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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 316 (26/04/1998)

Construir Empregos com Qualidade

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Um dos mais importantes suportes da economia nacional é formado pela indústria da construção civil e imobiliária. O desempenho crescente desses dois segmentos pode ser medido pelo resultado verificado em 1997, em que foi possível manter de forma gradual a elevação dos índices de evolução do setor, que ficou 26% superior ao registrado em 1996. Em 1997, dados do setor mostram que a cadeia produtiva da construção contribuiu para o PIB nacional com uma participação de 13,5%. O Construbusiness é formado por milhares de empresas e tem sustentado o crescimento de diversos outros setores da cadeia produtiva nacional, criando empregos com qualidade. Isso é confirmado pelo índice de participação no PIB, que é o dobro do crescimento médio brasileiro dos últimos anos. Para avaliar melhor o seu potencial, a Comissão da Indústria da Construção (CIC) da Fiesp realizará, em 15 de maio, o 2o Seminário Brasileiro da Indústria da Construção. A seguir trechos da entrevista dada pelo empresário da construção civil Luciano Wertheim, da Luciano Wertheim S. A. Empreendimentos Imobiliários - www.lucianowertheim.com.br -, diretor do Secovi-SP e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

EXPERIÊNCIA
"O crescimento impensado, movido por um impulso de grandeza, é como um remédio, é como álcool tomado em excesso. Nós não podemos e não devemos assumir compromissos acima da nossa capacidade. Então temos situações de euforia no mercado, na conjuntura econômica e temos situações de depressão. A economia sempre se desenvolve por uma curva senoidal, onde tem altos e baixos. A pessoa movida por uma exagerada ambição não mede esse tipo de situação, sai em disparada e depois não pode cumprir aquilo que prometeu. Nosso lema é devagar e sempre. O lucro, que evidentemente é objetivo de qualquer empresa, do sistema empresarial capitalista, deve ser consequência de um trabalho profissional. Ele virá, se o trabalho for sério, competente e dentro de um atendimento social necessário, automaticamente, como subproduto. Ele não pode ser colocado à frente do objetivo principal."

OBJETIVIDADE
"Eu faço um lançamento por ano. Isso acontece de acordo com a conjuntura nacional. Tem-se que estar com o olho na frente e ter uma análise crítica do que se faz. Tenho certa facilidade para isso, porque, além de engenheiro, sou sociólogo. E uma das cadeiras da Sociologia é a Economia. O meu setor está mais próximo da economia, então nós temos a capacidade de fazer uma análise mais aprofundada da situação do País. Temos que saber que tipo de produto terá mercado. Se é apartamento de dois ou de quatro dormitórios, quantos por andar e assim por diante. Para começar a obra leva-se um ano. Daí, são mais dois anos e meio. Nós não temos bola de cristal, então, às vezes, preferimos retrair um pouco do que expandir. Chega de Encol da vida. Nosso negócio não é produzir papel, correr no banco para descontá-los. O negócio da Encol era assim. Construção era subproduto. Era produzir papel, vendê-los abaixo do custo, depois descontá-los do contrato, apenas ganhar no financeiro e depois construir, se pudesse construir. Deu no que deu, não podia construir."

QUALIDADE
"Existe um treinamento dos recursos humanos, um plano de trabalho e, além do mais, existe um sistema de controle de qualidade. Não só notadamente na parte estratégica, que é estrutura, fundações, mas também na parte de acabamento. Nosso controle da estrutura de concreto é o mais exaustivo possível. Nós temos uma empresa que controla cada betoneira de concreto que chega à obra. E, chegando uma betoneira, durante a concretagem são tirados quatro pontos de prova que são anotados num mapa onde aquele produto foi aplicado. O Brasil é conhecido como na vanguarda da execução e do cálculo da estrutura de concreto armado. A construção civil emprega maior quantidade de gente por unidade de capital. E o governo sabe disso, tanto assim que uma das medidas para combater o desemprego é incentivar a construção civil. O setor é uma empresa montadora que congrega em torno de si fornecedores. Cada um na sua especificidade, em que há dupla responsabilidade. Há a responsabilidade daquelas empresas perante nós e de nós perante a sociedade."


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