Oportunidades Online
Apesar do sucesso que faz no meio empresarial e fora dele, a Internet ainda está longe de ser uma ferramenta poderosa na prospecção de negócios para as empresas de pequeno e médio portes no Brasil. O desenvolvimento de softwares complicados e caros também contribuiu para que a informática e as suas soluções fossem consideradas instrumentos adequados somente à estrutura interna das grandes corporações. No entanto, iniciativas que buscam estender os benefícios e as vantagens da rede para todo o universo corporativo, tendo em vista o nivelamento das oportunidades de mercado, vêm crescendo a cada dia, com o apoio das entidades representativas. É o caso da Biz@vista, uma empresa de tecnologia de informação, formada por especialistas em pequenas organizações, que montou e está ampliando uma rede de consultas eletrônicas para facilitar e incrementar os contatos com clientes e fornecedores. Em depoimento exclusivo, Irani Cavagnoli, presidente da empresa - email: [email protected] - Tel.: (11) 3662-4929, explica como surgiu a idéia e de que forma ela está sendo colocada em prática.
EXCLUSÃO
"Tudo que já foi desenvolvido em tecnologia de informação está voltado para grandes empresas no formato de sistemas complexos, caros e integrados aos processos internos dessas organizações, dificultando o acesso para as pequenas empresas. Cerca de 98% das empresas nacionais encontram-se excluídas em relação a esse instrumento fantástico, que é a Internet, capaz de trazer numerosas possibilidades de fazer negócios e estar comunicando-se online de uma forma barata e simples. É importante que o pequeno empresário saiba que pode ter redução de tempo e custo superiores a 30%, índice registrado para as grandes corporações. Em uma pequena empresa brasileira o impacto da redução de custo que esse sistema poderia trazer é muito grande."
TRÊS CATEGORIAS
"A pequena empresa precisa de formação, informação e mercado. Dentro dessas três categorias, é possível encaixar todo tipo de necessidade. Em geral, o pequeno empresário tem dificuldades para obter informações sobre mercado, sobre produtos, sobre concorrência, sobre tecnologia, sobre fornecedores, e isso é algo seriíssimo para a tomada de decisão de qualquer empresa. Ter acesso a informações relevantes para tomar decisões mais críticas, que indiquem maior grau de probabilidade de acerto, é uma carência muito grande da pequena empresa. A formação também é importante, incluindo a capacitação gerencial e tecnológica. Outro desafio vital é o mercado de fornecedores e de clientes. O leque de clientes que o pequeno empresário conquista não satisfaz a necessidade da empresa e, na maioria das vezes, ele acaba caindo numa armadilha de concentrar as suas vendas em poucos clientes, o que gera um risco elevado para o negócio. Essas dificuldades são os gargalhos da pequena empresa que a Internet pode ajudar a equacionar por meio de softwares adequados e ampliando as oportunidades de aumentar o público consumidor."
PARCERIAS
"A proposta para o pequeno empresário deve ser simples e econômica. Na Biz@vista, a estimativa de custo varia de R$ 5 a R$ 250 por mês. Atuamos de forma singular, porque criamos primeiro toda uma tecnologia, uma plataforma tecnológica de e-commerce destinada às pequena e média empresas. Trata-se de um produto desenvolvido por brasileiros e voltado para brasileiros por pessoas que entendem de pequena empresa. Outro aspecto importante está no apoio das entidades patronais. Nós já temos formada uma grande parceria com a Federação das Associações Comerciais na implementação da Rede Nacional de Portais e Negócios, cuja idéia é integrar, em curto prazo de tempo, as 400 Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Cada uma entra com o seu portal para que seja respeitada a identidade das instituições. Até o final deste ano, pretendemos envolver federações de outros estados, visando montar uma rede nacional de negócios, que vai ser, na verdade, um grande catálogo para busca de produtos e uma ferramenta de cotação de preços. A partir do retorno do cliente ou do fornecedor, as empresas podem seguir seus padrões comuns de negociação."
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