Home











...



« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 666 (09/01/2005)

Negócio da China

Para ser bem sucedido no mundo dos negócios, não é preciso reinventar a roda e nem investir uma fortuna. O mercado está repleto de oportunidades e, principalmente, de modelos já estabelecidos, que podem funcionar como uma fonte inesgotável de inspirações para aqueles que sabem ver no empreendedorismo uma forma arrojada de evoluir em termos pessoais e profissionais. Prova disso é a história de vida de Robinson Shiba, um dentista que criou e dirige até hoje a rede China in Box - www.chinainbox.com.br , sendo destaque no prêmio Empreendedor 2004, da Ernest & Young. No final dos anos 80, ele morou por um ano nos Estados Unidos, onde percebeu a boa receptividade da comida chinesa no Ocidente, acondicionada em caixinhas para delivery. Como não havia nada parecido no Brasil, sua visão empreendedora detectou um novo nicho de mercado. Tomando como base os folhetos de entregas de grandes pizzarias, até então a única opção para um número de consumidores crescente de comida para entrega, ele fez a adaptação para o cardápio chinês, associando um logotipo marcante e uma marca inusitada. Em depoimento exclusivo, ele revela como se deu essa trajetória de sucesso que já rompeu as fronteiras nacionais totalizando 118 franquias espalhadas por todo o Brasil e cinco no México.

INOVAÇÕES
"Iniciamos o negócio a partir da identificação das falhas que os restaurantes estavam cometendo, como embalagens que eram muito pobres, as famosas quentinhas, e os folhetos de publicidade que eram simples demais, feitos de papel sulfite impresso somente em uma cor. Havia também um preconceito muito grande de cozinha suja. Frente a esses indicadores, mudamos os folhetos, incluindo fotos dos pratos, deixamos a cozinha à mostra, introduzimos a embalagem padronizada, que é um grande diferencial e uniformizamos os funcionários. Para manter o negócio atualizado em termos de estratégia promocional, contratamos uma empresa para fazer pesquisas constantes de norte a sul do País. Temos também um 0800 que utilizamos mensalmente para identificar oportunidades, criar promoções, lançamentos de pratos, além de detectar problemas que são prontamente corrigidos. Hoje, quem dirige a empresa são os clientes, pois são eles que pagam os nossos salários."

FRANQUIAS
"Quando começamos a receber muitos pedidos de informação para saber se o China in Box era uma franquia, identificamos também o modelo de expansão para o negócio. Ao inaugurarmos a primeira unidade, o objetivo era ter 10 restaurantes próprios, mas quando começamos a perceber o grande interesse pelo sistema de franquias, formatamos o nosso. Hoje, temos 118 unidades no Brasil, três em Guadalajara, que funcionaram no começo como mercado-teste, e duas na Cidade do México, que possui o grande potencial. Para ser um franqueado China in Box, o primeiro requisito é ter disponibilidade integral de tempo. Não se trata de um bico, mas sim de um negócio que, se não for bem, não sobrevive e não paga suas contas. A pessoa pode ter exercido qualquer profissão antes, mas uma característica muito marcante nos franqueados bem sucedidos é a facilidade de comunicação. Precisa ser alguém com uma desenvoltura muito grande para se comunicar com funcionários, sabendo cativar qualquer tipo de clientes e também os empresários que são os fornecedores."

APRENDIZADO
"Depois de uma experiência mal sucedida na implementação de uma grande unidade na Argentina, nós pagamos muito caro por um MBA internacional, mas valeu a pena, porque isso nos levou a não cometer futuros enganos. No México, passamos um ano e meio fazendo numerosas pesquisas, em parceria com um sócio local que faz a articulação toda, pois conhece os caminhos, sabe o que funciona e conhece a mão de obra mexicana. Aprendemos que dois fatores são primordiais no processo de internacionalização de um negócio, precisa ter um sócio, não adianta ir por conta que vai quebrar a cara, e estudar a economia do País, verificando as condições, as tendências políticas e econômicas para prever as possíveis variações que podem-se refletir na iniciativa. Acima de tudo, buscamos parceiros que tenham um perfil arrojado, q ue aceitem correr os riscos juntamente com todos e estejam sempre buscando soluções."


« Entrevista Anterior      Próxima Entrevista »
...
Realização:
IMEMO

MANTENEDORES:

CNS

CRA-SP

Orcose Contabilidade e Assessoria

Sianet

Candinho Assessoria Contabil

Hífen Comunicação


Pró-Memória Empresarial© e o Programa de Capacitação, Estratégia e Motivação Empreendedora Sala do Empresário® é uma realização do Instituto da Memória Empresarial (IMEMO) e publicado pela Hífen Comunicação em mais de 08 jornais. Conheça a história do projeto.

Diretor: Dorival Jesus Augusto

Conselho Assessor: Alberto Borges Matias (USP), Alencar Burti, Aparecida Terezinha Falcão, Carlos Sérgio Serra, Dante Matarazzo, Elvio Aliprandi, Irani Cavagnoli, Irineu Thomé, José Serafim Abrantes, Marcos Cobra, Nelson Pinheiro da Cruz, Roberto Faldini e Yvonne Capuano.

Contato: Tel. +55 11 9 9998-2155 – [email protected]

REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Maria Alice Carnevalli - MTb. 25.085 • Repórter: Fernando Bóris;
Revisão: Angelo Sarubbi Neto • Ilustrador: Eduardo Baptistão

PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTAS ENTREVISTAS sem permissão escrita e, quando permitida, desde que citada a fonte. Vedada a memorização e/ou recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte da obra em qualquer sistema de processamento de dados. A violação dos Direitos Autorais é punível como crime. Lei nº 6.895 de 17.12.1980 (Cód. Penal) Art. 184 e parágrafos 185 e 186; Lei nº 5.998 de 14.12.1973


Hífen Comunicação
© 1996/2016 - Hífen Comunicação Ltda. - Todos os Direitos Reservados
A marca Sala do Empresário - Programa de Capacitação, Negócios e Estratégia Empresarial
e o direito autoral Pró-Memória Empresarial, são de titularidade de
Hífen Comunicação Editorial e Eventos Ltda.