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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 311 (22/03/1998)

Campo Fértil para Novos Negócios

O planejamento dos negócios não pode, hoje, limitar-se a áreas urbanas muito badaladas, mas olhar o mapa das cidades em toda a sua plenitude. Na periferia das metrópoles, antes vista apenas como região-dormitório, longe dos centros comerciais consagrados, é que pode estar um tesouro. Descobre-se nela um campo fértil para novos e bem-sucedidos projetos empresariais. Isso porque, como se sabe, o crescimento das grandes cidades, resultando no adensamento populacional das zonas periféricas, ávidas de atendimento rápido e próximo, abre atraente mercado para novos empreendimentos. Exemplo marcante é o extremo sul da capital paulista, especialmente os bairros de Interlagos e Capela do Socorro, a área que mais cresceu nos últimos 25 anos, com 1,5 milhão de habitantes e cerca de 2,2 mil estabelecimentos comerciais de todos os tipos e tamanhos. É o que mostra, em depoimento exclusivo, o empresário Laércio Gonçalves dos Santos, da Magosan Construtora - www.magosan.com.br -, fundada por seu pai e que há mais de um quarto de século se dedica à construção civil no bairro. Atualmente na presidência da Associação do Comércio e Profissionais de Interlagos (ACPI), seu propósito é conseguir aumentar a oferta de bens e serviços ao consumidor local. Eis o seu depoimento.

FAVORECENDO O COMÉRCIO LOCAL
"Temos escolas, profissionais liberais, laboratórios médicos, mercados, supermercados, lojas de confecções, enfim, todo tipo de comércio, que funciona de domingo a domingo. No decorrer do ano, realizamos campanhas com outorga de prêmios e com shows, enfatizando o tema 'compre na região', para incentivar o comércio da região, evitando que o nosso comprador precise transpor o difícil obstáculo (especialmente nos horários de pico do tráfego) das pontes sobre o rio Pinheiros, para ir abastecer-se nos shoppings das áreas nobres da Capital. Temos mercadoria igual, até com preços melhores, com a vantagem de não se precisar enfrentar tantos riscos do trânsito e problemas com segurança. Para reduzir custos, aumentando, assim, a competitividade, estamos procurando organizar cooperativas ou centrais de compra em determinados segmentos, como o de farmácias, por exemplo, aglutinando pequenos estabelecimentos em operações de compra com elevada escala e, naturalmente, alto poder de barganha junto às indústrias."

INTERESSE POR ATUALIZAÇÃO
"Para colaborar com o empresário, a ACPI vem promovendo cursos sobre organização, técnica de vendas e outros, visando aperfeiçoar as práticas de gestão, melhorar a administração e, assim, desenvolver os negócios. Diante da rápida evolução do conhecimento, da tecnologia, o empresário da periferia sente que precisa atualizar-se, porém não dispõe de tempo, eventualmente até para ler, muito menos para transpor com freqüência os 22 quilômetros que o separa de cursos especializados ministrados em entidades geralmente localizadas no centro da cidade. Os empresários que chegaram mais recentemente são organizados, buscam informações e aprimoramento, de preferência no próprio bairro. Por isso, alcançaram sucesso absoluto nossos cursos sobre juizado de pequenas causas, a cargo da OAB de Santo Amaro, e de atualização para escritórios de contabilidade, ministrado pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC), com freqüência média de 120 empresários. Para poder atender todos os profissionais relacionados à área contábil, o curso do CRC precisou ser repetido em mais duas ocasiões."

PLANO DE DESENVOLVIMENTO
"Sem contar com nenhum apoio dos poderes públicos, organizamos um grupo técnico que está levantando dados para compor um plano de desenvolvimento com alternativas de negócios que podem ser realizados na região, levando em conta restrições ecológicas e legais, por se tratar de área de mananciais protegidos. Preliminarmente, pensa-se em três alternativas: a criação de um pólo turístico, ancorado em dois fatores de interesse, que são o autódromo e a represa de Guarapiranga; o desenvolvimento do ecoturismo, pois estamos a 20 quilômetros da Mata Atlântica; e agrupar os negócios por tipo de atividade, como revendedores de veículos, materiais de construção etc., numa espécie de 'bolsão'. Como não temos condições de ter um shopping, então é possível organizar o 'comércio de rua', com ênfase em determinados produtos ou serviços com a mesma característica."


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