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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 522 (07/04/2002)

A Interface do Humano

O discurso de que uma empresa é feita pelas pessoas que trabalham nela não é original e muito menos inovador. No entanto, será que os funcionários de uma organização ou colaboradores, como muitos preferem chamá-los, recebem mesmo a atenção devida e merecida para produzir mais e melhor? Não se trata aqui de discutir acordos salariais, e sim de pensar a interação entre a estrutura operacional e a necessidade de crescimento profissional do ser humano. Muitas vezes, as soluções estão dentro da própria empresa, mas, para chegar até elas, é preciso aprender a escutar atentamente as informações que cada um tem a oferecer. Quem dá a dica é Dirk Thomaz Schwenkow, presidente da Mercuri Urval para a América Latina - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 5641-7506. Em depoimento exclusivo, ele conta como a consultoria de negócios atua para desenvolver as competências dos seus clientes, com o objetivo de implementar estratégias empresariais eficazes e focadas na interação dos recursos humanos.

EQUILÍBRIO
"O nosso foco dentro das empresas consiste em interagir as estratégias operacionais com os recursos humanos, desde a fase de recrutamento e seleção até o desenvolvimento das pessoas dentro da organização. Para nós, o fundamental é que todos estejam trabalhando de acordo com as suas competências, pois isso leva à motivação e ao resultado. A chave do sucesso está em saber utilizar as pessoas de acordo com o potencial de cada um. Muitas vezes se faz o contrário, ou seja, existe todo um investimento em treinamento e formação nas áreas em que o indivíduo apresenta maior fragilidade, enquanto a sua aptidão natural fica esquecida, ao invés de ser estimulada. Isso começa já no processo de admissão do funcionário. Geralmente, as empresas recrutam pelo histórico profissional e demitem por características pessoais que não se encaixam à organização. Não se trata de substituir o currículo pela personalidade, mas sim de enfocar os dois aspectos com o intuito de conciliá-los em benefício da relação de trabalho."

PROFISSIONALISMO
"Nos últimos vinte anos, o Brasil vem apresentando mudanças radicais em termos de profissionalização das empresas, por causa do impacto da globalização. Hoje, elas são obrigadas a brigar de igual para igual com as organizações internacionais no mercado brasileiro, na América Latina e em todo o mundo com as exportações. A maior diferenciação atualmente é por agilidade, e não mais por tamanho. O ideal é agir, mas, em razão dos acontecimentos que influenciam a economia globalizada, é preciso também saber reagir de forma muito rápida. Não temos mais um mercado fechado e protegido, no qual um produto de segunda ou terceira categoria acaba tendo sucesso porque não existe concorrência. Esse desafio da competição em nível global está forçando as nossas empresas a se desenvolverem profissionalmente cada vez mais. Nesse aspecto, o famoso jeitinho brasileiro, entendido como versatilidade, pode ser considerado uma vantagem competitiva, desde que não se percam de vista a ética e o foco no profissional."

AUTOCONHECIMENTO
"As pessoas é que fazem as estratégias funcionarem, e não as máquinas. Elas são o recurso fundamental, e a responsabilidade de desenvolvê-las é de todos, mas cabe à cúpula da empresa dedicar o seu tempo não só para encaixar o funcionário correto no lugar certo mas também contribuir para o seu desenvolvimento no trabalho. Ninguém desenvolve ninguém, mas é preciso criar oportunidades para isso, além de descobrir o desafio mais apropriado a cada um. O diretor de desenvolvimento de recursos humanos, como preferimos chamar, tem que estar integrado a todos os processos e metas da organização para poder garantir que as competências necessárias a esse desenvolvimento estejam presentes na empresa e na forma que se pretende continuar. O importante é conscientizar-se dos pontos fortes e dos pontos fracos. A começar pelo próprio chefe, que deve concentrar-se nos seus pontos fortes e buscar uma equipe que o complemente com novos desafios e pontos de vista. A tendência é contratar sempre quem pensa igual, para não haver discórdia, mas é no questionamento que podem estar as melhores soluções."


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