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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 680 (17/04/2005)

Imagem em Construção

Apesar de já constar no Código Civil como uma atividade profissional legitimada, muitos empreendedores ainda têm receio de assumir essa função perante a sociedade como um todo. Isso se deve, em parte, à imagem distorcida que a mídia proporciona à população, construindo um estereótipo negativo em torno da imagem do empresário, seja nos noticiários exibidos diariamente, seja no universo da dramaturgia oferecido pelas telenovelas. Essa visão equivocada da missão empreendedora acaba por inibir a postura de muitos dirigentes empresariais em nível nacional especialmente fora dos grandes centros urbanos, no sentido de encarar com orgulho a opção pelo próprio negócio, que, nos países desenvolvidos, recebe todos os incentivos possíveis, além da admiração por aqueles que, do nada, conseguem produzir riqueza por meio da honestidade e do esforço pessoal contínuo. Preocupado com essa conscientização, o Conselho de Jovens Empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) promove debates que buscam mostrar aos empreendedores cariocas o seu devido valor. Em depoimento exclusivo, Rodrigo Marques, diretor da Spectrum Química e membro atuante do conselho - e-mail: [email protected] - Tel.: (21) 8866-4008, fala sobre a importância desse trabalho para a auto-estima do empresário, tendo em vista as futuras gerações.

CARICATURA
"O conselho foi criado em agosto do ano passado e já conta com a participação de vinte conselheiros que formam uma equipe bastante eclética. Estamos começando a trabalhar alguns temas relativos ao universo empresarial e, entre eles, elegemos a imagem do empresário por considerá-la de extrema importância para o desenvolvimento nacional. Nós discutimos a idéia e resolvemos levar adiante a conscientização da imagem do empresário, cujo viés negativo nos incomoda muito, porque enxergamos isso como um problema para o futuro dos empresários no Brasil. Se nós pararmos para refletir, nós não temos uma imagem do empresário brasileiro como ele é, mas sim uma caricatura, um estereótipo negativo em termos éticos e comportamentais. A mídia faz um trabalho pejorativo em torno desse tema, contribuindo para a formação do imaginário popular, que acaba prejudicando as ações da livre iniciativa e, conseqüentemente, inibindo o empreendedorismo no País."

CONSCIENTIZAÇÃO
"Nós não temos a pretensão de alterar essa visão a curto prazo, pois temos a certeza de que se trata de um trabalho longo, mas tem que começar pela conscientização dos próprios empresários. A partir do momento em que eles passam a assumir essa atividade como profissão, podemos ir para a segunda etapa que é a sociedade. O que nos chamou a atenção é que a maioria dos empresários não conhece o artigo 966 do novo Código Civil, que considera empresário ‘quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens e serviços’. O clima dentro do conselho é consenso no sentido de mudar essa situação, porque, no futuro, se essa concepção da atividade empresarial for mantida, vamos perder jovens talentos em razão da falta de incentivo para levar o empreendedorismo adiante no País. O que falta hoje à classe empresarial, como um grande agente catalisador de mudanças pelo trabalho estratégico de enxergar perspectivas, é conquistar maior credibilidade do ponto de vista social."

RECONHECIMENTO
"Nós queremos que a sociedade reconheça o trabalho do empresário, incentivando os jovens a empreender. Atualmente, vemos esse incentivo no sentido contrário por meio do discurso de que o melhor é ser funcionário público para ter todos os direitos trabalhistas garantidos. Não é à toa que os jovens estão sentindo-se desmotivados a se tornarem empresários. Eles têm boas idéias, querem lançá-las no mercado, mas não o fazem porque sentem a pressão da família associada à mensagem distorcida da mídia, acabando por optar por um concurso público em razão da estabilidade. No entanto, quem vai pagar o salário deles é a sociedade, com os impostos cobrados das empresas. A importância vital do papel da livre iniciativa deve começar a ser despertada com urgência na sociedade brasileira."


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