Home











...



« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 528 (19/05/2002)

Na Rota de Colombo

Os Estados Unidos têm hoje um PIB equivalente a U$ 10 trilhões, o que representa um forte indicador da pujança desse país, da sua prosperidade e, principalmente, do enorme potencial consumidor em todos os segmentos. Trata-se de uma nação cujo Produto Interno Bruto é cerca de 15 vezes maior do que o brasileiro. Além disso, os EUA exportam U$ 1 trilhão por ano enquanto importam U$ 1,4 trilhão, gerando um déficit anual na sua balança comercial de U$ 400 bilhões. Esses dados servem para sinalizar a importância de incentivar e de manter uma sólida política de exportação com o mercado americano, o maior do mundo em termos individuais. Servem também para que o empresariado nacional procure rever a sua postura crítica em relação às medidas protecionistas adotadas pelo governo americano, buscando focar suas ações com o objetivo de incrementar essa rota comercial. Quem alerta para esse desafio crucial ao desenvolvimento da economia brasileira, em depoimento exclusivo, é José Cândido Senna, diretor da ConTrader Comércio Exterior - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 3259-8583.

DIRETRIZES
"Para exportar para os EUA, os empresários brasileiros precisam oferecer um produto que tenha preço e qualidade competitivos. A qualidade deve ser compreendida aqui em um sentido mais amplo no que diz respeito à satisfação do cliente e ao atendimento de todas as exigências. Isso significa atender às normas locais que dão as diretrizes de como enquadrar legalmente, rotular e embalar o produto, além da sua composição em termos de proporções de ingredientes. Qualidade significa ainda dar assistência no pós-venda e montar um esquema de reposição e recall em caso de necessidade. Com a abertura econômica iniciada nos anos 90 e a conseqüente enxurrada de produtos estrangeiros, as empresas nacionais começaram a perceber o nível de profissionalismo exigido para trabalhar com o comércio exterior. Nossos empresários vão ter que trilhar esse caminho mais cedo ou mais tarde. Aqueles que retardarem esse procedimento mais dificuldades vão ter, porque o processo de abertura para o mundo é irreversível."

ACULTURAÇÃO
"Quanto mais cedo o empresário brasileiro entender que precisa preparar-se e ter escala para ganhar mercados no exterior, o que implica assumir riscos e diversificar as demandas, maiores serão suas oportunidades de sucesso. O mercado nacional pode não estar bem hoje, mas o dos Estados Unidos está, o da Europa também, e isso permite melhor controle da situação de risco. Esse processo de aculturação é uma catequese, e há trabalho ainda para muitas gerações, porque o Brasil tem muito a percorrer para colocar realmente essas empresas na rota da internacionalização, despertando para as vantagens da exportação dentro de uma perspectiva estratégica. De modo geral, os segmentos de móveis, o agrobusiness como um todo, os produtos de plástico e do chamado setor ambiental mecânico apresentam boas perspectivas de penetração no mercado americano. Nesse sentido, há um potencial muito grande para o estudo de parcerias e associações entre empresas brasileiras e americanas que podem trazer para cá os insumos aos quais serão agregados componentes nacionais para formar um terceiro produto destinado à exportação para o próprio mercado americano ou para o restante da América do Sul."

INVESTIMENTO
"Os grandes problemas que atrapalham as exportações brasileiras podem ser resumidos em cinco itens, que são a questão tributária, o financiamento, a logística, a promoção comercial e a área tecnológica. Na área de logística, existem recursos via Internet objetivando a redução de custos. A própria Associação Comercial de São Paulo disponibiliza o site: www.logisticainternacional.com.br para esse fim. A ConTrader também contribui de forma pragmática, promovendo a integração entre as entidades, as empresas exportadoras e os despachantes aduaneiros, que possuem uma capilaridade enorme. Para as empresas nacionais que já enfrentam a concorrência dos produtos importados, um investimento na faixa de U$ 18 mil a U$ 20 mil seria razoável para dar início às atividades de comércio exterior com os Estados Unidos."


« Entrevista Anterior      Próxima Entrevista »
...
Realização:
IMEMO

MANTENEDORES:

CNS

CRA-SP

Orcose Contabilidade e Assessoria

Sianet

Candinho Assessoria Contabil

Hífen Comunicação


Pró-Memória Empresarial© e o Programa de Capacitação, Estratégia e Motivação Empreendedora Sala do Empresário® é uma realização do Instituto da Memória Empresarial (IMEMO) e publicado pela Hífen Comunicação em mais de 08 jornais. Conheça a história do projeto.

Diretor: Dorival Jesus Augusto

Conselho Assessor: Alberto Borges Matias (USP), Alencar Burti, Aparecida Terezinha Falcão, Carlos Sérgio Serra, Dante Matarazzo, Elvio Aliprandi, Irani Cavagnoli, Irineu Thomé, José Serafim Abrantes, Marcos Cobra, Nelson Pinheiro da Cruz, Roberto Faldini e Yvonne Capuano.

Contato: Tel. +55 11 9 9998-2155 – [email protected]

REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Maria Alice Carnevalli - MTb. 25.085 • Repórter: Fernando Bóris;
Revisão: Angelo Sarubbi Neto • Ilustrador: Eduardo Baptistão

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTAS ENTREVISTAS sem permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte. Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973


Hífen Comunicação
© 1996/2016 - Hífen Comunicação Ltda. - Todos os Direitos Reservados
A marca Sala do Empresário - Programa de Capacitação, Negócios e Estratégia Empresarial
e o direito autoral Pró-Memória Empresarial, são de titularidade de
Hífen Comunicação Editorial e Eventos Ltda.