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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 430 (02/07/2000)

A Plástica do Gerenciamento

Muitos empresários ainda não conseguiram perceber que um comportamento que valorize a relação capital x trabalho traz a vantagem inquestionável de um passivo trabalhista zerado. Aliada à conscientização da necessidade de contribuir para melhorar a sociedade, incluindo a preservação ambiental, essa estratégia demonstra que responsabilidade social é muito mais do que a expressão de um simples modismo. Pode ser traduzida na prática, por meio de um estilo próprio de gerenciamento empresarial. Uma experiência bem-sucedida nesse sentido é a Schemco Injeção de Peças Técnicas - www.schemco.com.br. Em depoimento exclusivo, Christian Schweikert, diretor-superintendente, explica como funciona o seu negócio e fala da situação em que se encontra a indústria brasileira.

BUSINESS TO BUSINESS
"A Schemco é uma empresa 100% nacional que nasceu em 1992 com a proposta de ser uma fornecedora de peças técnicas de plástico de altíssima performance, trabalhando como suporte no desenvolvimento de itens plásticos para a área industrial, incluindo componentes mecânicos para a indústria automobilística ou eletro-eletrônica em geral. No entanto, nós vamos além do simples fornecimento, funcionando como uma extensão da engenharia dos nossos clientes no que diz respeito ao desenvolvimento de componentes plásticos. Nesse sentido, adotamos a postura ética de não trabalhar com empresas concorrentes entre si dentro de determinado segmento. Os preços são negociados, mas os pagamentos são efetuados corretamente, assim como as matérias-primas utilizadas apresentam o nível de qualidade estabelecido. O conceito business to business implica que os nossos clientes trazem um problema para ser solucionado ou uma peça que desejam nacionalizar. Com base nessas especificações e nessas exigências, cabe-nos apresentar a solução tecnológica para cada caso, ou seja, o melhor produto possível dentro do prazo e da necessidade determinados. Na verdade, o que fazemos hoje consiste basicamente em viabilizar sistemas para as indústrias nacionais e multinacionais."

ESTILO
"Quando decidimos criar uma empresa, eu e minha mulher imaginamos que o desgaste da relação capital x trabalho, com patrões odiando funcionários e vice-versa, pudesse ser contornado, que poderia haver uma relação excepcional nesse sentido, e esse vem sendo um grande diferencial nosso. Entendemos também que precisa ser formado um espírito de equipe e que isso só pode ser feito a partir do momento em que são estabelecidas e divulgadas as normas de conduta e todas as informações de maneira clara e transparente. Por isso, adotamos o conceito de livros e portas abertas, em que os resultados e os problemas são todos expostos, assim como o faturamento da empresa. Outro aspecto importante é a nossa preocupação com o ambiente de fábrica, uma vez que temos instalações absolutamente seguras e colaboramos para a preservação ambiental. Prova disso é que somos a quinta empresa no Brasil a receber o certificado BS 8800, relacionado à segurança em ambientes ocupacionais. Acreditamos que uma empresa responsável é aquela que possui relações éticas com o mercado, coerentes com seus recursos humanos e consciente no que se refere à utilização das riquezas naturais, além de desenvolver uma relação filantrópica com a sociedade da qual faz parte, buscando contribuir para que ela melhore de forma generalizada."

POLÍTICA INDUSTRIAL
"A política industrial brasileira está voltada para as microempresas, as consideradas muito pequenas e para as grandes organizações, o resto está perdido, não existe linha de crédito ou de financiamento, não existe nada. Estamos vivendo um processo de destruição da indústria nacional. Vimos os nossos 'barões' da indústria perderem os seus negócios. A indústria nacional está sendo entregue de bandeja para as multinacionais. Imaginar que podemos ser uma economia estável, investindo em especulação em cima do capital externo, não precisa ser economista para saber para onde este caminho nos está levando. Só há uma maneira de criar estabilidade para um país, que é a poupança interna juntamente com um parque industrial sólido e forte, além de investimentos na área de ensino para a formação de mão-de-obra qualificada. Não existem escolas de formação de gerentes ou empresários, por exemplo, o que torna a tarefa de administrar um negócio algo que, infelizmente, se aprende na prática."


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