Quem Faz o Sucesso da Empresa
Com a evolução do antigo departamento de pessoal para a área de "relações industriais "trazida pelas multinacionais, as empresas começaram a perceber que, em qualquer empreendimento, o mais importante e decisivo diferencial competitivo são as pessoas. Na medida em que elas dispõem de pessoal mais qualificado, melhor preparado, realmente farão a diferença do seu negócio, porque a tecnologia usada por todos é praticamente a mesma. O conhecimento e a capacidade de lidar com gente passaram a ser responsabilidade de todo profissional que lidere e motive pessoas na busca de maior produtividade e lucratividade para alcançar pleno sucesso. Hoje, gerenciar os recursos de pessoal não incumbe mais a uma área burocrática, porém passou a ser trabalho de gestão na empresa. Esse é o conceito e o papel modernos de recursos humanos, segundo a visão e o enfoque definidos a seguir, em depoimento exclusivo, pelo presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos empresário Luiz Antônio Ciocchi, da Luiz A. Ciocchi Gestão Empresarial - www.ciocchi.com.br, especializada na implantação de programas de previdência privada, participação nos resultados e assistência médico-odontológica, entre outros.
INSTRUMENTO DE ENERGIZAÇÃO DA EMPRESA
"A forte atuação do nosso negócio é em cima da lucratividade das empresas, por meio do instrumento da previdência privada, combinado com a participação nos lucros ou resultados. Pelo nosso sistema, a empresa destina parcela de seus resultados à previdência privada, em contrapartida à contribuição do empregado, decorrente de sua participação nos lucros. Assim, quanto mais elevados forem os resultados, mais crescem, em conseqüência, as parcelas de contribuição da empresa e de seu pessoal. Por exemplo, sua estratégia é destinar 2% de um lucro de 100, digamos, ao fundo de previdência privada; porém, se ao final obtiver 200, ela compromete-se também a duplicar a cota prevista. Naturalmente, também há algumas regras a obedecer: o empregado não pode sacar a parcela da empresa se não completar no mínimo cinco anos de casa; com cinco a dez anos, poderá resgatar 30%, por exemplo. Então, implantando o programa de previdência privada, a empresa energiza-se com a motivação de todos a lutar por lucros mais elevados, que também resultarão em maiores benefícios gerais. De quebra, consegue-se ainda reter mão-de-obra mais qualificada."
RETRIBUIÇÃO PELA PRODUTIVIDADE
"A participação nos resultados é fundamental para o País, para as empresas e para os trabalhadores. Por quê? Porque numa economia estável, os salários aumentam muito pouco - ou quase nada. Então, numa economia em que não há mais reajustes como os que aconteciam na época da inflação, a única maneira de se conquistar ganhos reais de salários é por intermédio da produtividade. Quer dizer, nenhum empresário vai retribuir a sua massa de salário, se não for obtendo maior produtividade. O dispositivo legal que regulamenta a participação dos empregados nos resultados procurou envolver toda a empresa na motivação pela melhora da eficiência e da produtividade, não se atendo somente ao aspecto 'lucro', que funcionaria como fator restritivo dos setores não diretamente relacionados ao aumento de ganhos propriamente dito. Só para exemplificar, na área comercial é fácil: os aumentos de venda são evidentes, mas, para outros, como a copeira que serve cafezinho, de que modo avaliar a sua participação nos 'lucros'? O essencial é realmente retribuir, individualmente, a quem de fato teve contribuição efetiva, que é diferente para cada empregado."
O GRANDE DESAFIO DA VIRADA DO SÉCULO
"A requalificação da mão-de-obra para atender à demanda tecnológica a ser exigida nas empresas, como já está acontecendo no mercado, é o grande desafio da virada do milênio. Há grande quantidade de postos de trabalho à espera de gente para ocupá-los e não se encontra. Qualquer head-hunter tem várias exigências em solicitações de profissionais, mas não encontra essa mão-de-obra. Na outra ponta, há uma infinidade - 1,4 milhão somente na Grande São Paulo - de desempregados. Aí deve entrar, obrigatoriamente, a participação do poder público, para melhorar a formação educacional dos nossos jovens, pois, enquanto cada brasileiro recebe educação de 3,8 anos, em média, nos países competitivos são onze anos. O empresário precisa dispor de tal mão-de-obra para que seu microorganismo seja competitivo num mundo globalizado."
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