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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 178 (03/09/1995)

Vocação Define Negócio mais Adequado

A orientação profissional liberta-se das opções tradicionais e das generalidades. Hoje, uma bateria de testes pode detectar, dentro de uma vocação, a especialidade mais adequada. Isso ajuda a eliminar conflitos e a abrir perspectivas seguras para quem descobrir, por exemplo, que pode realizar-se como empresário. Nem sempre abrir um restaurante, uma padaria ou uma loja de franchising pode ser a escolha mais correta. Esse tipo de indecisão, que acaba empurrando as pessoas para os negócios da moda - e, muitas vezes, para a falência -, merece a atenção dos especialistas. A Clínica Jardim São Paulo - Tel.: (011) 298-3601 - trabalha com conflitos dessa natureza, considerados normais pela sua diretora, Deborah Anna Duwe Pastor. Liderando uma equipe multidisciplinar, ela atende desde gestantes e bebês até adolescentes, adultos e pessoas da terceira idade. Desorientação das mães, ataques de birra na primeira infância, conflitos familiares gerados pela crise econômica ou pelo choque de gerações são alguns dos problemas cotidianos que a clínica lida dentro da sua linha de psicoterapia da normalidade, de prevenção de distúrbios, de orientação e luta pela qualidade de vida. No depoimento a seguir, Deborah descreve esse trabalho de dez anos, que atualmente conta com o apoio da consultoria do SEBRAE/SP para divulgar os seus serviços, realizar eventos e profissionalizar sua empresa.

PROMOVER A SAÚDE
"Funcionamos inicialmente dentro de um hospital, alugando espaço, mas nossa atuação entrava em conflito com a administração. Num hospital, existe muito a valorização da doença, não da saúde ou da prevenção. Nosso trabalho não era promover os exames laboratoriais, a internação, todo o movimento de um paciente pelos diversos departamentos. Trabalhávamos com a parte da psiquiatria clínica, e nossa filosofia era exatamente o contrário, era desinternar. É mais barato promover a saúde do que a doença. Dentro de um hospital particular, quanto mais doente, melhor. Isso dava um ambiente pesado ao nosso trabalho. Por isso deslocamos nosso primeiro curso, o de gestantes, para um centro de compras, onde muitas vezes as sessões acabavam numa pizzaria. O grupo de gestantes dá uma idéia do nosso trabalho, que é feito de forma integrada. Fazemos psicologia de casal, temos uma nutricionista para os bebês, damos orientação profissional para mães. Muitos conflitos gerados por uma gestação eram abafados e negados, como por exemplo a expectativa do marido em relação ao bebê, a questão sexual, os problemas de estética etc. São problemas do cotidiano, não da patologia ou da esquizofrenia, mas das neuroses do dia-a-dia. Estamos agora inaugurando um trabalho que lida com o espaço e o papel da avó, que é um tema quase inédito em psicoterapia."

O DIREITO DE ERRAR
"A orientação profissional é melhor de trabalhar com pessoas que têm mais vivência. Nosso objetivo é identificar as potencialidades para que a pessoa possa direcionar-se sem angústias, com a certeza de que vai dar certo. O enfoque principal não é partir imediatamente para uma profissão, é saber que cada um pode errar na sua escolha. Existe muita pressão dos pais sobre os adolescentes. Nem sempre um filho identifica-se com a atividade de um pai que praticamente o obriga a herdar um negócio. Existe o caso do pai que resolve abrir uma butique para a mulher ou um franchising para o filho, para mantê-los ocupados com uma atividade profissional. Isso não costuma dar certo. Podemos detectar que a pessoa não tem nenhuma afinidade com aquilo. Muita gente que procura abrir uma empresa está muito desorientada. Geralmente, acabou de ser demitida da empresa, pode então entrar na moda da padaria ou das fraldas descartáveis. Padaria dá dinheiro para quem gosta de ser padeiro. Procuramos então adequar o potencial da pessoa com seu nível de ambição. De repente, seu potencial e recursos apontam para outra solução, como uma sapataria, por exemplo. Às vezes as pessoas têm aspirações muito altas para seu nível de capacidade e isso gera muitas frustrações. Trabalhamos bastante com a auto-estima, baseados em experiência clínica e uma série de técnicas. Quando a auto-estima está em baixa, sabemos que a pessoa vai escolher e fazer o trabalho errado."

CRIAR É A SOLUÇÃO
"Percebemos que a parte profissional de uma pessoa é a extensão da sua própria identidade. A pessoa vem nos consultar porque a demanda é profissional, mas fala todo o tempo da sua vida, da mulher e dos filhos. Procuramos então uma definição mais clara. Podemos ver, muitas vezes, que o conflito pessoal prejudica o trabalho, acaba estendendo-se. Fazemos cinco sessões, associando técnicas e entrevistas, e elaboramos um laudo personalizado. O importante é saber o que fazer com a própria capacidade criativa. No ambiente tradicional em que vivemos, a criatividade acaba gerando muitos problemas. Mas o profissional do futuro será aquele que exercer plenamente essa criatividade."


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