RedeVida Cresce Com Ética
Com apenas três anos de idade, a RedeVida tem todas as contas operacionais pagas e cresce sem parar. A receita é simples: programação sem pornografia, violência ou sensacionalismo; criação de novos produtos televisivos; esquema nacional de parcerias com as comunidades católicas; ética nos negócios; gestão empresarial sem gordura nem desperdício. Fundada em 20 de junho de 1995, ela veicula 17 horas diárias de programação e dispõe de 310 canais de emissoras retransmissoras, sendo que 150 canais aguardam publicação no Diário Oficial. A fonte desse trabalho é a pequena TV Independente de São José do Rio Preto, dirigida pelo empresário João Monteiro de Barros Filho, e o Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), que é presidido por Dom Antonio Maria Luciolo, arcebispo de Botucatu. No depoimento a seguir, João Monteiro de Barros Filho explica por que a RedeVida - www.redevida.com.br - tem chances de disputar audiência com os concorrentes
GRADE
"A RedeVida nasceu de um oferecimento que nós fizemos, em 1993, a Dom Antonio e a Dom Luciano Mendes de Almeida, que era o presidente da CNBB. A idéia era viabilizar uma rede católica de televisão a partir da nossa pequena geradora de São José do Rio Preto, que foi conquistada por nós em 1990, num dos últimos atos do governo do presidente José Sarney, depois de uma disputada concorrência pública. Como a CNBB, pela sua estrutura, não quis assumir o comando, sugeriu que encontrássemos o caminho, que seríamos apoiados. O caminho foi a fundação do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, que é uma entidade civil sem finalidade lucrativa, constituída para ser o braço do Colégio Episcopal de apoio à nova rede. O Inbrac é responsável pela grade da programação. Não havia recurso para fazer a expansão nacional. Então, em cada canto do País, as comunidades instalam as emissoras retransmissoras. Além disso, contamos com um público potencial de 20 milhões de pessoas que dispõem de antenas parabólicas."
MORAL
"Nosso objetivo não é fazer uma guerra santa religiosa, mas dar aos católicos brasileiros a oportunidade de um espaço televisivo. Temos, por exemplo, missa diária, que só se justifica quando ao vivo, e terços, que têm uma grande audiência - e poucas televisões no mundo têm coragem de pôr um terço na televisão, porque acham que não é produto televisivo, mas nós provamos o contrário. Buscamos programas que sejam voltados para a família brasileira, dentro da realidade de um canal comercial, que tem informação e prestação de serviço a oferecer. Quando falamos em moral, não nos estamos referindo a uma televisão moralista, dona da verdade. Ela não tem o poder de nortear a família, de falar o que é certo, o que é errado. Ela não faz essa doutrinação, mas segue a própria Constituição, que define para o rádio e a televisão finalidades culturais, educacionais, sociais. Quando falamos em ética, não é para pregar moral aos outros. Pagamos as contas, os impostos, os funcionários, a Embratel. Queremos viver também dentro do mercado publicitário, só que ele ainda não priorizou a RedeVida, por mil razões. Muitos empresários que bancam filmes de violência e pornografia ajudam o desequilíbrio social. As produções cinematográficas e televisivas ensinam como roubar, como estuprar, como assaltar."
METAS
"Não somos uma potência financeira, isto não é uma holding, nós não temos verba publicitária do exterior, nós não temos dinheiro para fazer realmente uma grande programação, a nível técnico, no padrão da Globo. Mas temos um potencial extraordinário. E quem sabe investir no tempo pode estabelecer metas futuras. Já fizemos conquistas extraordinárias, no nível de audiência e na melhora da grade de programação. Quando nós tivermos um pouco de resultado financeiro, dinheiro para investir na produção, poderemos ser competitivos e com pouco dinheiro, possivelmente com 10, 20% do que faturam as outras redes, vamos disputar audiência. Esse equilíbrio eu aprendi apanhando. Trabalho desde os 16 anos de idade. Sou um fundador de jornal, o Diário de Barretos, implantei cinco emissoras de rádio em Barretos e Colina e sempre fui um vendedor de anúncio, um homem de propaganda, de publicidade. Tenho essa capacidade de dirigir, sabendo que dois mais dois são quatro e que dinheiro não aceita desaforo."
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