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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 765 (03/12/2006)

Empreendedorismo na Universidade

Em um País como o Brasil, onde quatro milhões de jovens universitários aguardam com ansiedade e angústia por oportunidades cada vez mais incertas no concorrido mercado do trabalho, formado em sua maioria pelas pequenas e pelas médias empresas nacionais, a missão do ensino superior deve e precisa ir além da formação e da especialização baseadas apenas no conhecimento acadêmico. Ensinar esse contingente de egressos universitários durante a passagem pela faculdade a conceber, a aprender a negociar de acordo com a cultura de cada região, sabendo os princípios básicos de como planejar o próprio negócio, é uma proposta inovadora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) que já preparou 60 professores para, a partir de 2007, introduzirem na grade curricular de todos os cursos oferecidos pela instituição uma disciplina optativa para a formação de empreendedores em parceria com o Sebrae-SP. Essa foi uma das iniciativas do atual reitor Marcos Macari - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 5627-0608. Em depoimento exclusivo, ele fala sobre a importância de conscientizar o meio acadêmico a estimular e a preparar os alunos para enfrentar uma realidade globalizada e, ao mesmo tempo, extremamente diversificada em termos culturais.

PARCERIAS
"Quando assumi a reitoria da Unesp, procurei logo o Sebrae, com a idéia de criar na Universidade algo que pudesse levar aos estudantes, já no âmbito de graduação, a oportunidade de entenderem o que é ser empreendedor. Em 2001, como pró-reitor, tinha tomado a iniciativa de ir procurar a FIESP e tentar fazer uma parceria com eles para criarmos um curso de especialização em negociação internacional para a pós-graduação. Apesar de a parceria não ter sido consolidada na época, continuei com o grupo nosso de relações internacionais e viabilizamos aqui o curso de Negociações Econômicas Internacionais, que, até hoje, é ministrado anualmente. Estamos na quarta turma, aliando o empreendedorismo à capacidade de o jovem empreender e usar o conhecimento produzido em larga escala no País. Muitas vezes, o brasileiro tem iniciativa, empreende, mas, de modo geral, não é bom negociador. Por isso, há a necessidade de que façamos um grande investimento em formar pessoas especializadas em negociação, com base no conhecimento e na diversidade cultural de cada mercado consumidor."

PEÇA-CHAVE
"Começamos um diálogo com o Sebrae do que seria ideal para prepararmos os professores e chegamos a uma carga de 60 horas para o delineamento de uma disciplina sobre empreendedorismo. No final das discussões, foram criados três módulos padrões, e a disciplina acabou sendo viabilizada para os professores que se ofereceram como voluntários para aprender. Se não criarmos na Universidade uma motivação do corpo docente, dificilmente vamos conseguir passar esse estímulo aos alunos, porque ele tem aquela relação de ensino-aprendizagem como algo inerente ao processo educacional. O aluno pode ouvir palestras de fora, mas, no cotidiano, ele precisa do professor como uma peça-chave em tempo integral para que possa construir o seu processo na relação do dia-a-dia, esclarecendo os problemas e as dúvidas que surgirem."

AGENTES TRANSFORMADORES
"Em dezembro, vamos abrir treinamento para mais professores, mas os que já foram treinados estão criando as disciplinas nas suas unidades para no ano de 2007, como matéria opcional para os alunos dos últimos dois anos. Se os nossos alunos conseguirem sair com a noção empreendedora e contando com o suporte que o Sebrae está nos oferecendo, dentro do cenário de perspectivas futuras para eles, eu acredito que poderão ser agentes transformadores, por meio da criação de muitas pequenas e micro empresas nas regiões em que forem atuar como empresários. Se tivermos milhares de jovens tomando uma iniciativa dessa natureza, num determinado momento essas empreitadas entrariam em um processo de convergência para a criação de empresas de médio ou até de grande porte. Como as idéias são muito convergentes, com certeza o número de empresas de sucesso no Brasil seria maior, com o emprego de estratégias como o consórcio e o cooperativismo."


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