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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 833 (23/03/2008)

Crescimento em mutação

São muitas as idéias e os esforços que se transformam em tentativas de empreendedorismo a cada dia no Brasil. Como as dificuldades para abrir e manter um negócio são várias, permanecem no mercado apenas os empresários que acreditam em si mesmos e no potencial do País, que não têm medo de ousar e, acima de tudo, conseguem visualizar as diversas brechas que surgem em todos os setores da economia em desenvolvimento. É por meio dessa forma de intuição que se transformam oportunidades em degraus para a consolidação empreendedora mediante o aprendizado da mutação na prática, ou seja, ir até onde a demanda está e conseguir conquistá-la, independentemente do segmento de atuação. Prova disso está no sucesso da rede de Magazines Maisvaldir - www.maisvaldir.com.br -, no ABC paulista, que, com pouco mais de uma década de atividade, é formada hoje por oito lojas que empregam aproximadamente quatrocentos funcionários. Quem sempre esteve à frente das estratégias que determinaram essa trajetória rápida e bem-sucedida foi uma dupla de jornaleiros da região que se uniram para vender cartões de Natal em praça pública, no centro de Santo André. Um deles, Osvaldir Bertho Bono, conta em depoimento exclusivo, repleto de otimismo e bom-humor, uma jornada que começou de maneira amadora nas ruas e já chegou ao Shopping Center com capital próprio e muito profissionalismo.

RIFA DA SORTE
"Quando trabalhava na Mercedes-Benz como empregado nos anos 70, tínhamos uma rifa interna que corria todos os meses para sustentar a clube dos funcionários. Daí veio o estímulo para começar a empreender, pois percebi que comprar e vender, era um negócio muito lucrativo. Em 1977, surgiu a oportunidade de comprar uma banca de jornais em São Bernardo do Campo. Fiz as contas, pedi demissão, mesmo tendo emprego garantido por cinco anos, pois percebi a oportunidade de crescer sem limites. Em apenas seis meses, aumentei o movimento do negócio 400%, trabalhando no local das 5 às 20 horas e também aos sábados, antecipando a chegada das publicações para o meu público. Eu fui o primeiro comerciante a colocar o nome de revistaria em uma banca. Em 1985, conheci meu atual sócio, Nivaldo Batista Pereira, que também atuava nesse ramo e começamos a vender cartões de Natal durante o mês de dezembro em barracas improvisadas na calçada do centro de Santo André."


MIX DE PRODUTOS
"Com o passar do tempo, alugamos um pequeno estabelecimento e passamos a vender produtos de consumo sazonal de acordo com as datas festivas que movimentam o comércio. Na seqüência, veio a idéia de trabalharmos com papelaria e começamos a vender cadernos. Conseguimos sobreviver graças às negociações com os fornecedores e à nossa agilidade em termos de logística como pequenos distribuidores. Nós trabalhamos no vácuo, e é aí que entra o empreendedorismo. Como o Brasil vive crescendo e sempre há falta de mercadoria, qualquer demanda maior de mercado é uma brecha. A nossa estratégia era trabalhar em cima disso, ficando no balcão para saber do que as pessoas precisavam. Com isso, abrimos a primeira loja Nivaldir em 1992. Desde o começo, sabíamos que a papelaria apenas não iria sobreviver, porque nós já começamos grandes, vendendo cem caixas de caderno por dia. Logo cedo, percebemos que tínhamos que ampliar o mix de produtos."


PESQUISA
"A consolidação veio há quatro anos, quando fizemos uma pesquisa sobre o nome Nivaldir na região do ABC e constatamos que ele era muito forte. Na realidade, nós constatamos que estávamos passando por um momento crucial em que teríamos que decidir entre continuar ou morrer. Foi quando surgiu a oportunidade de montar a loja no Shopping ABC. Como uma loja de shopping é uma vitrine, fomos obrigados a contratar profissionais na área de design para estabelecimentos comerciais. Isso funcionou como uma grande alavanca, uma vez que iniciamos a transformação de todas as lojas de rua, adequando-as ao padrão do shopping, e essa inovação tornou-se o nosso grande diferencial de três anos para cá. Resolvemos investir sem medo, com o objetivo de aumentar e melhorar as lojas e de treinar os funcionários, tendo em vista a prestação de um bom atendimento. Temos planos para abrir mais duas lojas em 2008 e dar cada vez mais espaço à lista de casamento, que é muito importante para a expansão da rede."


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