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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 735 (07/05/2006)

Descoberta do Turismo na Educação

Nem foi preciso concluir o curso de geologia iniciado na Universidade de São Paulo para que André Fedel descobrisse um nicho totalmente inédito na área do turismo. Ao reencontrar em 1997 um antigo amigo ainda na faculdade, ambos vislumbraram a possibilidade de unir o útil ao agradável, ou seja, aproveitar o período ocioso dos ônibus escolares da empresa dele para fazer excursões pedagógicas, a princípio, para alunos do ensino fundamental das escolas públicas. Dessa iniciativa empreendedora bem-sucedida nasceu o Grupo Joy, que hoje promove viagens para estudantes até o segundo grau e administra hotéis de grande porte. Para se tornar um diretor competente, Fedel – e-mail: [email protected] - Tel: (11) 3699-4335 - foi estudar turismo e hotelaria com o objetivo de conhecer melhor o seu mercado de atuação. Em depoimento exclusivo, ele relata a evolução do negócio já consolidado, além de revelar os diferenciais e a filosofia focada no ser humano, que fazem da empresa uma prestadora de serviços sem concorrentes legitimados.

EVOLUÇÃO
"Nossas excursões eram voltadas para os colégios estaduais, pois conseguíamos utilizar um ônibus que iria estar parado e fazer um preço muito bom. Visitávamos a Estação Ciência, na Lapa, e três museus gratuitamente, e o custo ficava bem acessível para os alunos. Com a realização desse trabalho, as próprias escolas que faziam as excursões pedagógicas começaram a pedir lazer, principalmente para o pessoal de formatura. Com o valor que eles gastariam com a organização de um baile, fariam uma viagem e iriam divertir-se muito mais. Nessa época, nós conhecemos o Hotel Águas do Vale, que administramos hoje. Quando começamos a fazer esse novo trabalho, a excursão pedagógica ficou meio de lado, porque ela atrapalhava o processo das viagens. Foi aí que separamos a empresa de transporte escolar da Joy. Em 1998, ficaram claras a tendência dos negócios e a necessidade da separação para que pudéssemos expandir em outros nichos de mercado."

FILOSOFIA
"Na nossa cabeça, a filosofia que a Joy adotou para fazer esse trabalho é que foi diferente, voltada para o lúdico e para a inclusão social dos alunos que ficam isolados na escola. A atividade da empresa hoje consiste principalmente em colocar uma série de adolescentes para brincar. Não é o passeio que é o mais importante, mas sim vivenciar a nossa proposta de liberdade. Todos achavam que nós éramos malucos, porque esses jovens iriam quebrar tudo e, na verdade, isso não acontece. Não é mágica nenhuma. Como eles estão em um ambiente que não conhecem, começam a prestar mais atenção e passam a curtir aquela situação e, desde o princípio, a idéia foi essa, e funciona como uma continuação do trabalho da própria escola. Nesse sentido, tem que ser parceiro, e isso é gostoso em um país como o Brasil, que permite esse tipo de relacionamento. Na verdade, saímos daqui para fazer amigos, e a venda é uma conseqüência de um trabalho que foi feito antes. O nosso diferencial maior está justamente nas atividades, na equipe de monitoria, na filosofia da socialização, da vivência lúdica, com base na integração, no resgate de valores, na família e na amizade."

PÚBLICOS DISTINTOS
"Quando falamos em escola, temos três clientes diferentes: o aluno, a escola e os pais, cada um com as suas necessidades específicas. Por isso, temos que saber quais são elas e, a partir daí, fazer um trabalho que supra isso. Hoje, a escola tem um problema que é exatamente a relação escolar, um trabalho de socialização, de interação com o meio, porque as famílias estão estruturadas de outra forma, com os pais e mães, em sua maioria, fora de casa, exercendo funções profissionais. Durante todo o nosso trajeto, aprendemos a ter foco. Houve uma época em que diversificamos demais, oferecendo um leque de opções muito grande para as escolas. Foi quando resolvemos repensar a estratégia empresarial, focando em viagens de oitava série, tendo em vista a estrutura e a montagem que nós fizemos. Não dava para sermos mais um no ramo de turismo. Era preciso renovar e buscar parcerias saudáveis com agências de viagem focadas no nosso público e que estivessem interessadas também no nosso know how."


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