Home











...



« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 875 (11/01/2009)

Paixão pelo comércio

Uma trajetória empreendedora nunca se materializa em uma única tentativa de concretização de um negócio. Para conquistar seu espaço no mercado, o empreendedor que se identifica com algum tipo de atividade deve manter-se flexível e aberto o tempo todo, sempre que houver necessidade de mudanças profundas. Esse foi o caso de Sergio Zimerman, diretor da Pet Center Marginalwww.petcentermarginal.com.br –, a segunda maior rede de lojas desse segmento no Brasil. No entanto, por trás dessa etapa de grande projeção mercadológica, existe a história de um menino nascido no bairro do Brás, em São Paulo, que se apaixonou desde cedo pelo comércio dentro da própria casa onde morava, transformada em loja pelos pais. Depois de montar um buffet infantil e uma adega que acabou transformando-se em um minimercado, ele tomou gosto pelo varejo e pelo atacado. Ao perceber que estava com sérios problemas administrativos no começo da década, foi aconselhado por consultores e advogados a estocar grandes quantidades de forma vantajosa para ganhar tempo e alcançar o equilíbrio financeiro. Ele não seguiu a recomendação por princípios éticos e teve que começar tudo de novo com aquilo que lhe restava, um galpão na Marginal Tietê que acabara de ser alugado. Com exclusividade, ele conta em detalhes como traçou seu caminho, marcado pela ousadia e sem medo de arriscar.

OPORTUNIDADE
“Na época do mercadinho, conheci um vendedor de cerveja que me atendia muito bem e percebi que ele percorria uma rota de bares e de mercearias. Conversamos bastante e decidimos fazer uma sociedade informal, na qual eu compraria os produtos e ele, graças ao contato com os estabelecimentos, venderia e faria a entrega dos produtos em sua própria Kombi. Assim surgiu o atacado Super do Brás, em 1991, que foi crescendo e transformou-se em um grande comércio. O ápice da nossa empresa aconteceu em 2001, quando registramos um faturamento de cerca de R$ 15 milhões. Tínhamos seiscentos funcionários, entre vendedores externos e internos, mas, a partir do momento em que fizemos a expansão, tanto da empresa de cosméticos quanto para o interior do estado, nós começamos a encarar seriíssimos problemas administrativos e a ver os nossos custos triplicados, com três gerentes financeiros e três gerentes administrativos. Todos os nossos custos cresciam, enquanto a receita não respondia na mesma proporção.”


BOA FÉ
“Na época, procurei um consultor e até um advogado especialista em concordatas e falências que sugeriram que comprássemos tudo o que era possível e estocássemos, porque eu deveria entrar com um pedido de concordata. Com isso me livraria dos juros bancários e teria dois anos para reestruturar-me sem problemas de abastecimento. Como não me sentia confortável em agir dessa forma, tomei uma medida absolutamente contrária. Reuni a equipe de compradores e mandei suspender todas as compras do final do mês, quando o atacado concentra suas negociações. Convoquei uma reunião com os fornecedores para mostrar a situação da empresa, o rombo que estava aberto e também um plano de reestruturação para equacionar o fluxo de caixa e pedi a colaboração de todos. A garantia que imaginei ter dado com a suspensão dos pedidos como um atestado de boa fé não surtiu o efeito esperado, e o mercado travou o nosso crédito para análise.”


RECOMEÇO
“Eu tive o privilégio de começar do zero, de construir no decorrer de dez anos uma empresa de porte razoável, e, em três meses, ver isso virar pó. Em vez de lamentar, foquei muito na questão do aprendizado e percebi que as figuras do empreendedor e do administrador se complementam e um não sobrevive sem o outro. Após desmontarmos tudo, sobrou apenas um depósito recém- inaugurado na Marginal Tietê para atender o varejo, que tinha um contrato de longo prazo. Pensei em várias possibilidades e acabei optando por uma pet shop no final de 2002, aberta 24 horas, agregando produtos e serviços, além de ser uma empresa de relacionamentos que vai além do auto-serviço de forma profissionalizada. Com a ajuda de um sócio investidor, somos hoje o segundo maior grupo nesse nicho de mercado e também uma referência alternativa com relação à concorrência.”


« Entrevista Anterior      Próxima Entrevista »
...
Realização:
IMEMO

MANTENEDORES:

CNS

CRA-SP

Orcose Contabilidade e Assessoria

Sianet

Candinho Assessoria Contabil

Hífen Comunicação


Pró-Memória Empresarial© e o Programa de Capacitação, Estratégia e Motivação Empreendedora Sala do Empresário® é uma realização do Instituto da Memória Empresarial (IMEMO) e publicado pela Hífen Comunicação em mais de 08 jornais. Conheça a história do projeto.

Diretor: Dorival Jesus Augusto

Conselho Assessor: Alberto Borges Matias (USP), Alencar Burti, Aparecida Terezinha Falcão, Carlos Sérgio Serra, Dante Matarazzo, Elvio Aliprandi, Irani Cavagnoli, Irineu Thomé, José Serafim Abrantes, Marcos Cobra, Nelson Pinheiro da Cruz, Roberto Faldini e Yvonne Capuano.

Contato: Tel. +55 11 9 9998-2155 – [email protected]

REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Maria Alice Carnevalli - MTb. 25.085 • Repórter: Fernando Bóris;
Revisão: Angelo Sarubbi Neto • Ilustrador: Eduardo Baptistão

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTAS ENTREVISTAS sem permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte. Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973


Hífen Comunicação
© 1996/2016 - Hífen Comunicação Ltda. - Todos os Direitos Reservados
A marca Sala do Empresário - Programa de Capacitação, Negócios e Estratégia Empresarial
e o direito autoral Pró-Memória Empresarial, são de titularidade de
Hífen Comunicação Editorial e Eventos Ltda.