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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 832 (16/03/2008)

A nova governança contábil

A transparência dos números que demonstram o desempenho de uma empresa, seja qual for o porte dela, é hoje uma das principais ferramentas que contribuem para a profissionalização dos dirigentes empresariais. A estabilidade da moeda, associada ao acesso às informações proporcionado pela tecnologia, fez com que os resultados contábeis deixassem de ser apenas estimativas para se tornarem os indicativos mais importantes na tomada de decisões estratégicas, principalmente depois da publicação de um estudo do Banco Mundial , revelando que apenas dois terços do volume de vendas das empresas brasileiras são declarados para o fisco. O caminho do crescimento e do trabalho já está traçado, exigindo dos empresários grande capacidade na gestão administrativa para garantir a solidez no mercado rumo à abertura de capital na economia globalizada. Quem tem colaborado de maneira significativa e reconhecida em nível internacional, como auditor e consultor, para que muitas empresas não se percam nessa trajetória é Raul Corrêa da Silva, fundador e presidente da RCS Brasil S/Cwww.rcsbrasil.com – . Em depoimento exclusivo, ele explica com muita lucidez as características dessa nova fase do empreendedorismo no Brasil e no mundo, alertando para a necessidade do amadurecimento gerencial por meio de uma governança eficiente.

ABERTURA DE CAPITAL
"Uma empresa deve abrir o capital quando precisa de captação de recursos para expandir, tendo como base um plano de negócios bem elaborado, e não mais para resolver as dificuldades financeiras como acontecia nos anos 60 e 70, por causa também dos incentivos fiscais. O mercado hoje é muito claro, pois qualquer um já conhece as técnicas de avaliação de empresas e de negociação. Se o empresário não estiver preparado e não tiver uma cabeça aberta para administrar uma companhia aberta, entendendo que tem sócios e que deve satisfação a eles, não dará certo. As mudanças da nova Lei das S/A são para as médias empresas que possuem patrimônio superior a R$ 240 milhões ou vendas superiores a R$ 300 milhões. Como existe a obrigação de publicar os balanços, isso já é um avanço, porque temos muitas empresas fechadas que nunca tinham publicado um balanço sequer, mesmo com altíssimos faturamentos. Com a nova lei, deve ser apresentado o valor atual com seus ativos e passivos."


PREPARAÇÃO
"Uma empresa vai gastar cerca de dois anos preparando-se para abrir o capital, a não ser que já tenha estrutura profissional razoável para isso. A maioria, no entanto, precisa preparar-se por meio da organização e das informações sobre o segmento e sobre a concorrência. Deve ter ainda respeito ao meio ambiente, bem como o controle da produção e da distribuição que faz a entrega do produto como co-responsável de todo o processo. O empresário tem que gerir a empresa pensando na perenidade da pessoa jurídica. A partir do momento em que acredita nisso, passa a ser um empregado, mesmo sendo dono, e vai esforçar-se sempre pela inovação e pela busca do desenvolvimento da organização. Os negócios atuais são muito mais complexos, fazendo com que normalmente as empresas precisem da ajuda de uma consultoria para dar o apoio necessário ao processo de transição para o capital aberto."


TRIPÉ
"Qualquer empresa hoje, no Brasil e no mundo, precisa ter três informações básicas na mão. A primeira delas é o fluxo de caixa, para que se possa conhecer como está o horizonte da companhia. Em segundo lugar, é necessário saber qual é a margem de contribuição, com o objetivo de diagnosticar o quanto o produto contribui, independentemente do custo fixo. Os negócios de pequeno e de médio portes ainda não possuem uma estrutura de apropriação de custo. A partir daí, onde supostamente eles se igualam do ponto de vista da concorrência, entra a absorção do custo fixo e da margem de lucro. Já o terceiro instrumento é o resultado econômico que uma contabilidade bem elaborada fornece de forma detalhada. Essas três ferramentas vão sofisticando-se de acordo com o tamanho da organização, mas todas devem estar presentes, por promoverem uma governança aceitável."


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