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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 541 (18/08/2002)

Por um Banho de Loja

Muitas das entidades voltadas ao desenvolvimento das categorias empresarias mantêm-se preocupadas em lançar continuamente projetos ousados que se propõem a incrementar os mais diversos setores da economia em nível nacional. No entanto, boa parte desses planos de ação demora para sair do papel e nem sempre consegue atingir seus objetivos, fazendo com que o mesmo discurso se repita todos os anos, partindo sempre da estaca zero. Enquanto isso, espaços menores e carentes, bem mais próximos do que se imagina, vivem em completo abandono e sem nenhum tipo de representatividade. É o caso das galerias comerciais do centro de São Paulo, que, antes da disseminação dos shopping centers pela cidade inteira, desempenharam papel importante e de destaque na região. Despreparados e desmotivados para buscar a revitalização dos seus negócios do ponto de vista administrativo e tecnológico, a maioria desses lojistas sofre as conseqüências da falta de união, que impede a modernização, bem como a adequação desses pequenos nichos comerciais a uma nova realidade empreendedora. Quem alerta para o problema é Osmar Waldemar Calligari, proprietário da loja Câmera Show Equipamentos Fotográficos - Tel.: (11) 3105-0912, localizada em uma das galerias da Rua Sete de Abril. Em depoimento exclusivo, ele fala da necessidade urgente de revigorar e de organizar esse tipo de comércio hoje quase marginalizado.

TRÁFEGO REDUZIDO
"Antigamente, as galerias, especialmente as que ficam localizadas no centro de São Paulo, eram passagem obrigatória para milhares de pessoas todos os dias, mas, nos últimos anos, o fluxo de gente que passa por esses corredores diminuiu muito por causa da degradação da própria região e também pela retirada de pontos de ônibus que tinham uma localização estratégica, fazendo com que as galerias servissem de elo de ligação entre as ruas principais. As vantagens de montar uma loja em uma galeria são basicamente a segurança maior, que reduz as possibilidades de assalto em relação ao comércio de rua, e o valor do aluguel, que é sempre menor, em razão das pequenas proporções dos estabelecimentos, que variam entre 20 e 30 metros quadrados, além de ser um valor compartilhado. Nossa principal estratégia de venda é oferecer um preço mais baixo do que os das lojas de rua, com um prazo de pagamento maior."

PROJETOS
"Os lojistas de galeria não costumam ser muito unidos, fazendo seus próprios horários, sem querer saber se estão prejudicando os negócios do espaço como um todo. Para resolver isso, deveria ser implementado um sistema operacional mais rígido, como nos shopping centers, porque um funciona como âncora do outro. Além disso, poderíamos criar esquemas promocionais por meio de cupons em conjunto para incentivar as vendas e decorar o ambiente de acordo com cada data festiva. Mas prevalece sempre a desunião, pois ninguém faz nada nem pela manutenção, deixando o local com o mesmo piso, a mesma pintura e a mesma iluminação de trinta anos atrás. Seria muito interessante que uma entidade de classe montasse um projeto de revitalização para as galerias da cidade, que convocasse uma participação maior dos comerciantes e dos síndicos dos prédios, um diálogo com os proprietários para a redução do aluguel, bem como a tentativa de atrair novas lojas de marca para valorizar o espaço, com prioridade para segurança e condições de estacionamento."

ASSOCIAÇÃO
"A idéia de uma associação que pudesse dar-nos alguma forma de representatividade seria fantástica, uma vez que não existe nada nesse sentido ainda. A concorrência com os camelôs é desonesta, porque eles não têm despesas e podem vender aquilo que vendemos a um preço menor. Porém, eles não pagam impostos nem geram empregos para a sociedade. Em razão disso, muitas vezes somos obrigados a deixar de vender certos produtos ou até mesmo a trabalhar no limite da margem de lucro só para manter e cativar os clientes. Em termos de modernização e informatização dos mecanismos de venda, a maioria dos comerciantes de galeria precisa de um banho de loja para que haja uniformidade visual e integração de estilos capazes de garantir o mesmo padrão de qualidade de serviços e de atendimento."


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