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VIII - CRIAR SOLUÇÕES

A grande qualidade do vendedor ético e bem-sucedido foi sempre a mesma: honestidade. Ele acredita no que vende e só vende para quem precisa. O vendedor não se preocupa, apenas, em colocar o produto no mercado, utilizando todas as suas artes e técnicas. Em vez de só fazer o cliente comprar por impulso emocional, ele é conhecedor do produto, da clientela e do setor de sua especialidade. Assim, coloca seus préstimos à disposição do cliente. Depois de estudar a realidade e as necessidades do comprador, ele presta um serviço, identificando como o cliente pode ganhar mais economizando, melhorando a qualidade e a eficiência etc. –, com uma simples substituição de produto ou troca de fornecedores. Muitas vezes, ele nem oferece o produto mais competitivo, mas consegue "ganhar" o cliente, fazendo sugestões para racionalização da produção ou adoção de procedimentos que observou na concorrência.

O cliente, mesmo consciente de que não há grande diferença entre os produtos, dá preferência ao vendedor que se mostra mais interessado em contribuir para a melhor administração da sua empresa ou que se revela importante fonte de informação adquirida pela experiência e pelo conhecimento do ramo. No Guide to Greatness in Sales, Tom Hopkins explica que "só o vendedor medíocre tenta fugir de perguntas difíceis dos seus clientes. O vendedor criativo inventa soluções que incluam o aproveitamento de seus produtos". Hopkins também destaca que todo indivíduo pode aprender a vender com "grandeza", caso preste atenção a cinco pontos básicos:

      Apelo à criatividade
      1 - Identificação das necessidades do cliente;
      2 - Identificação das tendências ou preferências do cliente;
      3 - Identificação de como pode contribuir para a empresa compradora;
      4 - Identificação de quem realmente toma decisões entre os clientes; e
      5 - Identificação de soluções para os problemas do comprador.

IX - TELEVENDA

De modo geral, ninguém gosta de venda por telefone. O cliente sente sua privacidade invadida, quando um estranho liga para a sua casa e tenta vender-lhe um produto. O vendedor também sofre abusos e humilhações dos clientes mais exaltados, além de ter que superar a frieza ou surpresa do cliente do outro lado da linha. Sem poder demonstrar ou mesmo ilustrar visualmente o produto, a venda ainda se torna mais complexa, pois o processo depende, exclusivamente, de uma boa conversa. Mesmo assim, o telemarketing é prática cada vez mais comum entre empresas de serviços, por duas razões principais: 1) por telefone, a promoção de vendas fica muito mais barata, mas mantém uma comunicação direta, personalizada entre vendedor e comprador; 2) a lista telefônica praticamente organiza o mercado potencial, por endereço, profissão, como no caso dos médicos, ou por ramo de atividade nas Páginas Amarelas. Para obter resultados e usar a venda por telefone com eficiência, os pequenos e médios empresários precisam aprender (e treinar seu pessoal) a desenvolver um tipo de "discurso" simpático, quebrando o gelo do cliente potencial, sem recorrer a uma intimidade quase instantânea, que tende a gerar desconfiança no interlocutor. A revista Telemarketing fez um levantamento das melhores técnicas de abordagem da clientela, chegando às seguintes recomendações aos vendedores por telefone:

  • Comece a falar identificando a companhia que representa e pergunte, em seguida, se está ligando em boa hora ou deveria tentar mais tarde;
  • Descreva o seu produto em meio minuto, destacando as vantagens de preço ou a qualidade em relação à concorrência;
  • Antes de partir para a venda, faça algumas perguntas sobre o cliente, seu trabalho ou sua empresa, para que ele relaxe falando um pouco e permita que o vendedor identifique o seu potencial;
  • Caso o cliente não esteja interessado no produto, não insista e demonstre bom humor; gentilmente, porém, tente saber por que ele não quer algo que lhe trará vantagens;
  • Encerre a conversa, destacando as ofertas e os descontos oferecidos no momento e sempre agradeça a atenção dispensada; e
  • Se o não-comprador deixar transparecer que pode mudar de idéia, envie-lhe pelo correio literatura sobre o produto.
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Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 10
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