Planejamento centralizado
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A cultura do emprego com carteira assinada no Brasil ainda permanece como um entrave para muitos jovens que desistem de encarar a oportunidade de empreender, tendo em vista a garantia de uma forma de segurança cada vez mais ameaçada e escassa na realidade que o país enfrenta. No entanto, quem decide, desde cedo, vencer esse medo e ter coragem para criar o próprio negócio, tem chances maiores de evoluir e de consolidar o seu espaço no mercado. É o caso do publicitário Fabio Burg, CEO do Grupo RÁI de Comunicação www.rai.com.br um dos maiores grupos independentes de comunicação do Brasil, que conta com o esforço de 250 colaboradores distribuídos em sete empresas especialistas e complementares que trabalham de forma autônoma e que se integram quando necessário. Ele começou aos 19 anos, ainda estudante de Publicidade, com dois colegas da faculdade. Deixou o cargo de gerente de marketing em uma distribuidora de filmes para locadoras de vídeo, montou uma empresa focada na área de propaganda e, diante das demandas dos clientes, foi planejando e diversificando o seu campo de atuação. Em depoimento exclusivo, ele revela que não foi uma decisão acertada emprestar a credibilidade para outros e, por isso, resolveu avançar internamente, apostando na capacidade de liderança de bons profissionais capazes de cuidar das áreas correlatas ao seu segmento.
NOVO CONSUMIDOR
“Vivemos um momento em que todas as empresas disputam o consumidor da classe C. Ele não parou de consumir, mas é possível perceber que faz suas próprias escolhas diante da imensa gama de produtos e de serviços a que teve acesso durante as últimas duas décadas. Diferentemente de outras crises econômicas, quando se cortava primeiro o supérfluo, as pessoas hoje estão cortando parte do básico, porque querem manter conquistas que consideram importantes para suas vidas. Dessa forma, elas vêm administrando o poder de compra em torno dessas novas aquisições e cabe a cada empresa, tornar essa escolha viável para caber dentro do orçamento mais apertado. O que fez a RÁI um grupo bem sucedido foi a iniciativa de colocar todas as demandas da área de comunicação sob o mesmo comando empresarial para oferecer serviços de propaganda, promoção e eventos, soluções em tecnologia/internet, coordenação de redes sociais, assessoria de imprensa/conteúdo editorial, 3D, fotos e filmes, logística, pesquisa de mercado/branding e consultoria de inovação.”
SINERGIA
“A estratégia em si é fazer sempre um planejamento centralizado por meio do desenvolvimento tático para cada área. O que as empresas buscam é centralizar e garantir a sinergia em tudo o que estão apresentando ou desenvolvendo para a sua marca, a fim de garantir o mesmo nível de qualidade prestado em todos os serviços. Isso é fundamental para deixar a operação redonda, a fim de que os profissionais de todas as áreas trabalhem em conjunto para cada marca e cada cliente. Passamos quase quinze anos para encontrar a fórmula certa de trabalhar em grupo e de sermos capazes de realizar um trabalho coeso, que chamamos de omni channel Se tivesse que abrir um negócio hoje, usaria essa experiência com diversos segmentos para escolher bem um ‘novo’ nicho de mercado, como o de produtos naturais, por exemplo, que vem crescendo bastante.”
AGRESSIVIDADE
“Vemos de maneira clara que conseguimos gerar resultados para os clientes mesmo em um cenário como o que vivenciamos atualmente. Temos que ser muito mais assertivos, pois, se alguém retira a sua campanha e um concorrente coloca a dele no lugar, ele terá uma possibilidade muito maior de levar o consumidor para o seu lado. Nesse sentido, esse trabalho de marca e de venda de produto revela muito mais a sua importância nos momentos de crise. Ao contrário daqueles que entendem a crise como um momento de cortar investimentos, nós pensamos exatamente o contrário. Quem corta investimentos hoje, perde venda diretamente. Para nós, não existe corte de investimento. Por isso, precisamos ser agressivos para criar campanhas cada vez mais inovadoras e integradas.”
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