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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 634 (23/05/2004)

De Funcionário a Comandante

Começar um negócio novo da estaca zero, tendo que arcar com toda a burocracia e com todos os custos envolvidos na abertura e na manutenção de uma empresa, parece quase uma missão impossível nos dias de hoje. No entanto, muitos profissionais, especialmente aqueles do ramo de prestação de serviços, que sonham com esse caminho, não devem perder as esperanças. Em razão do peso dos encargos trabalhistas que comprometem cada vez mais a folha de pagamento, organizações de grande porte estão estimulando a livre iniciativa, proporcionando aos funcionários de maior destaque e competência oportunidade de inserção no mercado como empreendedores no comando das próprias ações empresariais. Foi o que aconteceu com o ex-empregado Augusto Paes, atual diretor da Corretora de Seguros Paes & Felix - e-mail: [email protected]. Em depoimento exclusivo, ele fala sobre as vantagens e as desvantagens de ter um negócio sediado e apoiado por uma seguradora de renome em nível nacional, além de alertar os candidatos a empresários sobre a necessidade fundamental de separar a vida pessoal da atividade profissional para benefício de ambas as partes.

META
"Eu e meu sócio criamos uma carteira de clientes que nos indicam para muitos outros. Também fazemos visitas para prospectar novos negócios com a meta de fechar um contrato de seguro por dia, independentemente do ramo. Entrei nessa área como office-boy em 1978 e, desde então, já trabalhei como corretor de seguros para três grandes empresas do ramo. Sempre tive o objetivo de abrir a minha própria corretora e parti para essa empreitada há quatro anos. Com otimismo e determinação, procuramos ser bons naquilo que fazemos. A intenção é ver o cliente satisfeito com o serviço. O mais importante não é a hora da venda, mas sim a qualidade do serviço depois. Quando o seguro é feito via banco ou diretamente com alguma empresa, falta essa assessoria sobre o que está acontecendo e o que pode ser feito. Acreditamos que esse é o diferencial que nos mantém no mercado. A cada dia que passa, o cerco está fechando-se, e só ficarão os bons profissionais, especialmente no ramo de prestação de serviços."

APOIO
"Procuramos trazer o cliente para perto, invertendo as posições para que possamos sentir o problema dele de forma mais abrangente e encontrar a melhor forma de resolvê-lo. Não adianta ir atrás de clientes novos e deixar os antigos na hora em que eles mais precisam. Muitas empresas esquecem-se de que os clientes precisam ser fidelizados, para que isso venha criar maior solidez nas relações, gerando confiança e laços de amizade. Decidimos estar sediados dentro de uma seguradora não só para enxugar as despesas fixas como também para adquirir um know-how a mais na hora de trabalhar com os produtos dessa empresa. Quando montamos a corretora, muitas portas abriram-se em razão disso, pois somos vistos de forma diferenciada e com referência. Por outro lado, é preciso cumprir horários, certos tipos de assuntos não podem ser tratados lá dentro, mas procuramos sempre ter uma meta a atingir todos os meses para evitar cobranças. Como o objetivo de qualquer empresa é gerar lucro, a partir do momento em que estamos trazendo lucro para nós, estamos trazendo para ela também."

SEPARAÇÃO
"Não se pode misturar a empresa com o lado pessoal. Se tivesse que começar de novo hoje, teria feito uma separação como se eu fosse um empregado. O empresário tem que tirar o seu pró-labore, mas não pode misturar as suas necessidades com as da empresa. Os japoneses costumam montar um negócio para ver o lucro depois de cinco anos. No Brasil, as pessoas abrem empresas e querem ver o lucro dentro de dois ou três meses, o que é impossível. O mais importante é saber administrar-se em primeiro lugar. Tem que andar com o mesmo carro e continuar a vida no mesmo ritmo durante os primeiros anos, sem querer mostrar um status que já não está mais associado à figura do empresário atualmente. O novo empresário é um profissional que possui uma visão mais ampla do que um funcionário, mas ele é um empregado, porque está limitado ao seu negócio, e não adianta iludir-se. Vai ganhar dinheiro, mas tem que ter o pé no chão. Caso contrário, vai sofrer as conseqüências lá na frente."


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