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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 289 (19/10/1997)

Aliança Define Novo Desenvolvimento

Prejudicado com a queda de participação global da região do ABC nos investimentos no Estado, de 22,8 para 14,4%, e a perda de 50% de receita fiscal anual, devido à emigração de grandes e tradicionais indústrias para outras áreas, e limitado pelo território de apenas 15 km2, que inviabiliza projetos de grande porte, São Caetano do Sul está assumindo a vocação de município prestador de serviços e como centro comercial de compras. Uma aliança tácita do poder público com os empresários locais defende a idéia de que, em tais circunstâncias, as micro e pequenas empresas são a alternativa viável para garantir um novo ciclo de desenvolvimento e as receitas necessárias à manutenção do alto nível de qualidade de vida. Passando à ação, foi criada, então, a Diretoria de Desenvolvimento Econômico, com a missão de buscar o crescimento auto-sustentado, baseado em forte atuação da livre iniciativa, com o suporte de uma atuação dinâmica das entidades representativas das classes produtoras e, em especial, da Associação Comercial e Industrial, fortalecidas e revitalizadas com a renovação dos quadros associativos. A seguir, em depoimento exclusivo, Ivan Carlos Cavassani, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (ACISCS) - Tel.: (11) 453-5944 -, relata sua participação nesse empreendimento da comunidade regional.

REAÇÃO CONTRA A ACOMODAÇÃO
"Ainda durante as reuniões preparatórias da atual administração do município, o grupo de empresários aglutinou-se de maneira natural, visando colaborar no esforço geral, sugeriu o nosso nome para participar dos debates do plano de ação a ser implementado. Na esteira dessa ação, decidiu-se, também, compor uma chapa para disputar a direção da ACISCS e estabelecer sólida aliança entre empresários e poder público. Sentiu-se, ultimamente, que havia forte anseio por mudanças, de renovar a atuação da entidade, há duas décadas dirigida pelo mesmo grupo de lideranças tradicionais na cidade, para adequá-la à nova vocação de São Caetano, não mais como pólo industrial e metalúrgico, mas, agora, redirecionado para a prestação de serviços e a atividade comercial. As tentativas de se concretizar composição com o grupo dirigente foram frustradas e nossa chapa, praticamente considerada 'de oposição', obteve 70% dos votos, o que demonstra a insatisfação com a normal acomodação decorrente de vinte anos de sucessivas gestões sem renovação de lideranças..."

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, A BASE
"Passamos, então, a colaborar na materialização das ações discutidas, estabelecemos parceria com a Diretoria de Desenvolvimento Econômico, na implementação de programa de ação de três pontos. O primeiro, projeto 'Mãos de São Caetano', visa detectar o perfil de empreendedor do microempresário (costureira, marceneiro, mecânico etc.), que, além de capacitação e treinamento iniciais com a colaboração da ACISCS, estarão habilitados a receber crédito do município para consolidar e deslanchar o negócio, em bases formais. O segundo, representado pelo apoio à criação de Empresa de Participação Comunitária (ABC Holding), e, finalmente, o terceiro ponto, que é a organização de cooperativa de compras, para baratear o fornecimento de insumos e outros itens."

GRANDE POTENCIAL DE CONSUMO
"Definida claramente a vocação de prestador de serviços e como a cidade de maior potencial de consumo do Brasil, de acordo com recente pesquisa, trabalhamos, também, em conjunto com a prefeitura, visando criar alternativas para atrair empresas do ramo, como Credicard, Consórcio Honda e outras com nomes menos conhecidos mas igualmente importantes, que estão realizando estudos e mantendo conversações visando eventual transferência para o município. Já temos em São Caetano Carrefour, Wall-Mart, Shopping São Caetano e agora trabalha-se, também, para a vinda do Supermercado Pão de Açúcar Extra. Também lançamos uma revista de cuponagem - iniciativa inédita na região - para estimular e motivar os consumidores e, conseqüentemente, incrementar a atividade comercial, resultando, neste ano, em comparação com 1996, no acréscimo de 50% nas consultas ao SPC e ao Telecheque, nos períodos e datas promocionais."


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