Verdade Vende Ensino de Idiomas
Quem quiser montar uma escola para o ensino de uma língua estrangeira não deve mentir para os alunos, prometendo milagres. O aprendizado depende do empenho de cada um, do número de horas/aula - quatrocentas em média - e, claro, da metodologia adotada, da qualidade e do treinamento dos professores. Não existem mágicas nesse negócio, pois ninguém aprende por osmose. Existem alternativas, como os cursos de imersão - em média oitenta horas, durante duas semanas -, que podem preparar para objetivos imediatos. Se o cliente precisar de conversação, é um tipo de curso, se for só assistir a palestras, é outro. Outra variante são os currículos específicos para determinados nichos, como advocacia ou medicina, por exemplo, que podem ser formatados se a escola desenvolver um trabalho personalizado, como é o caso da Nefi - Núcleo de Ensino de Francês e Inglês www.nefi.com.br . Especializada no mercado empresarial, ela foi fundada por Rosana Attini Palmieri, ex-arquiteta que se deixou levar por uma paixão de infância, a língua francesa. De professora de francês, ela passou a empresária, abrindo o leque do ensino para o espanhol e o inglês, atendendo, assim, à demanda crescente por treinamento de executivos, especialmente das multinacionais e dos bancos brasileiros. Mas sua proposta está aberta para qualquer empresa que resolver investir num instrumento de trabalho obrigatório numa época de globalização econômica. A seguir, ela dá as orientações básicas desse segmento.
ALUNO AVALIA TRABALHO
"Comecei dando aulas em empresas, através de uma escola que me contratou. Desenvolvi um trabalho bem feito com executivos que precisavam do idioma para trabalhar e viajar. Fui aperfeiçoando-me, morei na França e, quando voltei, em 1985, o mercado estava bem melhor. Fui sendo muito procurada pelo meu trabalho e comecei a não dar conta, porque eu era uma pessoa só e não conseguia atender toda à demanda. Foi aí que criei a escola, com um sócio que acabou desligando-se. O mercado para o francês foi crescendo, mas, por volta de 1988, percebi que precisava ampliar e entrei, também, para o ensino do inglês, com o apoio de outro sócio, que, mais tarde, também saiu e eu acabei tocando o negócio sozinha. O serviço que a gente presta vem muito de mim, da minha formação e pesquisa. E isso conquista mercado. Temos meia dúzia de formulários para cada aluno, para todo o tipo de acompanhamento. Temos avaliação mensal e semestral, relatórios de aproveitamento, perfil do aluno, análise quantitativa, qualitativa. O aluno também avalia o nosso trabalho. Temos todo esse suporte, porque é assim que eu gostaria de ser atendida. Fiz uma pesquisa de mercado e descobri que existem poucas escolas que adotam esse sistema. O que predomina é o ensino de massa, em que se dão aulas sem nenhuma coordenação. Agora, queremos melhorar ainda mais a qualidade, para ganhar uma fatia maior de mercado. No início desse trabalho, recebemos uma ajuda do SEBRAE/SP."
CURSOS PERSONALIZADOS
"Existem diferentes tipos de curso para diferentes finalidades. Conforme o caso, adaptamos o método para conversação, compreensão ou mesmo objetivos mais complexos, como dar conferências, por exemplo. Mas você só aprende, quando quer aprender. Tem escola que fala que ensina em pouco tempo. Não sei se é assim que se vende ou não, mas eu vendo falando a verdade. O mínimo de aulas semanais são três horas e você aprende um idioma em quatrocentas horas. Num curso de imersão, depende muito do estágio em que o aluno se encontra, pois a gente parte do princípio de que as pessoas sempre sabem alguma coisa, porque existe esse contato com o inglês. Quando a pessoa vem para um curso de imersão, ela está realmente interessada, então o resultado é muito positivo. Nossos cursos são personalizados, mas obedecem a um padrão baseado em métodos desenvolvidos nos Estados Unidos e que são adaptados por nós. Nós escolhemos o que achamos mais adequado ao brasileiro, mediante um estudo da oferta do que existe no mercado, que é uma infinidade de material didático. Se tem advogado que nos procura e o curso precisa ser voltado para a área dele, nós vamos estruturar o currículo em nível básico, dentro desse material disponível, mas voltado para as leis. Isso parte da coordenação da escola, que vai pesquisar, ver o que é possível ser feito. Esse esquema serve para todas as áreas."
AULAS NO TRABALHO
"Os alunos escolhem os horários, que são quase sempre os mesmos: ou no início da manhã, na hora do almoço ou no fim da tarde. Lidamos com um número máximo de quatro participantes por curso e costumamos dar aula no local de trabalho do aluno. Temos hoje quarenta professores. Muitos deles foram treinados por nós, pois a pessoa pode saber inglês, mas não sabe dar aulas, e isso ele aprende conosco. Eu deixei de ser professora e nem coordenação eu faço mais, pois tenho coordenadoras que se reportam a mim. Eu faço mais a parte de contatos. Muitos clientes querem escolher a escola a partir dos custos. Hoje, acredito que para a escolha de um produto existem dois fatores fundamentais: qualidade e custos competitivos. A NEFI reúne ambos. A intenção deve ser preparar, formar, treinar os colaboradores de maneira adequada e eficiente."
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