Cultura para profissionais
As estatísticas revelam que menos de 13% dos executivos brasileiros de alto padrão falam inglês fluentemente, incluindo nesse universo os 8% de estrangeiros que moram e trabalham no Brasil. Esse número reduzidíssimo de pessoas capazes de interagir e trazer para o País, por meio da língua, os conhecimentos e as oportunidades da economia globalizada fez com que a União Cultural Brasil Estados Unidos www.uniao.com.br, entidade tradicional e sem fins lucrativos, descobrisse nas entidades de classe e nas empresas o espaço ideal para montar salas de aula. Criada em 1938 por um grupo de egressos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo com o objetivo primordial de estreitar relações e promover intercâmbios culturais com os Estados Unidos, a instituição passou por várias formas de engajamento no campo da promoção cultural, chegando a ser referência nacional no ensino da língua inglesa, dando origem a vários concorrentes nessa área. Hoje, a estratégia de atuação está restrita a apenas duas unidades em São Paulo, com foco maior no mercado corporativo por intermédio de 58 parcerias já consolidadas para o ensino de inglês, espanhol e mandarim. Em depoimento exclusivo, Paulo Bastos Cruz Filho, atual presidente da entidade e filho de um dos principais fundadores, explica essa proposta diferenciada que associa a necessidade de aprendizado à especialização profissional.
EXCELÊNCIA
"Nosso programa atual explica o pequeno número de escolas. Nós tínhamos uma rede bem maior, que foi reduzida, porque nossa idéia atual é fazer da União Cultural uma irradiadora de excelência do ensino de idiomas por meio do que nós chamamos de atuação in company, o que significa ser uma franquia, pois queremos ter as nossas salas de aula em várias entidades parceiras, centradas nos profissionais determinados pelas empresas, com extensão também aos seus familiares. Conseguimos detectar dentro das organizações as pessoas que já estão no limiar da aposentadoria, mas que possuem enorme experiência e conhecimento de línguas. Dessa forma, eles estão mais preparados para atuar como monitores de ensino, diante daquilo que é realmente essencial para que cada estudante desenvolva a sua carreira de acordo com as suas especificidades."
CONVÊNIOS
"O nosso compromisso está exatamente na qualidade. Nós não queremos generalizar o vocabulário no sentido de que a pessoa deva aprender tudo, mas o suficiente em termos de língua e de hábitos culturais que possam ser usados como um instrumento útil no exercício da profissão. Nesse sentido, esperamos que aquilo que o aluno vier a aprender, seja no ensino do inglês, seja no ensino do espanhol por intermédio do convênio que mantemos com o Instituto Cervantes, seja ainda no ensino do mandarim por meio do convênio estabelecido recentemente com a China, possa contribuir para o seu aprimoramento profissional e para que ele possa ter um certificado incluído em seu currículo capaz de garantir uma condição diferenciada com relação a outros profissionais da mesma área. Por esse motivo, a União Cultural tem como proposta não ensinar o idioma, mas sim ensinar no próprio idioma, visando melhorar o desempenho dos brasileiros no exterior."
PLATAFORMAS
"Os objetivos da nova administração assentam-se em quatro plataformas básicas: a excelência do ensino de línguas, a transferência de conhecimentos, os convênios culturais e o preparo de missões tecnológicas de estrangeiros ao Brasil e do Brasil a outros países no sentido de que seja possível constatar in loco a evolução desse conhecimento que pode ser bastante útil ao País. A opção pelo formato in company visa superar o grave problema de logística de transportes, tendo em vista que hoje é muito complicado atrair alunos para apenas dois centros de ensino. Nós preferimos resolver isso por meio da criação de salas em cada uma das instituições parceiras, devidamente aparelhadas e supervisionadas por monitores treinados por nós que farão o acompanhamento on-line dos cursos. A princípio, não há limitação em termos de número de alunos. Pode ser algo em torno de 10 a 30 participantes, embora a nossa preferência seja sempre por grupos mais reduzidos, para que a aula presencial seja mais interativa."
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