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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 796 (08/07/2007)

Personalidade Impressa

Adquirir uma empresa com trinta anos de atividade no mercado, corrigir os vícios do negócio e ainda imprimir a ele toda uma estrutura de reformulação tecnológica durante as três décadas subseqüentes é um desafio que merece destaque especial. Quem enfrentou essa empreitada foi João dos Santos Cevada, de família humilde, que chegou a trabalhar como bóia-fria na roça, mas acreditou em seu potencial empreendedor e apostou na vida na cidade grande, começando a trabalhar em gráficas. Gostou tanto do ramo que abriu seu próprio estabelecimento em sociedade, pagando com o próprio trabalho. Quando a relação societária não deu mais certo, ele comprou a Gráfica Sonora Ltda., em 1978, conferindo à empresa a sua marca registrada, com a aquisição de máquinas modernas e a montagem de uma equipe de vendas para diversificar a clientela e jamais se acomodar na zona de conforto. Em depoimento exclusivo, como diretor do negócio - www.graficasonora.com.br, Cevada prepara-se para comemorar os 60 anos da empresa que mudou seu perfil de clientes com o advento da Internet e passou a produzir material publicitário em larga escala, provando que o papel ainda vai longe, assim como a sua estratégia de gestão, que já está sendo passada para as filhas.

VIDA NOVA
"No ano que vem, pretendemos fazer uma festa de comemoração dos 60 anos da Gráfica Sonora, sendo 30 deles sob minha administração. Embora não gostasse do nome, não mudei a razão social, pois ela já tinha uma tradição de mercado, associada a um cadastro excelente de clientes que foi muito importante para a continuidade do negócio. Aproveitamos essa herança que continua até hoje, mas como se tratava de uma gráfica obsoleta para a época, tivemos que trocar todo o maquinário. Para fazer o primeiro trabalho de um cliente grande, tivemos que investir muito em tecnologia, caso contrário não teríamos como dar conta do recado. Aos poucos, fomos substituindo os equipamentos de que sentíamos necessidade e fomos atrás de novos clientes, abrindo frentes de trabalho e montando uma equipe de vendas, o que ainda não existia na empresa."

EQUILÍBRIO ESTRATÉGICO
"Quando montei a minha primeira gráfica, fomos comprar uma máquina de outra empresa do ramo e o dono nos aconselhou a nunca depender de um cliente que representasse 50% do faturamento. Eu sempre levei isso muito a sério, o que me fez ir à luta na busca por novos clientes. Ao longo desses trinta anos, já aconteceu de termos um cliente nessas condições pelo crescimento dele, mas sempre prezei muito a diversificação da clientela. Tanto que hoje temos cerca de cinqüenta clientes de vários segmentos para nos manter, e esse é o nosso ponto estratégico para não criar dependência e não deixarmos o comodismo e as crises setoriais prejudicarem a empresa. Mesmo assim, quando eu fui em 1995 para a Europa visitar uma feira gráfica que acontece a cada cinco anos, percebi o quanto a eletrônica estava avançando no ramo gráfico. Cheguei aqui e procurei-me aprimorar rapidamente, investindo em equipamentos e na empresa. Em apenas dois anos, dava a impressão que eu tinha dormido dez, porque quem não se equipar, não acreditar no futuro e nas perspectivas tecnológicas da automação gráfica, vai ficar para trás."

VIRADA
"O maior risco foi quando a eletrônica avançou no ramo gráfico de 2001 a 2004, e nós estávamos voltados para a área comercial e administrativa das empresas. Tivemos que passar para a área promocional, reinventando os equipamentos que não estavam adequados para fazer aquilo. Foi a época em que começamos a investir pesado em maquinário especializado. Hoje, nós nos destacamos pelo atendimento personalizado, pois no nosso prazo quem manda é o cliente. Ele é quem escolhe, e nós nos enquadramos nesse período, e é esse nosso diferencial, além da qualidade e da confiabilidade, uma vez que atendemos toda a Grande São Paulo com tranqüilidade. Estamos pensando em aumentar a área de capacidade produtiva e substituir as máquinas atuais por outras ainda mais sofisticadas. Daqui a dez anos, eu quero ter uma gráfica modelo e contar com o profissionalismo das minhas filhas, que já estão sendo preparadas para garantir a sucessão do negócio."


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