Certamente, fundamenta-se numa análise bem apurada do fluxo de caixa a possibilidade de se antecipar os fatos, a interação com o futuro e a máxima rentabilização possível dos recursos financeiros da empresa.
Para vivenciar esse processo, apresentaremos, em seqüência, o fluxo de caixa previsto de um atacadista, que será analisado, apontando-se sua tendência financeira e as possíveis sugestões para otimização dos resultados.
Num primeiro momento, observa-se que não é muito favorável a previsão financeira de curto prazo da empresa, podendo-se diagnosticar alguns pontos a serem trabalhados:

• Alta concentração de pagamentos na primeira semana que, apesar de ser “normal” na prática, deve
  ser evitada.
  
  
• Concentração das contas a receber no final do mês, revelando um “descasamento” dos prazos
  de compra e venda.
  
  
• Falta da previsão de vendas à vista.
  
  

Num segundo momento, pode-se trabalhar a estratégia para reversão desse quadro, adotando algumas providências, a saber:

Previsão de vendas à vista – Assumindo a premissa de que um atacadista vende 60% a prazo e 40% à vista, projeta-se o faturamento total. Primeiramente, somam-se todos os recebimentos que representam as vendas a prazo realizadas no mês anterior, totalizando R$ 180.000,00. O próximo passo é dividir esse montante pela participação (60%) nas vendas totais, de tal modo que R$ 180.000,00 (÷) 0,60 = R$ 300.000,00.
Em seguida, projetam-se as vendas à vista que, de antemão, se sabe que representam 40% do total, de maneira que R$ 300.000,00 (X) 40%= R$ 120.000,00. E pulveriza-se, então, lançamentos nas três primeiras semanas do fluxo.
Consultar os custos financeiros do mercado e verificar quais as possibilidades, de acordo com a tabela seguinte:
Com base na comparação dessas taxas, toma-se as seguintes decisões:

• Pagar os impostos, o aluguel e o pró-labore no fim do mês.
  
  
• Descontar as duplicatas das 4ª e 5ª semanas para a 1ª semana.
  
  
• Projetar o fluxo e verificar as possibilidades de efe-
  tuar aplicação.