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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 298 (21/12/1997)

O Futuro da Empresa Contábil

São extremamente promissoras as perspectivas de expansão e fortalecimento das empresas de serviços contábeis, sob o estímulo da crescente necessidade de atendimento gerencial, na busca das melhores soluções para a racionalização administrativa e para a redução de custos exigidas pela atual etapa da economia internacional e em face das novas imposições fiscais acessórias, principalmente para as micro e pequenas empresas. No equilíbrio interno dos serviços que presta, a empresa de contabilidade está dando prioridade ao trabalho com dados e informações que visam eventos futuros - a rigorosa apuração de custos, por exemplo -, para que o empresário possa verificar onde estão os seus pontos fracos ou os fortes, de modo a utilizá-los na luta pela competição no mercado, em vez de seguir registrando fatos já ocorridos, como tem sido a praxe. Essas opiniões são do empresário contábil Ari de Oliveira Santos, da SACI - Serviço de Assistência ao Comércio e à Indústria S/C Ltda. - Tel.: (11) 444-7677 -, em depoimento exclusivo, prestado no dia 14 de novembro de 1997, poucos dias antes de falecer, repentinamente. Como homenagem singela, transcrevemos, a seguir, suas reflexões acerca da importância e das perspectivas do setor contábil, alicerçadas em sólida experiência profissional ao longo de trinta anos à frente de seu escritório.

FASE DO ATENDIMENTO GERENCIAL
"Infelizmente, um bom número de escritórios de contabilidade, devido à própria estrutura jurídico-administrativa do País, ainda está voltado para o mero atendimento das obrigações fiscais da clientela. Poucos praticam o atendimento gerencial amplo, uma necessidade premente hoje. Quem não estiver preparado para isso não vai sobreviver. Na época da inflação galopante, ninguém tinha controle de nada: as indústrias fabricavam os produtos, calculavam mais ou menos o custo e estabeleciam o preço final com o lucro que bem entendessem - e vendiam. Hoje, no entanto, devido à concorrência acirrada, é necessário antes verificar qual o preço que o mercado está disposto a pagar. A empresa, então, tem de fabricar o produto com custos compatíveis, conseguir vender por aquele preço e ainda ter lucro, para remunerar o negócio. Aí é que entra a contabilidade gerencial para efetuar a correta e rigorosa apuração de custos, para saber como e onde poder reduzi-los ainda mais, prática que anteriormente só era comum nas grandes empresas."

A CONTABILIDADE COMO PARCEIRA
"A nova postura da contabilidade sinaliza também no sentido de efetuar diagnósticos de sobrevivência das empresas, além de cuidar das obrigações fiscais que, lamentavelmente, continuam cada vez mais apertadas. Quando surge qualquer dificuldade na economia, como o problema gerado pelas bolsas de valores do Sudeste asiático, a tendência do governo é transferir o ônus maior à sociedade. A empresa de contabilidade tem de ser, então, nesse caso, parceira efetiva do cliente, prestando assessoria e consultoria, não se limitando mais à simples execução de serviços. A grande utilidade da contabilidade está no papel de orientar o cliente a pagar imposto mais justo e evitar que incorra em penalidades - ao contrário do que pensam alguns, de que ela seja um ônus integrante do chamado 'Custo Brasil'."

GRANDE POTENCIAL DE CRESCIMENTO
"Para não ficar para trás, o empresário contábil necessita de atualização constante e de estar equipado com ferramentas da tecnologia mais moderna, principalmente da informática, que encurtou os prazos de execução dos serviços contábeis, liberando, assim, o profissional para a prestação de assessoria no curto prazo. Sob o ponto de vista do volume de trabalho, a perspectiva é sempre de crescimento das atividades do nosso segmento, especialmente em razão da necessidade de racionalização de custos e do aumento de obrigações fiscais. Contudo, a expansão, em âmbito da empresa de contabilidade, não obstante conduza, com certeza, a menores custos, devido aos ganhos de escala e à realização de serviço cada vez mais profissional e, portanto, também impessoal, encontra fortes limitações numa das peculiaridades fundamentais do segmento, que é a confiança pessoal do cliente não propriamente no escritório de contabilidade porém no proprietário."


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