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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 156 (02/04/1995)

Sob Medida para os Pequenos

A embalagem é o componente do marketing responsável pela primeira impressão que o produto causa ao consumidor, no momento da compra. É através dela que o cliente se sente atraído e se informa sobre as características e a qualidade do produto. E, como a decisão de compra na maioria das vezes se dá na própria prateleira da loja ou do supermercado, a embalagem funciona como uma importante ferramenta de vendas. Mas, encontrar a embalagem ideal, pode ser uma tarefa árdua para as micro e pequenas empresas, já que os fornecedores do setor geralmente preferem trabalhar para grandes clientes, que compram volumes expressivos. Atender a essa demanda do mercado foi justamente a saída encontrada pela Dreco Indústria e Comércio www.dreco.com.br – para viabilizar seu crescimento. Tradicional fornecedora de embalagens de plástico em vacuum forming para a indústria farmacêutica, a Dreco está lançando uma nova linha, especialmente criada para micro e pequenas empresas. O engenheiro Jacques Salib, diretor da Dreco, explica, a seguir, como pretende oferecer a mesma qualidade e praticidade das embalagens produzidas em vaccum forming para empresas que não eram atendidas pelo mercado, justamente por comprar pequenas quantidades.

VERSATILIDADE MARCA O VACUUM FORMING
"Eu nasci no Egito e formei-me na Universidade do Cairo. Fui contratado pela Coca-Cola Export Corporation, uma empresa que franqueia a marca Coca-Cola no mundo todo, fora os Estados Unidos. Fiquei oito anos na Coca-Cola e tive uma proposta para trabalhar na Pepsi-Cola. Vim ao Brasil como gerente regional da Pepsi para a Região Sul. E, como depois de três anos seria transferido para a Itália, resolvi que era melhor trabalhar por conta própria no Brasil, que é o país que mais oferece oportunidades no mundo. Comecei o meu negócio há 23 anos, no ramo de embalagens plásticas, usando o vacuum forming, que estava chegando ao Brasil. Trata-se de um processo de fabricar embalagens usando o calor para aquecer o laminado plástico, para depois formá-lo por meio de sucção de ar. O fator mais marcante nessa tecnologia é a criatividade, devido à versatilidade do processo. Com uma facilidade muito grande e custos relativamente baixos, pode-se conseguir ampla variedade de formatos de embalagens, com grande vantagem de preço em relação aos plásticos injetados. A nossa contribuição para a indústria farmacêutica foi a estandardização dos formatos para acondicionar ampolas e frascos injetáveis. Antes de 1983, cada laboratório tinha um formato. E, a partir da estandardização proposta por nós, todos os laboratórios adotaram os novos formatos. Com a espessura do filme plástico um pouco maior que a casca do ovo, conseguimos uma embalagem altamente segura e econômica para o mercado farmacêutico."

ATENDER MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
"O que mais me incomodava era que várias micro e pequenas empresas me procuravam para o fornecimento de embalagens e eu não podia atender. Como precisa, geralmente, de um ou dois moldes - que são caros -, a embalagem plástica em vacuum forming torna-se muito onerosa para ser produzida em pequenas quantidades. A partir dessa necessidade, nasceu o que chamamos de Multibox. São dezenas de formatos-padrão para serem utilizados para expor os produtos em supermercados. Através de sessenta modelos e oito variações, pode-se obter enorme gama de embalagens, combinando bases e tampas transparentes e opacas, em vários tamanhos. A idéia é pegar o produto do cliente e adaptá-lo ao nosso modelo-padrão. Dessa forma, ele não paga os custos de desenvolvimento dos moldes. Enquanto, para viabilizar a produção de uma embalagem específica, temos de pensar em 150 mil unidades, com o sistema Multibox podemos atender pedidos de apenas 3 mil unidades. Um segmento que pretendemos atender é o franchising, com embalagens padronizadas para as redes de lojas."

MERCADO GRANDE PARA CRESCER

"Estamos cientes de que a nossa dedicação principal continua sendo para a indústria farmacêutica. Acontece que, a partir de 1988, até o ano passado, a recessão foi muito violenta. E nós sentimos o reflexo da queda do mercado no nosso faturamento. Investimos muito em maquinários e precisávamos colocar no mercado esse excedente de produção. Atualmente, estamos desenvolvendo vários projetos com o apoio do Sebrae/SP na área de informática, marketing e recursos humanos, para viabilizar nosso crescimento. Há um mercado muito grande para ser atendido com embalagens plásticas, até que a reserva de petróleo do mundo acabe. Depois, então, vai-se inventar outra coisa. Mas, como dizem os especialistas de marketing, nós não trabalhamos no ramo de embalagens plásticas. Somos do ramo de embalagens. Se amanhã não existir mais plástico, vamos fabricar embalagens com outro tipo de matéria-prima. O pessoal da estrada de ferro dos Estados Unidos desapareceu, porque pensava que estava no negócio de estrada de ferro. Se eles tivessem percebido que estavam no setor de transportes, teriam mudado a sua atuação para o ramo de aviões ou caminhões. E não teriam desaparecido."


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