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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 636 (13/06/2004)

Estrela da América Latina

Não há como negar a importância política e econômica do Brasil no contexto da nova ordem global, especialmente no que se refere às relações com os países da América Latina. Mais do que um momento especial na era da internacionalização, o País atravessa um período crítico do seu desenvolvimento, que requer a colaboração de todos os segmentos da sociedade, incluindo a conscientização por parte das esferas governamentais no sentido de propiciar à categoria empresarial condições de sobrevivência e de crescimento contínuo. Para gerar a quantidade de empregos necessária ao bem-estar social, a aliança entre o governo e a iniciativa privada constitui a base fundamental de qualquer projeto que contemple a erradicação da miséria. Quem fez o alerta foi Carlos Slim, mega empresário mexicano e um dos homens mais poderosos do mundo, que visitou o Brasil no mês de maio. Depois de ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele participou de um encontro de negócios promovido pela São Paulo Chamber of Commerce, da ACSP. Na ocasião, o presidente do grupo Carso, falou sobre os investimentos externos programados para o mercado nacional, além de salientar que a saída para o desenvolvimento está no apoio incondicional aos empresários.

INVESTIMENTOS
"Nós não estamos investindo no Brasil em curto prazo, mas sim em longo prazo, pois não estamos pensando em cifras no momento atual. Manteremos os nossos planos de investimento, uma vez que estamos apenas aguardando um parecer favorável dos órgãos reguladores do País, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para adquirirmos a Embratel. Pretendemos também investir em telecomunicações em toda a América Latina, viabilizando projetos de infra-estrutura por meio de recursos e de financiamentos. Existe ainda a possibilidade de participarmos da execução de diversas obras no território brasileiro, seguindo o modelo já consagrado das Parcerias Público-Privadas (PPPs)."

CONVERGÊCIAS
"As civilizações de hoje estão vivendo nova etapa de desenvolvimento. Já passamos pela sociedade agrícola, pela sociedade industrial e agora estamos na era da sociedade digital, do conhecimento e da tecnologia. Trata-se de uma sociedade de serviços, na qual o homem cada vez mais vai fazer menos atividades físicas. Acreditamos que o setor de telecomunicação fará as convergências nesse sentido, estendendo a tecnologia a todos os setores da sociedade. Para isso, é preciso investir na construção de uma rede de telecomunicações avançada, capaz de beneficiar a educação, a medicina, os negócios, as finanças, entre outras áreas de interesse geral. São serviços que vão poder ser implementados da melhor maneira possível e com os menores custos. Nessa nova civilização, existem paradigmas inéditos do ponto de vista sócio político. Os países devem ser democráticos, cuidar do ambiente, da pluralidade, da diversidade e adquirir maior competência econômica. O importante neste novo caminho é aceitar o processo de globalização de forma diferenciada. Os países pequenos teriam que ser globalizados de maneira diferente da dos países desenvolvidos."

ALIANÇAS
"O mais importante dentro de uma sociedade é combater e controlar a pobreza, que não é só um problema político e social mas também ético e moral. É preciso incorporar toda a população à economia de mercado e à modernidade. Não temos dúvidas de que o Brasil tem esse potencial, pois possui 180 milhões de habitantes, recursos inesgotáveis e empresários extraordinários. No Brasil, ainda não há uma política de Estado consciente da importância do empresário. Temos que ter essa consciência e apoiar o empreendedor, uma vez que o País detém condições estruturais muito sólidas e uma arrecadação fiscal enorme que possibilitam a união entre o governo e a iniciativa privada. Os empresários desempenham uma função social muito maior do que simplesmente investir, gerar empregos e pagar impostos. Devemos levar adiante esses papéis e estendê-los à América Latina conforme os negócios vão amadurecendo e adquirindo a capacidade financeira para serem auto-suficientes."


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