros acreditavam que daria certo. Ele deu origem a essa empresa ao perceber que a saúde era a principal necessidade do Brasil na década de 20, pois não havia aqui bancos de sangue e laboratórios. Ao verificar que só se importava e que também não existia uma indústria de equipamentos médicos, assim como as centrífugas para separação de plasma utilizadas na época, ele decidiu dar a partida para iniciar o segmento e começou modestamente, em 1924. Com o tempo e com o crescimento do negócio, ele passou a ser auxiliado pelo meu pai, Walter Schmidt, cujo nome foi escolhido pela Associação Brasileira de Marketing para designar um prêmio criado recentemente para homenagear pessoas de destaque na área da saúde."
PRESTÍGIO
"Em termos de gestão administrativa, a Fanem trabalha dentro das normas de ISO, já tendo obtido a ISO 9001 e a 2000 também. Nós observamos seriamente todas as normas de procedimento e de atendimento, com um índice de satisfação muito bom. Somos muito voltados para o treinamento e para a humanização, ou seja, o nosso pessoal trabalha dentro de um esquema de atendimento ao público de Primeiro Mundo. No que diz respeito à produção, os nossos produtos não deixam nada a dever aos melhores produtos fabricados internacionalmente. Nós temos até a marca CE, da Comunidade Européia, que nos dá a garantia de qualidade de produto internacional. Hoje, os nossos maiores concorrentes são as empresas estrangeiras. Temos engenheiros brasileiros, operários brasileiros, designers brasileiros, e todo o desenvolvimento eletrônico e mecânico é feito por nós, de brasileiros para brasileiros."
EXPORTAÇÃO
"O preço do pioneirismo está em ver os nossos produtos serem copiados e comercializados muitas vezes sem os detalhes e os cuidados necessários à sua finalidade. Mas também existe a glória de sermos brasileiros e poder levar para o mercado internacional um produto com tanta qualidade e valor agregado. Começamos a exportar nos anos 70 para testar o mercado e por um pouco de vaidade. Hoje, a exportação tornou-se uma necessidade, pois estamos vivendo um momento econômico de retração do mercado interno. As concorrências públicas são pouquíssimas e quase não existe compra de equipamentos. Iniciamos nossas atividades de comércio exterior em 2001 e tivemos um aumento de 68% nas exportações nesses últimos três anos. Acreditamos que, no ano de 2004, 50% do nosso faturamento virá da comercialização com outros países. Exportamos atualmente para 55 países, incluindo toda a América Latina, boa parte da Europa Ocidental e da África. Estamos começando a trabalhar agora a Austrália e os países do Leste europeu por meio de participação em feiras internacionais, sempre com o apoio da Apex."
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