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III – Cheques problemáticos

Cheque devolvido, cancelado ou sem fundo constitui problema para as empresas. Há custo da recobrança de cheque, taxas bancárias e, principalmente, perda do dinheiro. Ao lidar com cheques, é preciso desenvolver técnica de cobrança na seguinte direção:

1 – Estabeleça um procedimento único para receber qualquer tipo de cheque e não abra exceções, nem para clientes novos ou para compradores regulares.

2 – Examine pacientemente o cheque, conferindo se tudo está preenchido clara e corretamente: nome impresso e assinatura, data, em nome de quem o cheque é emitido, se o valor numérico corresponde ao da compra e valor escrito por extenso.

3 – Evite aceitar cheque avulso, que não lhe permite verificar se o número de série corresponde ao do talão.

4 – Nunca aceite cheques com rasuras.

5 – Sempre anote telefone e endereço no verso.

6 – Confira a assinatura em outros documentos com fotografia, além da Carteira de Identidade.

7 – Considere a possibilidade de contratar firma de desconto de cheques (factoring), caso exista na sua cidade. Essas firmas permitem conferir por telefone cada cheque, identificando os maus pagadores que mais freqüentemente emitem cheques "voadores".

8 – Telefone para o banco do cheque e averigúe se existe tal conta e se está ativa, com fundos disponíveis.

9 – Sempre que aceitar cheque duvidoso, tente depositá-lo o mais rápido possível.

10 – Em venda pelo correio, nunca se renda à tentação de agradar cliente apressado e, sob pressão, entregar a mercadoria antes de descontar o cheque.

11 – Cheque mal preenchido – mesmo que emitido por cliente da mais alta confiança que o reembolse rapidamente – termina custando tempo e dinheiro, caso o banco não efetue o desconto, devido a um lapso qualquer do pagador no preenchimento do cheque.

12 – Em última instância, muitos maus pagadores só saldarão suas dívidas e irão recuperar os cheques sem fundo diante da ameaça de cobrança judicial. Assim, entregue a uma empresa de cobrança os cheques com os quais tenha perdido todas as esperanças de receber a dívida e inclua os clientes que os emitiram na lista dos "indesejáveis".

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Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 09
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