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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 475 (13/05/2001)

Diversão sem Brincadeira

O lazer hoje está tornando-se cada vez mais um elemento de importância fundamental na vida de milhões de brasileiros, que fizeram crescer 25%, só no ano passado, a visitação a parques de diversão. Quem fornece esse e outros dados relativos ao setor de entretenimento é a Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra) -Tel.: (11) 253-9354 - e-mail: [email protected], que está realizando, em parceria com a Francal Feiras e Eventos, a I Feira de Parques, que acontece de 1º a 04 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo. Em depoimento exclusivo, Francisco Lopes, presidente da entidade e superintendente-geral dos parques da Turma da Mônica, fala da expansão, do profissionalismo e da viabilidade do setor para empreendimentos de todos os portes e localizações.

IMPULSO
"O setor de parque de diversão está praticamente nascendo no Brasil, que demorou para se firmar nesse mercado em razão das barreiras impostas pelo governo para a importação dos equipamentos indispensáveis à implementação e à modernização das atrações. Como não temos uma massa crítica de consumo para esses brinquedos, que justifique a montagem de uma infra-estrutura industrial, temos que trazer quase tudo de fora. No início da década de 90, com o grande impulso dos parques no mundo todo e com o fato de se entender que essa indústria é grande alavancadora do turismo e de oportunidades de emprego, juntamente com a própria abertura econômica do País, o empresariado passou a enxergar essa possibilidade como boa alternativa de investimento, e daí começaram a surgir os projetos dos grandes parques temáticos que foram lançados recentemente, uma vez que são necessários cerca de cinco anos para um empreendimento desse porte sair da idéia à inauguração. Atualmente, dispomos de 195 empreendimentos, entre parques temáticos, aquáticos, fixos e móveis, que geraram em 2000 faturamento aproximado de R$ 430 milhões."

PESQUISA
"Tivemos também dificuldades pela falta de cultura do negócio parque de diversão no Brasil. Isso nos levou a pesquisar qual é o tipo de parque de que o brasileiro gosta, que preço pode ser cobrado, quais as atrações que esses centros de lazer devem oferecer, que espécie de comida devem vender e a que distância precisam estar situados das principais cidades. O outro fator que impactou e vem impactando essa área é a questão cambial, porque de 30 a 40% do investimento chega a ser de equipamentos importados. O que sustenta este business não é só a primeira visita do cliente, mas sim o retorno diversas vezes como opção de lazer. O ingresso em si representa cerca de 60 a 75% do faturamento, sendo o restante da receita composto por alimentação, venda de produtos e patrocínio. Acima de tudo, deve existir em um centro de entretenimento de qualidade a preocupação em atender bem, pois trata-se de um negócio baseado na experiência do cliente, naquela sensação boa ou ruim que vai ficar para ele, e que vai ser propagada no seu círculo de relacionamento."

VIABILIDADE

"Para dar certo nesse setor, é preciso estar sempre calçado em estudos de viabilidade de maneira geral, que devem ser elaborados tendo em vista um percentual do resultado destinado ao reinvestimento. Profissionalização dos administradores, que não precisam ser exatamente os investidores, é outra palavra-chave, e o terceiro ponto fica por conta da renovação, que é um fator fundamental para que os visitantes voltem. Quando se adiciona uma atração de peso, a visitação tende a crescer de 7 a 11%. Em termos mercadológicos, devem fazer parte do mix a venda de pacotes para aniversários, formaturas, empresas, escolas, enfim, é preciso usar a criatividade para se antecipar às necessidades dos clientes. Existe mercado para todo mundo, parques temáticos, itinerantes e centros indoor, especialmente em níveis regionais e locais, que são um nicho em expansão. A partir de R$ 500 mil, é possível construir um centro indoor direcionado a toda a família. O cuidado a ser observado para quem deseja entrar no ramo é que a parcela de endividamento não ultrapasse 30%, em razão das taxas de juro do mercado brasileiro."


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