Home











...



« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 739 (04/06/2006)

Ambientalismo Levado a Sério

Muito se fala sobre a necessidade de preservação ambiental e sobre o engajamento de todos os setores da sociedade para que esse discurso passe do papel para ações efetivas, especialmente no que se refere à colaboração do universo corporativo. Entretanto, ainda são poucas as iniciativas que resultam em benefícios nessa área e poucas são as empresas responsáveis que descobriram um nicho de negócios no tratamento de resíduos industriais. Uma delas é a Tecori Tecnologia Ecológica de Reciclagem Industrial - www.tecori.com.br - que, desde 2001, foi licenciada pela Cetesb para oferecer serviços na destinação final de transformadores, capacitores elétricos bem como outros resíduos contaminados por ascaréis. O engenheiro e consultor ambiental Ricardo Pires Castanho Valente, diretor da empresa, sempre se interessou pelo mar, pela pesca e pelo mergulho. Ao ter o curso de engenharia de pesca interrompido, ele foi incentivado pelos professores a continuar seus estudos por ser um amante da natureza. Depois de formado em engenharia Mecânica pela FEI, tornou-se executivo de uma grande multinacional e percorreu o mundo para aprender as técnicas de incineração de resíduos, o que lhe garantiu o conhecimento para abrir o próprio negócio no Brasil. Em depoimento exclusivo, Valente conta sua trajetória bem-sucedida e destaca o potencial desse segmento de mercado.

TRUNFO MERCADOLÓGICO
"A questão ambiental possui várias facetas a serem analisadas. Existe a questão um pouco lúdica, ligada aos ambientalistas que fazem tudo pelo meio ambiente, comprando apenas os produtos que são ambientalmente corretos. No entanto, existem aqueles que, quando estão diante de uma gôndola para escolher um produto que não é ambientalmente correto, mas é mais barato, vão optar por ele. Nesse sentido, existe todo um discurso a favor do meio ambiente que, na prática, não é verdade, quer dizer, todo mundo cobra das empresas e dos órgãos de controle ambiental um comportamento mais atuante, mas a sua contribuição pessoal, por vezes, não é coerente com o discurso. Já as grandes empresas, que podem investir em meio ambiente, usam isso como um trunfo mercadológico e como forma de criar uma barreira comercial."

BOLA DA VEZ
"A velocidade da comunicação mudou a forma de se trabalhar. Com a Internet, o meio ambiente será sem dúvida, queiram os ambientalistas, queiram aqueles que não estão muito preocupados com o meio ambiente, a bola da vez. Em minha convicção, cada vez mais isso vai apertar-se, por uma questão mercadológica e por uma questão de consciência no que se refere à sustentabilidade como a garantia de que as gerações futuras vão poder explorar o planeta terra. Esse é o limite do ambiente sustentável, ou seja, podemos explorar uma jazida de minério, de água, até o ponto que isso não vá comprometer as futuras gerações. Podemos fazer tudo, desde que possamos estabelecer esse limite. Por acreditar na questão ambiental como forma de negócio e por questões de princípios e de responsabilidade humana, nós investimos nesse segmento. As grandes empresas brasileiras já possuem essa visão, mas as menores empresas ainda não têm essa cultura, principalmente as pequenas, que não trabalham a imagem e não possuem ações em bolsa. Muitas dessas empresas fazem de tudo para burlar a lei, preferindo correr riscos."

FIO DA NAVALHA
"O grande dilema que me aflige e me afligiu o tempo todo, durante o qual desenvolvi esse projeto, é que sempre me vi no fio da navalha entre a persistência e a teimosia. Saber onde começa um e onde termina o outro é o grande segredo, quer dizer, até que ponto estou querendo fazer algo por teimosia ou tenho que ser determinado e ir atrás dos objetivos traçados. O grande desafio hoje do empresário é lidar com esse traço muito fino. Eu não desisti, continuei firme, acreditando que daria certo, fui ganhar dinheiro com outras atividades por meio da minha empresa de consultoria e engenharia ambiental. Investi, viabilizei, trouxe outros parceiros. Várias pessoas queriam comprar a empresa e tirar-me do negócio, e não aceitei. Houve um jogo empresarial forte. Depois, apareceram sócios que entenderam que se tratava de um bom negócio, e consegui até aumentar a minha participação."


« Entrevista Anterior      Próxima Entrevista »
...
Realização:
IMEMO

MANTENEDORES:

CNS

CRA-SP

Orcose Contabilidade e Assessoria

Sianet

Candinho Assessoria Contabil

Hífen Comunicação


Pró-Memória Empresarial© e o Programa de Capacitação, Estratégia e Motivação Empreendedora Sala do Empresário® é uma realização do Instituto da Memória Empresarial (IMEMO) e publicado pela Hífen Comunicação em mais de 08 jornais. Conheça a história do projeto.

Diretor: Dorival Jesus Augusto

Conselho Assessor: Alberto Borges Matias (USP), Alencar Burti, Aparecida Terezinha Falcão, Carlos Sérgio Serra, Dante Matarazzo, Elvio Aliprandi, Irani Cavagnoli, Irineu Thomé, José Serafim Abrantes, Marcos Cobra, Nelson Pinheiro da Cruz, Roberto Faldini e Yvonne Capuano.

Contato: Tel. +55 11 9 9998-2155 – [email protected]

REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Maria Alice Carnevalli - MTb. 25.085 • Repórter: Fernando Bóris;
Revisão: Angelo Sarubbi Neto • Ilustrador: Eduardo Baptistão

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTAS ENTREVISTAS sem permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte. Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973


Hífen Comunicação
© 1996/2016 - Hífen Comunicação Ltda. - Todos os Direitos Reservados
A marca Sala do Empresário - Programa de Capacitação, Negócios e Estratégia Empresarial
e o direito autoral Pró-Memória Empresarial, são de titularidade de
Hífen Comunicação Editorial e Eventos Ltda.