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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 681 (24/04/2005)

Inovação com Independência

Durante muito tempo, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) dividiu, além do mesmo espaço, toda uma base de representação e de estrutura organizacional com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No ano passado, a entidade decidiu criar uma identidade própria para atender cerca de 9 mil associados distribuídos em mais de 120 municípios paulistas, buscando atender com mais eficácia os interesses diretos do setor industrial. Numa época em que a qualidade já deixou de ser o diferencial dos produtos para o consumidor, o novo Ciesp tem por objetivo apoiar e incentivar os empresários, respeitando e compreendendo as peculiaridades de cada região, levando a mensagem da importância da inovação para sobreviver e crescer no universo corporativo. Trata-se de um processo que não está ligado à mudança de qualquer tipo de atividade, mas sim à modernização dos procedimentos e à atualização no que se refere ao mercado globalizado em nível mundial, tendo em vista um programa para exportação. Em depoimento exclusivo, Cláudio Vaz, presidente da entidade - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 3549-3200, fala sobre essa e outras iniciativas que estão sendo colocadas em prática para configurar essa nova postura representativa, que visa uma aproximação maior com a classe produtora.

SEPARAÇÃO
"A Federação e o Centro são entidades que durante muitos anos tiveram uma vida de irmãos siameses, e isso sempre trouxe uma série de vantagens e uma série de limitações. As bases de representação da Federação e do Centro, embora sejam as mesmas com relação à indústria paulista, possuem fundamentos diferentes. A Federação filia sindicatos que representam setores econômicos e o Centro lida com as empresas produtoras diretamente, sendo uma entidade de grande representação, dividida em 41 diretorias regionais que possibilitam uma vasta capilaridade do ponto de vista estadual. Nós temos uma pauta que lida com o resultado e com a competitividade das empresas a partir de uma óptica regional, dos arranjos produtivos e das diferenças entre cada região. É claro que as empresas estão interessadas nas reformas tributária e trabalhista, nas questões voltadas ao investimento, no comércio exterior, mas elas também esperam obter condições de competitividade que os governos do estado e do município podem promover de uma forma muito mais ampla e efetiva."

OPORTUNIDADE
"Essa independência da Fiesp nos permite a elaboração de uma pauta própria, focada na competitividade das empresas, possibilitando uma visão mais regional do estado e não mais municipal. O município, embora importante politicamente do ponto de vista da indústria, está dentro de uma região e temos que avaliar a competitividade regional por meio de uma representação política ativa no governo do estado e em muitas questões discutidas em Brasília. Isso nos abre uma grande oportunidade para mostrar tudo o que o Ciesp pode fazer além do que já fazia. Por isso, temos hoje todo um projeto de trabalho que está dividido por departamentos nas áreas de comércio exterior, meio ambiente, infra-estrutura, economia, competitividade e ação regional. O que interessa é o empresário local com as suas especificidades, com os seus problemas e com a sua vocação natural. Para cada região, temos um projeto de trabalho específico em torno de uma temática diferenciada."

FOCOS
"No departamento de competitividade, temos um grande foco na inovação que é para o século XXI o que qualidade foi para o século XX. Vamos levar a mensagem da inovação, que não é sair da soja para o computador, mas sim fabricar produtos que satisfaçam os consumidores, produzidos por métodos mais eficazes, que evitam intermediários e que estão em dia com aquilo que o mercado espera. Não podemos esquecer que, no governo passado, a política industrial era quase um palavrão, um tema proibido, e o ministro Furlan desinterditou esse tema, que voltou a ser pauta depois de mais de dez anos. O que vai fazer o Brasil tornar-se uma potência verdadeira é a produção industrial, agroindustrial e agrícola, que dará margem para todo o crescimento comercial e de prestação de serviços. Não há como a indústria não ser uma prioridade nacional."


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