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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 228 (18/08/1996)

Como Gerar Emprego Dentro de Casa

Desenvolver uma atividade produtiva no ambiente doméstico depende do equipamento adequado, da postura correta e do apoio a esse mercado, que cresce em todo o mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 52% das empresas britânicas, 33% das francesas e 31% das alemãs já colocaram pelo menos parte de seu pessoal para trabalhar em casa. Os setores que mais aderiram ao trabalho doméstico foram as agências de viagem, de telemarketing, as seguradoras e as telecomunicações.
A nova modalidade de trabalho virou verdadeira febre, que já tem até uma designação própria: Soho, que significa Small Office, Home Office, ou Pequeno Escritório, Escritório em Casa. Seus indicadores são dados pelo consultor Álvaro Mello, diretor da Beca e-Work - tel.: (11) 9 9110-1615 -, consultoria especializada no assunto. Ele diz que, nos Estados Unidos, o Soho movimenta cerca de US$ 427 bilhões ao ano - sendo que 14 milhões de americanos trabalham o tempo todo em casa e outros 13,1 milhões ficam em casa metade do expediente. A seguir, ele fala sobre essa tendência.

A IMPORTÂNCIA DO COMPROMISSO
"Não é todo mundo que se dá bem trabalhando em casa. Em primeiro lugar, o tipo de atividade tem que ser compatível com o local - os profissionais liberais, de vendas e de outras atividades correlatas são os que mais se adaptam à nova fórmula. É necessário, ainda, trabalhar com empresas que confiem no profissional liberal sem ficar controlando se ele está ou não produzindo.
Para ter sucesso, é preciso adotar uma série de atitudes fundamentais. A primeira de todas é o que chamam de comprometimento. A pessoa tem que atender a clientela - ou a empresa à qual é ligada - com tanto ou mais compromisso do que quem está no escritório, cumprir os prazos à risca, apresentar qualidade em tudo o que faz. Além disso, é preciso separar o espaço e o tempo dedicados ao trabalho, sem a interferência da família.
É preciso também investir o máximo de esforços na busca constante de informações, pois, sem o escritório da empresa, o profissional reduz bastante as oportunidades de reciclagem e atualização. O profissional deve equipar-se bem, com microcomputador de mesa e um portátil, se ele trabalha também na rua atendendo clientes; além de fax, impressora, telefone sem fio, celular, secretária eletrônica, vídeocassete e uma boa relação de escritórios virtuais e de gráficas de conveniência. Dependendo do caso, podem ser necessários vários outros equipamentos."

NOVAS TECNOLOGIAS
"Apenas em São Paulo, há pelo menos 310 mil casas com microcomputadores, segundo pesquisa da Datafolha. Em cinco anos, esse segmento deverá responder por aproximadamente 40% do mercado nacional. A perspectiva é de que com as novas tecnologias de acesso remoto - via Internet, por exemplo - e de videoconferências, as condições de trabalho serão otimizadas dentro da filosofia do escritório virtual.
Paralelamente, crescem os serviços de apoio. Um deles é a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Empreendedorismo (Abrem), da qual sou vice-presidente. É uma entidade associada à International Association for Entrepreneurial Development, que congrega professores, consultores e especialistas no assunto em vários países.
Na Brasil Entrepreneur, damos apoio para muitas organizações que precisam desenvolver empreendedores internos e externos, identificando os potenciais dessas pessoas, orientando em quais aspectos cada um precisa de treinamento, e criamos esse treinamento individualizado. Desenvolvemos, também, nosso trabalho junto a pessoas que se desligam das funções tradicionais dentro da empresa, precisando reorientar a sua vida."

REDE DE CONTATOS
"Uma necessidade de quem trabalha em casa é o monitoramento e o planejamento sistemáticos das atividades, com metas a serem atingidas, programação rígida de atividades e fichas atualizadas dos clientes. Outra providência é uma boa rede de contatos, saber ver as pessoas e ser visto, para não se isolar e não ser esquecido pelo mercado. Numa pesquisa nacional, descobriu-se que o empreendedor brasileiro é forte em persuasão e rede de contatos, busca de oportunidades, iniciativa, independência e autoconfiança, além de busca de informações. Os pontos fracos são planejamento e monitoramento sistemáticos e comprometimento."


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