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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 266 (11/05/1997)

Avaliação Psicológica na Empresa

A crise geral, representada principalmente pela deterioração da renda, pelo desemprego crescente e a pela queda do padrão de vida, agravada pela subversão dos valores e sobretudo pela escalada da violência, vem tornando necessária, ou pelo menos recomendável, a avaliação psicológica e comportamental das pessoas participantes dos diferentes níveis de inter-relação na sociedade, especialmente para as empresas. Nelas, avulta em importância esse conhecimento da personalidade e do comportamento do indivíduo - tanto mais aprofundado quanto possível -, porque lá ele convive a maior parte do tempo com um grupo heterogêneo em termos de origem, formação e cultura, freqüentemente afetado por situações, expectativas e atitudes caracteristicamente estressantes que podem perturbar, sensivelmente, o equilíbrio e a harmonia internos, comprometendo até a sobrevivência da organização. Quem faz essa recomendação, em depoimento exclusivo, é a psicóloga Rosa Maria Ponomavenco, titular da Psico Serviços de Psicologia - Tel.: (11) 255-4933 -, empresa de trinta anos que já fez cerca de 112 mil trabalhos entre avaliações psicológicas, vocacionais, bem como análises de currículos, de personalidade e grafológicas.

SABER QUEM SÃO OS PARCEIROS
"Embora atenda também a solicitações individuais, 95% desse trabalho foi feito com candidatos a emprego em 1,8 mil empresas de todos os tamanhos e ramos, aplicando entre setenta e oitenta testes, desenvolvidos exclusivamente pela empresa. A situação exige que o empresário pare para pensar se o comportamento do funcionário ou candidato ao emprego já foi comprometido pela crise e como ele está controlando isso. No momento em que se está demitindo grande número de funcionários é que se deve escolher, racionalmente, os melhores para ficar no emprego. Não é decidir, por exemplo, fechar o setor de compras, demitindo todos; será que nele não haverá alguém muito bom para suprir eventual falta no setor de produção? Deve-se procurar saber se os que permaneceram sãos os melhores e os mais eficientes parceiros. O que se pode perceber, agora, é a tendência das pessoas estarem mais preocupadas em verificar com quem estão trabalhando."

EMPRESA SÓ PODE BENEFICIAR-SE
"Funcionários inadequados à função podem, principalmente, prejudicar a imagem externa e os negócios da empresa. É o caso de porteiros e telefonistas, que não podem ser 'maus bofes', nem estar 'num péssimo dia', pois revelam aparentemente, pelo menos para o público, a 'maneira de ser' da organização. Se o porteiro trata mal alguém, a impressão é de que lá todos são coniventes com esse comportamento, ou então que ele está obedecendo normas para agir assim. Isso, fatalmente, irá despertar a má vontade dos visitantes. Quanto aos funcionários mais ligados aos diretores, como secretária, auxiliares mais próximos e motoristas, procuram recrutar gente não só com características gerais e profissionais positivas mas também com personalidade adequada ao comportamento do chefe. Um diretor meticuloso e exigente não combinará com uma secretária jovem, de 'pavio curto', porque, inevitavelmente, um dia irão 'bater de frente'."

AVALIAÇÃO PRÉVIA EVITA PREJUÍZOS
"Numa situação diversa, por exemplo, o atendimento ao consumidor, não basta apenas treinar o atendente para executar um trabalho correto mas também preocupar-se com seu perfil psicológico. A empresa precisa recrutar pessoas com pelo menos o segundo grau completo, pois, se não souberem redigir, podem passar conceito equivocado, que não corresponda à verdade, comprometendo, ainda mais, a sua imagem. Além disso, de preferência, o funcionário deve ter empatia com o produto (gostar). Portanto, é recomendável fazer antes a avaliação para saber se vale ou não a pena treinar o funcionário, porque o excessivamente orgulhoso e auto-suficiente geralmente não aceita treinamento, muito menos reclamações. Também não serve aquele muito humilde, modesto demais. Com a situação financeira difícil de hoje, as empresas evitam despesas com o que consideram "supérfluos", correndo o risco de admitir ou ficar com pessoas inadequadas, do ponto de vista psicológico, para as funções indicadas e, principalmente, quando são promovidas."


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