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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 515 (17/02/2002)

Oportunidade Só Não Basta

Quem acredita que precisa apenas de uma oportunidade para dar certo no mundo dos negócios está cometendo um grande equívoco. Em qualquer área de atuação, a competência e o preparo para iniciar e levar uma empresa adiante são tão indispensáveis quanto à sonhada oportunidade pela qual todo aspirante a empresário espera. A habilidade para empreender inclui, além da capacitação técnico-administrativa em constante processo de atualização, uma visão de mercado capaz de identificar o nicho, o local, bem como o momento mais adequado para investir com sucesso em uma determinada atividade. Esse foi o caso da Companhia Mineradora Geral (Cominge), empresa privada que trabalha na extração de calcário nobre para a indústria siderúrgica brasileira, sendo a principal fornecedora desse minério para a Cosipa. Em depoimento exclusivo, Adão Heleno Rodrigues - www.adher.com.br - diretor da mineradora, conta como conquistou essa posição de destaque dentro do curto espaço de tempo de oito anos e também revela quais são os planos de expansão para tornar a empresa ainda mais competitiva.

CARRO-CHEFE
"Iniciamos as atividades em agosto de 1994, começando a produzir parte da necessidade de uma grande siderúrgica. Hoje, contribuímos com praticamente 100% das necessidades de calcário da organização como um todo, explorando jazidas na região de Salto de Pirapora, nas proximidades de Sorocaba (SP) e Pirapora do Bom Jesus na Grande São Paulo. Para acompanhar e atender o programa de desenvolvimento da Cosipa, que prevê o aumento do consumo desse minério em 2002, também temos feito pesquisas no Sul do Estado de São Paulo nas regiões de Apiaí e Bom Sucesso de Itararé. Como a Cosipa está preparando-se para produzir quatro milhões e meio de toneladas de aço líquido por ano, vamos ter que aumentar o fornecimento para um milhão e trezentas mil toneladas/ano de calcário. Por isso, estamos fazendo todos os esforços possíveis em termos de logística e de distribuição com a malha ferroviária para consolidar esse atendimento e evitar a concorrência. À medida que fortalecemos a nossa atuação, conseguindo produzir com qualidade e em áreas geograficamente próximas, fomos nos tortando mais competitivos e conquistando maior espaço."

COMPETITIVIDADE
"O primeiro entrave que qualquer empresa de mineração tem que enfrentar é obter o direito minerário, outorgado pelo Ministério das Minas e Energia, ou seja, a concessão da União. Em segundo lugar, é preciso fazer o licenciamento ambiental em nível estadual e, em terceiro, vem a licença municipal. Do ponto de vista de recursos humanos, são necessários técnicos geólogos e técnicos de mineração para os serviços auxiliares, além de engenheiro de minas para a execução dos planos de lavra e de fogo. Precisamos também fazer muitas pesquisas com a utilização de sondas para retirar amostras de minério, laboratórios para fazer as análises químicas, por uma questão de competitividade, precisamos sempre estar atualizados em relação aos equipamentos disponíveis, bem como aos procedimentos de desmonte de rocha, garantindo segurança e custos cada vez menores. Como produzimos um produto primário de baixo valor agregado, uma das maiores preocupações está na proximidade com o mercado consumidor e na viabilização de meios de transporte baratos."

EXPANSÃO
"Uma evolução do nosso negócio seria a produção de cal ou de cimento. O que nos limita a expandir é o investimento, porque o Brasil ainda é um país onde não se tem capital disponível para o setor produtivo. No entanto, essa questão pode ser resolvida por meio de parcerias ou até mesmo pela alienação de alguns ativos, uma vez que temos reservas disponíveis em razão do nosso trabalho intenso de pesquisa. Às vezes, renunciar a um megaprojeto em benefício da realização de pequenas e médias iniciativas pode ser uma boa saída para a expansão da empresa. Empreendemos em um país que oferece muitas oportunidades para todos, mas para ter sucesso é preciso aliar o preparo à oportunidade, sabendo identificá-la. O segredo está em questionar constantemente os próprios métodos e sistemas, porque sempre existe uma maneira de fazer melhor. Quem se acomodar vai acabar sendo superado por ter transferido essa incompetência para o cliente."


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