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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 483 (08/07/2001)

Impressão Real

De nada adianta investir recursos em tecnologia, sem uma visão realista das vantagens operacionais desse investimento para a empresa. Além de buscar atualização para si, o empresário brasileiro deve preocupar-se principalmente com a capacitação dos seus funcionários por meio da educação e do treinamento, para que a massa crítica interna tenha condições de analisar a viabilidade das propostas tecnológicas de acordo com as necessidades da organização. Quem destaca a importância de valorizar os recursos humanos é Wang Chi Hsin, diretor-geral da Epson do Brasil - Tel.: (11) 3896-7104 - e-mail: [email protected]. Em depoimento exclusivo, ele avalia a realidade do País do ponto de vista do avanço da informática e da utilização desse meio no cotidiano dos dirigentes empresariais, tendo em vista a competitividade na economia global.

DEFASAGEM MENOR
"Fazemos o desenvolvimento dos produtos no Japão e nos Estados Unidos ouvindo e sempre levando em consideração as características específicas do mercado brasileiro, que buscamos interpretar por meio de pesquisas. Nosso centro de pesquisas é muito forte, uma vez que grande parcela do faturamento da empresa é canalizada para essa área. Nossa estratégia principal resume-se em entender as necessidades de cada mercado. Para isso, utilizamos critérios como a possibilidade de participação mercadológica, incluindo a fase de introdução e a capacidade de crescimento dentro de uma margem de lucro saudável. Uma enquete realizada recentemente nas principais capitais revelou que a Epson é a segunda empresa com maior potencial de crescimento para os próximos dois anos. O Brasil ainda está defasado do ponto de vista tecnológico, mas essa defasagem torna-se menor a cada ano, não excedendo três anos em relação aos países de vanguarda. Isso se deve às facilidades nas áreas de telecomunicações e de transportes."

APLAUSOS
"O País mudou bastante nos últimos dez anos, tendo amadurecido não apenas em nível empresarial como também em termos sociais e de cultura local. O Brasil está globalizando-se, situando-se de forma realista, e não mais de forma paternalista, como acontecia até décadas recentes. Essas transformações implicam o surgimento de grandes empresários e executivos, mas ainda perdemos de 20 a 30% do tempo administrando aspectos não construtivos, como a instabilidade monetária, gerenciando crises políticas e institucionais. Apesar de o empresário brasileiro merecer aplausos e respeito mais do que os empreendedores de outros países, o ambiente precisa ser melhorado. O custo Brasil ainda é muito elevado, e as taxas de juros precisam ser competitivas. Acreditamos que se trata de uma questão de tempo para que esse cenário que não permite a competitividade seja modificado. O importante é tornar os produtos de informática acessíveis e competitivos, de forma que as empresas não tenham que recorrer ao contrabando para obtê-los. Ao comprar pela via oficial, elas podem desfrutar de todo o suporte técnico que vem agregado."

TENDÊNCIA POSITIVA
"O grande agente influenciador da informática no País talvez não seja o empresário, mas sim os filhos adolescentes dele, uma nova geração que está surgindo e que influencia o pai, o tio, o avô. O pequeno empresário que enfrenta o dia-a-dia representa parte bastante significativa no Brasil, embora o seu conhecimento seja ainda muito restrito. Ele deve informatizar-se na medida do possível ou tentar adquirir essa cultura, além de investir na massa crítica interna da sua equipe para poder avaliar melhor os recursos tecnológicos disponíveis, porque isso certamente vai baratear seu custo operacional fixo, ajudando-o nas comunicações externa e interna, nos processos de logística e de faturamento. São investimentos iniciais pequenos que, em contrapartida, trazem grandes benefícios. Como se trata de uma mudança cultural, isso não acontece de um dia para o outro, mas a tendência é positiva e ascendente, só que deveria ser mais rápida. O ciclo de vida dos produtos tecnológicos é tão dinâmico que muitas vezes os próprios técnicos, consultores e difusores de informação não conseguem acompanhá-lo."


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