Representação para valer
O projeto de uma política para o segmento de serviços exige hoje uma visão de sua configuração futura, bem como a identificação das barreiras ao projeto desejado. Nesta perspectiva, um de seus problemas centrais consiste nas diversas formas de atividades, o que dificulta o planejamento de um projeto geral para o setor. Sendo assim, qualquer esforço nesse sentido deve ser formado por políticas setoriais capazes de dar conta das especificidades de cada uma das muitas ramificações desse setor cujas questões têm sido potencializadas pelo processo de transformação que vem atingindo a economia mundial há décadas. Pois é exatamente essa diversificação que também impede uma medida exata do investimento nesse segmento no Brasil, fazendo com que cada esforço individual ou coletivo seja imprescindível para o seu desenvolvimento. A maneira como o Sindicato da Indústria de Funilaria e Pintura do Estado de São Paulo SINDIFUPI (www.sindifupi.org.br), vem atuando para garantir o mercado que representa é um exemplo que merece destaque pela coragem de propor mudanças radicais em benefício dos seus associados. Com exclusividade e empolgação, Ângelo Coelho, presidente da entidade relata essa luta permanente em defesa de uma causa que faz toda a diferença.
DESMEMBRAMENTO
“O Sindicato nasceu e começou a tomar forma em 2002 como um desdobramento de uma entidade sindical que já existia há 47 anos. A reparação automotiva era representada dentro de outra entidade que incluía bicicletaria e borracharia. Naquele ano, um grupo de empresários de São Paulo se reuniu e resolveu propor a possibilidade de modificação dessa entidade, mas depois acabou resolvendo que o melhor seria o desmembramento, ou seja, separar a funilaria e pintura para representação em uma entidade própria. Uma vez desmembrado, foi apresentado em Brasília e nasceu o Sindicato da Funilaria e Pintura do Estado de São Paulo, e o slogan representação para valer veio exatamente disso, ou seja, pois a representação anterior era quase inexistente. Acredito que a Federação de Serviços do Estado de São Paulo (FESESP) tem muito a oferecer, como já tem oferecido desde que a entidade foi criada.”
LEGALIDADE
“Somos o sindicato que congrega o maior número de trabalhadores dentro do Estado de São Paulo. Poucas entidades patronais possuem tantos empregados ligados por convenção coletiva, e nós somos uma delas, ligada à Federação Metalúrgica pela área laboral. Enfim, seguimos esse caminho, essa luta que existe até hoje. Vamos estar em breve na mídia novamente mostrando a relação problemática que as seguradoras de veículos mantêm com as oficinas credenciadas, causando graves transtornos para os empreendedores do setor que representamos e seus clientes. Por conta disso, a entidade vem sofrendo, porque a diretoria não concorda e não aceita nenhum tipo de negociação que não seja aquela estabelecida de acordo com a lei. O que mais se discute ainda em assembléia é tirar essa pata de elefante que está em cima do setor de reparação, que se chama seguradora. Tanto, que podemos afirmar que o credenciamento muitas vezes é o começo do fim.”
DIVULGAÇÃO AMPLA
“Uma das mudanças mais interessantes que fizemos no estatuto da entidade diz respeito à evolução tecnológica. Muitas entidades convocam assembléias, mas fazem os registros disso somente por editais de jornal. Nós já mudamos isso há dois anos e o nosso principal meio de comunicação é por meio da internet e pela comprovação de envio de mensagens eletrônicas que fazemos por intermédio dos nossos parceiros provedores. Também utilizamos a correspondência via correio, mas o principal foco disseminador está no nosso site, com a comprovação do envio de e-mails que são feitos de maneira que atinja o maior número de empresários. Ainda falta muita informação de nível técnico e capacitação, tanto é que a entidade comemora o projeto inovador Jovem Reparador Paulistano, que está há um ano na incubadora, criado não só pela entidade, mas também pelos empresários do setor em parceria com a Prefeitura, que pretendem capacitar profissionais dentro do próprio ambiente de trabalho, em razão da carência de mão de obra qualificada.”
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