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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 663 (19/12/2004)

Retaguarda para Gestão

Nem só da fabricação de produtos e da oferta de serviços especializados vive o mundo dos negócios. Também aqueles que se formam nas áreas mais tradicionais, como direito, medicina e engenharia, e buscam ingressar no mercado por conta própria, necessitam atualmente de um suporte administrativo eficiente para montar escritórios e consultórios de forma bem-sucedida. Já não basta apenas contratar uma secretária e um contador para viabilizar o estabelecimento de um projeto de atuação independente. Assim como os empreendedores, os profissionais liberais precisam cada vez mais investir em estratégias gerenciais e mercadológicas para atrair e fidelizar clientes, tendo em vista o alto nível de exigência, o crescimento da concorrência e a complexidade da legislação. Essa foi a tônica da palestra proferida pela administradora Anna Luiza Boranga, intitulada "A Administração Legal Como Instrumento de Gestão Profissional Para o Mercado de Serviços Jurídicos", realizada no dia 24 de novembro nas instalações do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP) - www.crasp.com.br - Tel.: 3082-7066. Como coordenadora do grupo de excelência em administração legal, ela alertou para a importância vital de levar a toda iniciativa liberal os procedimentos de uma gestão profissionalizada em termos administrativos.

TRABALHO COMPARTILHADO
"Costumamos dizer que as sociedades de advogados são empresas com registro na OAB em vez da Junta Comercial. Os advogados ainda convivem muito em grupos pequenos que se juntam para trabalhar, dividir receita e despesas. Isso também ocorre no caso das clínicas e dos consultórios médicos e em outras profissões que permitem a prestação de serviços. Quando se parte para a abertura de uma sociedade, é necessário pensar que alguém precisa gerir esse negócio. É nesse sentido que os profissionais liberais estão começando a perceber que eles realmente têm nas mãos um negócio, e não somente um escritório ou consultório como existia antes. Na verdade, esses profissionais montam uma sociedade com um objetivo de economia fiscal, porque, na maioria das vezes, é muito mais interessante trabalhar com lucro presumido do que como autônomo, do ponto de vista tributário."

NOVA PERSPECTIVA
"A advocacia mudou de patamar, pois deixou de ser um negócio fácil de administrar que podia ser tocado de qualquer maneira, sem necessariamente passar uma gestão profissional. O crescimento dos grandes escritórios impulsionou a área da administração legal também. Hoje, ficou até mais importante trabalhar com o profissionalismo, uma vez que na época em que existia inflação, os erros administrativos podiam ser encobertos por meio da aplicação no mercado financeiro, sem que ninguém os percebesse. Na área da advocacia, existe também uma mudança no mercado, porque a concorrência está obrigando os escritórios a reduzir a margem de lucro. Já é possível perceber um achatamento muito grande de cinco anos para cá. Tudo isso implica uma perspectiva nova de gerenciamento, passando a ser muito mais importante hoje gerenciar os recursos do que era antigamente."

TENDÊNCIAS
"Os advogados estão começando a perceber que têm um negócio nas mãos. Por menor que ele seja, precisa ser organizado, caso contrário vão perder mercado. Os executivos e os empresários de hoje exigem uma postura diferenciada dos escritórios, que necessitam estar preparados para participar de licitação e de concorrência. Existe ainda a questão das transições no caso das sucessões familiares, que atinge a maioria dos escritórios, assim como a tendência dos processos de fusão, incorporação e aquisição, em razão da competitividade do mercado e da expansão da advocacia de forma globalizada. Nesse contexto, além de gerenciar custos, receitas, pessoas e políticas internas, o administrador passa a ser um provedor, um analista de informações que está dentro do negócio e que pode subsidiar os sócios com informações de mercado, econômicas, análises dos resultados, perfis de clientes e pesquisas. Tudo aquilo que um administrador aprende, tem utilidade dentro do escritório de advocacia e serve de subsídio tanto para a rotina quanto para a tomada de decisões."


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