Aprimoramento Continuado para Empresários
As entidades das classes produtoras - conceituadas quase sempre pela sua tradição histórico-social-política e pelos resultados práticos de seu vezo reivindicatório - desempenham ainda um papel talvez muito importante e fundamental para a sociedade e, em especial, para o empresariado: atuar como verdadeiras "universidades", por assim dizer, para o aprimoramento continuado de empresários, numa saudável relação de custo-benefício. A vivência do dia-a-dia dos problemas comuns da categoria, a convivência com mentalidades as mais diferenciadas na análise e debate de temas de interesse e o manancial de valiosas informações sobre mercados, política e até acerca de tendências da economia propiciam a seus membros poderoso instrumental moderno e atualizado para a tomada de decisões mais racionais, fundamentadas em experiência e, sobretudo, com senso de oportunidade e menos subjetivas e apoiadas em simples "faro para negócios". Essa é a experiência vivida por Jerson Ourives, diretor administrativo da Di-Som Engenharia de Som e Sistemas Especiais -, Tel.: (11) 9996-8712 - empresa que projeta e fabrica sistemas profissionais de sonorização ambiente, conforme relata a seguir, em depoimento exclusivo.
ELEMENTOS PARA A DECISÃO CERTA
"Essa participação abriu-me visão mais aprofundada e também abrangente da situação e dos problemas nacionais, acrescida do vasto cabedal de informações pertinentes que circulam nesses meios, permitindo-me adotar, no momento propício, providências que minoraram os efeitos perniciosos das reviravoltas da economia desde o governo Collor. Pudemos cancelar projetos de desenvolvimento, porque tivemos condições de prever que as pressões da abertura da economia seriam avassaladoras e optamos por não expandir a nossa atividade, preferindo manter-nos num porte mais modesto e com setores como marcenaria e ferramentaria terceirizados. Chegamos a desenvolver, somente com nossos recursos, um projeto de microfone sem fio, mas seu custo era praticamente o dobro do importado do Japão. Desistimos e passamos a utilizar o componente vindo do Japão e de Taiwan. Assim, conseguimos sobreviver, como empresa entre pequena e média, com 27 anos de vida."
FREQÜENTAR OS LUGARES CERTOS
"Convivo há muito tempo no meio empresarial e de entidades de classe, sendo sempre muito atuante no segmento dos micro e pequenos empresários. Desde o ano passado, ocupo o posto de superintendente do Conselho de Desenvolvimento da Micro e Pequena Empresa (Codempe), da ACSP. A militância numa entidade resulta no aprimoramento de nossos conhecimentos e habilidade em gerir e direcionar os negócios de acordo com dados e informações acerca do que está acontecendo à nossa volta, desde o bairro onde se vive até mesmo no restante do mundo. Essa convivência nas entidades e a amplitude da visão empresarial levam-nos a dirigir os esforços para determinadas providências, porque os dados nos indicam que está acontecendo algo tendente a definir certo cenário que pode afetar de tal ou qual maneira nossos negócios. São numerosos, embora não mensuráveis e não facilmente avaliáveis, os benefícios resultantes dessa atividade associativa."
ISOLAMENTO PODE SER O FIM DA EMPRESA
"O empresário, vivendo isolado, sem relacionar-se com os meios associativos, freqüentemente embarca em decisões equivocadas que podem levar ao fim da empresa, por não conhecer os diversos cenários e não ter acesso a informações vitais. Além de ganhar muita experiência, você tem acesso principalmente a informações políticas, de bastidores, com antecipação, antes mesmo que caiam no domínio público. E são extremamente úteis para nós. Não significa que se necessite, obrigatoriamente, participar da diretoria das entidades, mas freqüentar as reuniões, ouvir os debates e palestras, bem como fazer uso dos múltiplos recursos e serviços que as entidades geralmente oferecem. Perde-se muito tempo? Quanto custa isso? O tempo gasto representa investimento que você estará fazendo para aprimorar-se como empreendedor e não simplesmente como administrador. O dinheiro, com certeza, não é nada que se compare ao que se despenderia com a contratação de consultores especializados ou para assistir a palestras e cursos de 'gurus de administração' da moda."
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