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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 237 (20/10/1996)

Reduzir Custos com Maior Participação

A produtividade de uma empresa pode crescer entre 35 e 50% com a adoção de programas de participação dos funcionários nos resultados e nos lucros. Essa informação surpreendente é do professor Robert Doyle, consultor de empresas americanas de grande porte, autor de trabalhos neste campo e, ele próprio, responsável pela implantação de um programa de participação nos lucros, como diretor da empresa Donnelly - principal fornecedora de espelhos retrovisores para a indústria automobilística americana. Ela demonstra o grau de desconhecimento nas empresas brasileiras acerca das conseqüências benéficas da participação dos empregados nos lucros ou nos resultados, especialmente quanto à redução de despesas e ao aumento da produtividade.
Neste depoimento, Carlos Alberto Arpe, sócio-diretor da Promark - Consultoria de Gestão - Tel./Fax: (011) 3743-3495 -, especializada em implantação de programas de participação de lucros ou resultados, indica as vantagens do sistema.

TAMANHO NÃO IMPORTA
"Os números de pesquisa feita em empresas que já tinham um programa desse tipo mostram ganhos de mais de 39% em faturamento; 51% em produtividade; 34% em economia de material; redução de 23% no desperdício; menos 33% em acidentes de trabalho; 42% menos demissões; e diminuição das greves em 82%.
A legislação brasileira tem o mérito de deixar completamente em aberto a escolha quanto ao esquema de participação que mais se adapte às suas necessidades. Também não há limitações quanto ao número de empregados; nas pequenas empresas, mais simples serão os instrumentos administrativos para realizar a participação nos lucros. Nelas, o empresário administra praticamente 'no olho'. Já nas empresas maiores, o controle do desempenho individual dos funcionários só pode ser feito com instrumental administrativo mais sofisticado."

GESTÃO PARTICIPATIVA É A BASE
"O ponto de partida em qualquer empresa será promover uma gestão participativa prática em todos os setores. Trata-se de uma forma planejada de se ter engajamento dos funcionários, de acordo com metas individuais para atingir. Sem essa gestão participativa, o programa não se sustenta.
Dos 450 acordos firmados até agora, segundo o Dieese, apenas 12,8%, ou pouco menos de 60, incorporaram a fixação prévia de metas. O restante simplesmente efetuou distribuição de abono. Atualmente, as empresas e os empregados já começam a compreender o verdadeiro espírito da lei, que é justamente comprometer cada um com metas de crescimento, para depois colher os frutos desse trabalho.
As regras do programa têm de ser negociadas com os funcionários e aprovadas conjuntamente, além de serem claras e transparentes. Todo o pessoal deve saber como vai participar.
Outro ponto importante é quanto ao que se vai distribuir. Muitos imaginam que todo o lucro deve ser repartido. Somente deve ser distribuída parte dele, porque o lucro se destina, entre outras coisas, também a remunerar os acionistas e, às vezes, até a alta administração, a custear investimentos ou cobrir eventuais prejuízos anteriores. E isso, se houver lucro ou resultados. O que não se pode é distribuir capital, é ruim para a empresa e para os empregados, porque, dessa maneira, ela fatalmente irá fechar."

PARA REDUZIR DESPESAS

"Se a empresa está com prejuízo, é a candidata ideal para adotar um programa de participação nos lucros. E por quê? Justamente quando ela está deficitária e não sabe para onde fugir é que cinqüenta, cem, duzentas cabeças de funcionários pensam muito mais do que uma ou duas de empresários. Uma das vantagens mais importantes da participação nos lucros é que ela não sofre encargos tributários ou trabalhistas, barateando o seu custo.
Além disso, a empresa pode pagar salários-pisos da categoria mais uma substancial parcela móvel proveniente da participação nos resultados, o que, com certeza, irá motivar os funcionários.
No Japão, dividir os lucros tornou-se procedimento padrão há muitos anos. Lá, os salários fixos são relativamente baixos, já que a participação nos ganhos pode chegar a 50% da renda total de um indivíduo."


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