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Faça como os americanos e descubra o potencial das incubadoras. Existem, hoje, em funcionamento 42 incubadoras de empresas em todo o País, mas, nos Estados Unidos, funcionam mais de mil. Qual o motivo dessa enorme diferença? À parte a defasagem das duas economias, é importante destacar a diferença de enfoque. Aqui, o espírito paternalista prevalece, colocando esses programas de proteção das empresas nascentes sob um único guarda-chuva fornecido pela parceria entre governo, universidades e entidades empresariais. Enquanto isso, na América, floresce uma próspera indústria que explora esse nicho de mercado das mais diversas maneiras. É claro que lá, 44% das incubadoras ainda são organizações sem fins lucrativos, que dependem de verbas de fundações institucionais, de agências federais, como a Small Business Administration e centros de desenvolvimento empresarial de governos locais, enquanto 14% são vinculadas a universidades e se concentram
É essa diversidade que dá dinamismo ao setor. "Nos Estados Unidos, a cada semana, surge uma nova incubadora de micro e pequenas empresas", diz Dinah
Fonte: NBIA State of the Business Incubation Industry Survey, Novembro/95 Adkins, da direção da National Business Incubation Association a federação das entidades que se dedicam a essa pequena grande "invenção norte-americana" de fomento à livre iniciativa. A associação, formada em 1985, registra mais de mil programas de "gestação" de micro e pequenas empresas. Isso representa um crescimento acelerado em cinco anos: em 1990, havia apenas 385 "business incubators" em toda a América. O sucesso dessas entidades de sustentação de novas empresas é surpreendente: mais de 80% das microempresas lançadas dentro de incubadoras sobrevivem e instalam-se na praça em cerca de dois anos e meio. Em 1996, são cerca de 5 mil microempresas lançadas, que continuam atuando por conta própria. Por trás desse sucesso, está a capacidade das incubadoras para desenvolver empreendimentos que "acrescentem valor ao produto", oferecendo melhor preço ou serviço, segundo a administração do Batavia Industrial Center, de Nova York. Nas "incubators" de bairros pobres, isso exige "chocar" empresas que produzam localmente, mas que tenham pelo menos 50% do seu mercado fora da região, trazendo capital para dentro da comunidade. "As incubadoras de pequenos negócios vêm melhorando dramaticamente as perspectivas de sobrevivência de companhias principiantes, criadas em bairros pobres e cidades menores", destaca Bradford McKee, da U.S. Chamber of Commerce. De modo geral, essas entidades oferecem instalações e programas de assistência que, segundo McKee, "revitalizam a vida econômica das comunidades, facilitam a transferência tecnológica e criam empregos". Em San Francisco, por exemplo, o S. F. Renaissance Entrepreneurship Center conta com apoio da Pacific Gas & Energy (PG&E) que, sendo a grande abastecedora de gás e luz elétrica da região, criou "ninhos" específicos para projetos de proteção ambiental e de aumento da eficiência energética de empresas, máquinas e equipamentos. A maioria das incubadoras abrigam projetos de microempresas no setor de serviços, de manufatura artesanal e de montagem de produtos, além dos projetos especiais de inovação tecnológica. As facilidades ou serviços básicos oferecidos pelas incubadoras envolve assistência técnica e financeira em todos os aspectos da atividade empresarial: planejamento, marketing, administração, contabilidade, design de produtos, assistência técnica e jurídica, além de espaço: uma mesa com computador, fax e telefone, arquivo e acesso permanente aos conselhos de algum especialista que esteja acompanhando o parto do seu empreendimento. |
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