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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 252 (02/02/1997)

Computador Faz Milagres?

A intensa publicidade em torno da informática levou à impressão equi-vocada de que o microcomputador elimina a necessidade de uma série de procedimentos básicos. Mesmo que o operador fosse analfabeto e sem prática de escrever ou digitar, o computador resolveria o problema. Obviamente, não é verdade: saber digitar, por exemplo, continua a ser muito útil. Diante do microcomputador, a pessoa tem necessidade de registrar as idéias, preparar um texto, operar um programa e, se não está treinada e com suficiente agilidade na digitação, irrita-se, torna-se frustrada e até estressa-se, porque as mãos não acompanham a agilidade do raciocínio e do trabalho mental. A observação dessa necessidade levou o engenheiro Mário S. S. Rossetto, proprietário da RB Sistemas e Informática - www.teclafacil.com.br -, a desenvolver e comercializar um software para ensinar o uso do teclado, através do computador. Surgido em 1986 com o nome de Exercícios de Datilografia, o programa, hoje, na versão 3.4, denomina-se Tecla Fácil. Foi premiado pelo Ministério da Educação e já vendeu mais de 2,5 mil cópias, da linha home (uso pessoal) e tem mais de duzentos usuários da linha profissional, para escolas, empresas etc.

O LABORIOSO APRENDIZADO
"Sou formado em Engenharia Civil, pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1964. Tive o primeiro contato com computadores quando ingressei na IBM. Após dois anos e meio, transferi-me para o Metrô, onde criei e passei a chefiar o Centro de Processamento de Dados, começando pelos sistemas de avaliação das propostas para a primeira concorrência para construção civil, fornecendo serviços de computação a toda a empresa (apesar dos recursos precários), criando o Plano Diretor de Informática e montando uma equipe com trinta analistas que tratava do controle da operação viária por computadores. Saí do Metrô e fui assessor de informática do Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e depois diretor de informática de uma empresa estadual, a Copeme. Após essas experiências, como tantos outros profissionais que querem ter o seu próprio negócio, criei, com um amigo, a empresa, hoje chamada RB Sistemas e Informática, que fez 21 anos no início deste ano com o objetivo de oferecer serviços de computação a profissionais liberais e pequenas empresas."

MERCADO PERENE
"A área de informática era novidade fantástica: ainda não existiam microcomputadores, os primeiros equipamentos eram enormes e muito caros e ninguém quase podia adquiri-los. Ainda hoje, até certo ponto, a minha filosofia continua a ser levar o processamento a quem ainda não tem acesso ao computador. Trata-se de mercado que sempre irá existir. Não na forma como havia antes, em que se tinha de fazer tudo, mas oferecendo sistemas de treinamento baseados no computador, de excelente qualidade, por exemplo para as escolas de datilografia, cujo negócio está em crise, sem que percam sua personalidade. O Tecla Fácil Profissional comtempla os dois níveis do curso: aprendizado do teclado e redação de textos, estética etc., incuindo um jogo educativo muito interessante, o Defenda-se. Muitas escolas são explicitamente agradecidas à RB Sistemas pelo sucesso que estão alcançando. E, para quem não quer ir à escola, a linha home permite o treinamento em casa ou no trabalho."

CONVERTER A HABILIDADE EM VALOR
"Há empresas que se orgulham de que seus executivos passam o dia inteiro na frente do micro. Se ele soubesse datilografia e não fosse "catamilhógrafo", que usa só dois dedos para digitar, talvez até lhe sobrasse tempo para realizar outras tarefas... Felizmente, esse equívoco não está mais prevalecendo. A habilidade em datilografia, antes reservada a funções subalternas, representa uma qualificação a mais que o funcionário põe a serviço da empresa, transformando em valor agregado o simples trabalho no microcomputador. Minha formação eminentemente técnica prejudicou-me no início da empresa, quando julgava estar preparado para ser empresário. Por um lado, os tropeços, por outro, a felicidade de ter criado um produto de qualidade e grande aceitação no mercado representado não apenas pelas 4 mil escolas de datilografia do Estado mas, também, pela inequívoca mudança de mentalidade e conseqüente aceitação por muitas pessoas desse tipo de treinamento possibilitaram-me superar as deficiências e consolidar-me como pequeno mas experiente empresário."


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