Leasing é a Arma do Copista
Copiar documentos
é um negócio que se vê em cada esquina e até mesmo
em banca de jornal. Mas essa proliferação não atende as
crescentes exigências dos clientes, que precisam de tecnologia e atendimento
personalizado para conseguir a cópia certa na qualidade adequada. Por
isso, a sofisticação e a diversidade de recursos das empresas
que se dedicam à evolução desse mercado servem como contraponto
ao lugar-comum e impõem-se como tendência principal num universo
seletivo.
Quem conta com o esquema tradicional de tirar cópias simples, atendendo
o varejo do balcão, precisa mudar para não ser engolido pelo modelo
que veio do exterior e está impondo-se no País. Uma das soluções
é o leasing de máquinas de variadas procedências e múltiplas
funções, que eliminam a ditadura da marca única - uma distorção
que fez a palavra xerox tornar-se até sinônimo de cópia.
Esse foi o caminho tomado por Ariel Alves de Souza, da AD Cópias Sociedade
Civil Ltda. - Tel.: (11) 3284-3533.
Com um parque instalado que chega a encostar no setor gráfico -
mas que ainda não se confunde com ele -, Ariel atende não
só as pessoas físicas mas também investe no cliente cadastrado,
mensalista, que tem uma demanda mais complexa. É por isso que ele atende,
entre outras empresas, as grandes construtoras, que precisam de cópias
perfeitas para documentos enormes. A seguir, ele fala sobre esse trabalho.
VOCAÇÃO DE COMERCIANTE -
"Existiam duas lojas que tiravam cópias, desde 1975, uma aqui na
avenida Paulista, onde estamos até hoje, e outra na Marquês de
Itu com Bento Freitas, que já foi vendida. Eu entrei na empresa como
administrador, arrendei as lojas por dois anos e, mais tarde, as comprei. Fundei,
então, uma firma própria, em 1981, para tocar o negócio.
Assumi essa tarefa porque confiava no meu tino de comerciante.
Tinha trabalhado, durante vinte anos, numa empresa inglesa de telecomunicações,
onde cheguei a gerente de coordenação industrial. Os ingleses
acabaram decepcionando-se com o governo brasileiro e reduziram seu parque industrial.
Tivemos que sair, e surgiu essa oportunidade.
Mantive o mesmo ritmo da produção aqui, por muito tempo, até
que, no ano passado, fiz uma consulta ao SEBRAE/SP e iniciei meu processo de
informatização. Ao mesmo tempo, optei pelo leasing de novos equipamentos,
pois, assim, posso jogar tudo nas despesas. Um equipamento próprio, com
pagamento à vista, terá, certamente, problemas de correção
monetária do Balanço. Nesse caso, o leasing é uma melhor
opção, com prestações entre 12 e 60 meses, que são
diluídas nas despesas, como aluguel. Tudo isso é possível,
graças a uma demanda bem forte, 'com os pés no chão',
para garantir o investimento."
DIVERSIDADE TECNOLÓGICA
"O avanço tecnológico e a abertura comercial permitiram que
eu diversificasse meu parque industrial de um ano para cá. Atualmente,
tenho dois computadores Pentium e um Macintosh, todos ligados a um servidor,
a um plotter e a uma impressora Cannon, que imprime cópias coloridas.
São, também, ligados a um flipcharter, que faz grandes faixas
e panfletos. Temos uma copiadora de engenharia, que amplia e reduz plantas com
alta qualidade, e uma copiadora Kodak 3100, com capacidade de cem cópias
por minuto, que faz frente e verso e grampeia.
Temos, também, uma Xerox 5390, com velocidade de 135 cópias por
minuto, que trabalha um material intercalado, grampeado, apostilado e com colagem.
Além disso, temos, ainda, uma máquina de aplicação
de camiseta e uma máquina de reprodução heliográfica,
entre outros equipamentos. Temos capacidade para 2 milhões de cópias
por mês, mas, por enquanto, estamos num nível entre 800 mil e 1
milhão por mês.
Já existem máquinas avançadas que trabalham com quatro
cores num processo só, eliminando uma série de operações
transitórias. Minha meta para o ano de 1996 é, também,
comprar esse tipo de equipamento."
PRIMEIRO, A DEMANDA, DEPOIS, A ESTRUTURA
"É importante, primeiro, criar a necessidade, criar o problema,
para, depois, equacioná-lo. Não podemos criar a estrutura e ficar
aguardando as coisas acontecerem. Às vezes, o tempo de espera pode comprometer
o negócio. Com a demanda, a empresa vai ajustando-se e crescendo. A grande
chave é o atendimento, com serviço de qualidade. Grande parcela
dos nossos clientes mensalistas foi captada no varejo, no balcão da loja,
onde procuramos manter membros da nossa família para administrar o atendimento
e os 25 funcionários, que, na maioria, são desenvolvidos e treinados
internamente para tarefas do dia-a-dia, evitando os vícios adquiridos
no mercado.
Assim, conseguimos conquistar e manter nossa clientela em que figuram bancos,
construtoras, engenharias, agências de publicidade, escolas, hospitais,
escritórios, entre outros. Atualmente, temos um departamento de vendas,
ora sendo desenvolvido, para enfrentar os desafios do mercado, no qual quem
for mais criativo terá mais oportunidades."
|