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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 431 (09/07/2000)

Na Estrada do Comércio Exterior

Coordenar as atividades brasileiras de exportação e importação, levando em conta os obstáculos burocráticos e fiscais a serem superados, consiste na difícil tarefa de conciliar interesses muitas vezes dispersos e divergentes. Ao trilhar esse árduo caminho, há pouco mais de três meses, Roberto Giannetti da Fonseca, secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), durante almoço-palestra promovido pela Associação Brasileira dos Executivos de Comércio Exterior (Adede) - Tel.: (11) 259-8479 -, no dia 12 de junho de 2000, em São Paulo, deixou claro que não estamos partindo da estaca zero.

CONJUNTURA FAVORÁVEL
"Os fundamentos macroeconômicos que hoje se encontram na economia brasileira são os melhores, desde 1986, para o desempenho do comércio exterior. Até então, havia dinamismo, a importação era tratada como tema absolutamente relevante e prioritário. Quando veio o Plano Cruzado, ocorreu a descontinuidade desse processo e, de lá para cá, nunca mais houve a mesma situação em termos de ambiente, de conjuntura, para permitir que o comércio exterior tivesse o desempenho de antes. A partir de 1999, com a mudança do regime cambial e com a compreensão de que a exportação é o caminho mais rápido e mais seguro, imprescindível para o desenvolvimento econômico do País, nós encontramos os fundamentos de que precisamos para poder realizar um trabalho realmente importante em termos de comércio exterior, mais especificamente em termos de exportação. O comércio exterior requer um enorme trabalho de coordenação, de aprimoramento das regras, de criação de mecanismos que são absolutamente necessários para o melhor desempenho no futuro."

CONQUISTAS
"A coordenação dos aspectos multidisciplinares do comércio exterior é o que mais se espera da Camex, mas não adianta ter o cargo, sem a união necessária de esforços do setor público. Existe o problema da falta de recursos para financiamentos na modalidade de equalização de juros, que tem dificultado o atendimento da demanda crescente de recursos para financiamento de exportações. Além disso, existem numerosas questões fiscais não resolvidas, como os 15% de imposto de renda das remessas para promoção comercial, pagamento de agentes e comissões. Essas decisões da Receita Federal, com as quais não concordamos publicamente, dificultam e oneram a atividade de comércio exterior. Temos procurado definir metas e estruturar a própria Camex, que está passando por um processo de revisão legal, para que tenhamos melhorada as condições de coordenação da secretaria executiva em relação aos órgãos públicos. Nós já conseguimos resolver definitivamente o problema da regulamentação da lei da OTM - Operador de Transporte Multimodal, bem como a reestruturação da Agência de Promoção das Exportações (APEX), que estava bloqueada dentro do Sebrae. Estamos também na fase final da criação do portal do comércio exterior brasileiro, que vai agregar todos os sites de comércio exterior disponíveis pelo governo. O Brasil Trade Net, o site da APEX, também fará parte desse portal, que terá ainda uma janela para o setor privado, disponibilizando, por atividade de negócio, a oportunidade de encontrar o parceiro de comércio eletrônico."

AGRESSIVIDADE
"Temos tido a possibilidade de organizar dezenas de missões brasileiras de empresários e do pessoal do governo para mercados pioneiros, porque essa é uma nova postura de venda, mais agressiva, que devemos adotar daqui em diante. Nós não vamos ficar em atitude passiva, esperando ser comprados. Nós vamos de novo, como já tivemos no passado, voltar a vender no mercado internacional. Paralelamente, pretendemos marcar presença em eventos expositores, com reforço do Itamarati, que vai apoiar financeiramente a participação de empresas brasileiras, especialmente as pequenas e as médias, em exposições internacionais. Na questão da logística, sabemos da deficiência do nosso transporte interno, ainda baseado em transporte rodoviário, e da má qualidade das estradas. Vamos lutar por um transporte mais barato e eficiente e, para isso, estamos sugerindo um programa em fase de elaboração que se chama Reporto, visando o reaparelhamento dos nossos portos. A Camex vai estar empenhada em todas essas tarefas, que podem ser resumidas no grande objetivo nacional, que é aumentar as exportações brasileiras, mantendo o País num ritmo de crescimento de 4,5% ao ano."


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